quarta-feira, 20 de maio de 2020

Novo protocolo da Saúde que libera cloroquina não tem assinatura de nenhum responsável médico


O uso da cloroquina contra a Covid-19, amplamente
defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, continua
sem eficácia comprovada cientificamente, apesar de
inúmeros testes em andamento

Texto tem apenas a informação de que trata de 'orientações' do Ministério da Saúde

O novo protocolo do Ministério da Saúde para liberar o uso da cloroquina até mesmo em pacientes contaminados por Covid-19 em sintomas leves não é assinado por nenhum técnico ou médico colaborador. O texto divulgado tem apenas a informação de que trata de "orientações do Ministério da Saúde para tratamento medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19".

O primeiro documento sobre tratamento da doença provocada pelo novo coronavírus foi divulgado pelo Ministério da Saúde em 6 de abril de 2020 e restringia o uso da cloroquina apenas para pacientes hospitalizados e em estágio grave da doença. O documento foi elaborado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde - SCTIE. O texto registra ainda que participaram da edição o Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovações em Saúde - DGITIS, a Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologias em Saúde - CGGTS e a Coordenação de Gestão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - CPCDT .

O protocolo de abril tinha ainda uma lista de profissionais médicos que auxiliaram na sua elaboração. Entre eles estavam Ângela Maria Bagattini , do Hospital Sírio Libanês; Bruno de Melo Tavares, HAOC; Daniela Vianna Pachito, Hospital Sírio Libanês; Felipe Dal Pizzol – AMIB; Flávia Cordeiro de Medeiros- HAOC; Gabriela Vilela de Brito – HAOC; Hugo Urbano - AMIB; Jessica Yumi Matuoka - HAOC; Lays Pires Marra - HAOC; Maicon Falavigna - Hospital Moinhos de Vento; Patrícia do Carmo Silva Parreira - HAOC; Rachel Rier - Hospital Sírio Libanês; Suzana Margareth Ajeje Lobo - AMIB ; Verônica Colpani - Hospital Moinhos de Vento. O texto contou também c a"colaboração externa" da Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB; do Hospital Moinhos de Vento – HMV e do Hospital Sírio Libanês - HSL.

Em O Globo

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