Responsável pela poderosa Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, o delegado Claudio Gomes apresentou dados nesta tarde que desmontam a versão de Jair Bolsonaro sobre a baixa produtividade do setor no seu governo.
Segundo Gomes, em 2019, primeiro ano de governo, o número de relatórios de inteligência produzidos pela diretoria foi superior ao registrado em anos anteriores. “Não chegou ao conhecimento do depoente qualquer informação sobre eventual falha ou queda de produtividade na produção de documentos de inteligência repassados às instâncias superiores… Na verdade, o depoente gostaria de esclarecer que o número de documentos produzidos pelo sistema de inteligência da PF, no ano de 2019, foi superior aos anos anteriores”, disse Gomes.
Por que então Bolsonaro estava descontente com a produtividade do setor de inteligência e da ausência de relatórios? A resposta pode estar na explicação do delegado para a natureza dos documentos de inteligência elaborados pela PF: “Esses relatórios consistem, além de relatórios de inteligência propriamente ditos, em pedidos de informação, elaboração de informes e elaboração de investigações sociais, tratamento e processamento de dados recebidos pelo disk-denúncia…”
Como se vê, o único tipo de relatório que falta na lista citada pelo delegado é o documento elaborado para investigar inimigos de Bolsonaro ou adversários políticos dos seus filhos e amigos.
Na Veja.com
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