terça-feira, 31 de maio de 2016

O grande julgador dos corruptos não será Sérgio Moro. Será o eleitor



Por: Jornal da Cidade Online

Será o eleitor. E os políticos se esforçarão para serem absolvidos por esse júri. Se esse júri os condenar não lhe concedendo a reeleição, a sua carreira política estará terminada. E ainda correrão o risco de passar muitos anos na cadeia.

O desespero e a angústia de todos os parlamentares, nestes dois próximos anos, será alcançar a sua reeleição, para manutenção do ‘foro privilegiado’.

Diante desse quadro qualquer reforma estrutural que coloque em risco a sua reeleição não passará no Congresso. Tudo estará em volta da reeleição dos congressistas.

Os idealistas que ainda esperam alguma ação a favor do Brasil, voltado para o interesse nacional, podem ‘esperar sentado, porque de pé cansa’.

Para os ‘reformistas’ as únicas ações eficazes são e serão para evitar a reeleição dos atuais congressistas. Algo do tipo ‘Renovação Total: Fora Todos’.

PRESIDENTE DO ITAÚ UNIBANCO DIZ QUE AFASTAMENTO DE DILMA RENOVA ESPERANÇAS



“NOSSAS ESPERANÇAS SE RENOVAM. O BRASIL ABRE PERSPECTIVAS POSITIVAS, UMA RELAÇÃO MAIOR DE POSSIBILIDADES DE RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO”, DISSE O EXECUTIVO (FOTO: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Por: Diário do Poder

O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou em mensagem gravada para investidores do banco que o processo de troca de governo ocorreu “de forma organizada, ordenada, de acordo com o que está previsto na Constituição”. O vídeo foi transmitido na manhã desta segunda-feira, 30, em reunião promovida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), no Rio.

“O que o País fez foi seguir a Constituição. É uma consolidação muito forte da nossa democracia”, disse Setubal sobre o afastamento, por até 180 dias, da presidente Dilma Rousseff (PT). Com isso, assumiu o até então vice-presidente, Michel Temer (PMDB).

“Nossas esperanças se renovam. O Brasil abre perspectivas positivas, uma relação maior de possibilidades de retomada do crescimento econômico”, acrescentou o executivo. (AE)

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Lula não vai preso? Por que Lula ainda não foi preso? Quando Lula será preso?


A população se faz cotidianamente essas perguntas; deputado assumidamente corrupto diz que Lula sabia de tudo e era o chefe

Por Reinaldo Azevedo

De muito longe, a notícia mais importante do dia são os detalhes que vieram a público da delação do ex-deputado Pedro Correia (PP). Ele confirma duas coisas que este blog sempre assegurou:

a: não existe diferença entre mensalão e petrolão;

b: Lula sempre soube de tudo e esteve no comando das negociações.

Correa conta que era um dos membros de um tal Conselho Político criado por Lula, que reunia o então presidente, os ministros Antonio Palocci e José Dirceu e presidentes de partidos da base aliada.

Ali se via a agenda do Congresso e cada um expunha as “dificuldades” que teriam com suas respectivas bases. Lula então encarregava Dirceu de, sob sua supervisão, forçar os dirigentes das estatais e dos órgãos públicos a satisfazer os apetites dos partidos. Ou por outra: ali se combinava o pagamento de propina.

Em seu depoimento, disse Corrêa:
“O presidente Lula encarregava o ministro José Dirceu de fazer as cobranças sobre os dirigentes para que atendessem, com mais presteza às solicitações dos partidos. Em alguns setores as reivindicações eram de arrecadação de propina e, em outros, de interesses políticos, visando o favorecimento dos estados e municípios dos parlamentares.”

Em nota, obviamente, o Instituto Lula nega tudo.

Por que não está preso?
Aonde quer que eu vá, as pessoas me procuram para perguntar quando Lula será preso, se será ou quando será preso. É uma indagação justa.

É claro que uma prisão tem de estar ancorada em provas, em evidências inquestionáveis de envolvimento com um crime, e Lula não é exatamente burro.

Mas os mortais comuns têm todo o direito de achar que é impossível que ele não soubesse do mensalão e do petrolão. A razão é simples: nada se decide no partido ainda hoje que não passe por ele. O homem bate o martelo até sobre quem vai e quem não vai ser candidato pelo partido.

Inferir que não sabia de dois baita esquemas de corrupção operados por seu partido, que tinham como um dos objetivos manter unida a “base aliada” corresponde a fazer pouco da nossa inteligência.

A notícia está gerando pouco barulho. O momento, agora, é de caçada a Michel Temer. Há um casamento entre setores radicalizados do PT, incrustados na máquina pública, e petistas infiltrados na imprensa para inviabilizar o novo governo.

O objetivo explícito é devolver Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. E isso implica esquecer por que diabos o PT acabou, afinal de contas, perdendo o poder.

AUTOMÓVEIS DO BRASIL TERÃO PLACAS DO MERCOSUL A PARTIR DE 2017


Placa do Mercosul

Carros zero km, transferidos de município ou de propriedade deverão adotar o novo padrão já no ano que vem

De acordo com a Resolução 590 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), todos os veículos em território nacional deverão ter placas de identificação no padrão Mercado Comum do Sul (Mercosul) até 2020. Antes previsto para o início desse ano, o novo padrão de placas agora será obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2017 para os veículos zero quilômetro, assim como modelos em processo de transferência de município ou de propriedade (venda particular), ou quando houver a necessidade de substituição.

Em reunião com Renan, atual ministro da Transparência criticou Lava Jato



G1\Do Fantástico

Reportagem exclusiva do “Fantástico”, da TV Globo, teve acesso a novos trechos de conversas gravadas pelo ex-senador e ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.


As gravações contêm conversas de uma reunião na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a participação do atual ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira (foto), quando ele ainda era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo Sérgio Machado, na conversa houve troca de reclamações sobre a Justiça e operação Lava Jato. Na gravação, Fabiano Silveira faz críticas à condução da Lava Jato pela Procuradoria e dá conselhos a investigados na operação.

Neste mês, Silveira assumiu o Ministério da Transparência, responsável pela fiscalização, controle e ações do governo para combate à corrupção. O ministério foi criado pelo presidente em exercício Michel Temer no lugar da antiga Controladoria-Geral da União.

Funcionário de carreira do Senado, Fabiano Silveira era conselheiro do CNJ, para onde tinha sido indicado Renan Calheiros, antes de entrar para o primeiro escalão do governo de Temer.

Cerca de três meses antes de assumir o cargo, Fabiano Silveira esteve em uma reunião na casa de Renan Calheiros, onde a Lava Jato foi amplamente discutida com investigados. Durante as tratativas do acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado disse que no dia 24 de fevereiro deste ano foi à casa de Renan Calheiros para conversar, entre outras coisas, sobre, “as providências e ações que ele estava pensando acerca da operação Lava Jato”.

MULHERES FORA DO GOVERNO E À FRENTE DO JUDICIÁRIO


LAURITA VAZ E CÁRMEN LÚCIA SERÃO AS PRESIDENTES DE STJ E STF

Se não há mulheres no ministério de Michel Temer, no Judiciário elas vão chefiar os mais importantes tribunais do País, a partir de setembro: a ministra Cármen Lúcia será presidente do Supremo Tribunal Federal e a ministra Laurita Vaz vai presidir o Superior Tribunal de Justiça. Mas não é opção dos tribunais: esta é a vez de as ministras assumirem as presidências do STF e do STJ, observando o critério de revezamento. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Hoje, os cinco tribunais superiores têm em sua composição mulheres muito admiradas pelo saber jurídico.

Apesar da forte presença qualitativa, as mulheres ainda são apenas 18% na composição dos tribunais superiores.

Até o final de 2015, apenas cinco dos 27 Tribunais de Justiça nos Estados brasileiros tinham uma mulher no comando.

domingo, 29 de maio de 2016

Bolsa Família perdeu R$ 2,6 bilhões com fraudes


NA FILA - Sem fiscalização eficiente, o dinheiro do contribuinte deixa de ir para quem precisa: é o “bolsa fraude”

Veja\Por: Pieter Zalis

Daria para fazer quase 30 000 casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Somente entre 2013 e 2014, pelo menos 2,6 bilhões de reais do total da verba reservada ao Bolsa Família foram parar no bolso de quem não precisava. A informação é resultado do maior pente-fino já realizado desde o início do programa do governo federal, em 2003. Feito pelo Ministério Público Federal a partir do cruzamento de dados do antigo Ministério do Desenvolvimento Social com informações de órgãos como Receita Federal, Tribunais de Contas e Tribunal Superior Eleitoral, o exame detectou mais de 1 milhão de casos de fraude em todos os estados brasileiros. O Bolsa Família, um valor mensal a partir de 77 reais por pessoa, é destinado exclusivamente a brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. A varredura mostrou, no entanto, que entre os que receberam indevidamente o auxílio no período estão funcionários públicos, mortos e até doadores de campanha (veja o quadro na pág. ao lado).

Só de funcionários públicos foram 585 000 os beneficiários ilegais. Em todos os casos, os contemplados ganhavam ao menos um salário mínimo (piso da categoria) e, segundo apurou o estudo, pertenciam a famílias com renda per capita acima de 154 reais – situação que os impediria de receber o benefício. O fato de esses funcionários serem majoritariamente servidores municipais reforça a tese do Ministério Público de que esse tipo de fraude não dispõe de um comando centralizado. “Nasce daquele microcosmo do município em que o cadastrador conhece quem está sendo habilitado e não tem interesse em realizar uma fiscalização correta sobre suas condições de pobreza”, afirma a procuradora Renata Ribeiro Baptista, que coordenou a pesquisa.


EXÉRCITO PODE ASSUMIR OBRAS INVESTIGADAS NA PF



O presidente Michel Temer discute a viabilidade de o Exército assumir as obras atrasadas que estão sob controle de empreiteiras enroladas na roubalheira à Petrobras. O Planalto pediu estudo ao ministro Helder Barbalho (Integração) para ampliar a participação do Exército na transposição do rio São Francisco. A obra, que já custou mais de R$ 8 bilhões, deve ser a primeira a receber o reforço dos militares. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A Usina de Belo Monte, duas ferrovias, um aeroporto e a Usina de Angra 3 são algumas das obras que podem ser tocadas pelo Exército.

A situação da Mendes Júnior é a que mais preocupa: tem contratos de mais de R$ 1 bilhão no governo, mas suas finanças estão arrebentadas.

Helder Barbalho turbinou repasses para os projetos em curso. Passaram de R$ 150 milhões para R$ 215 milhões ao mês.

sábado, 28 de maio de 2016

Finalmente Odebrecht resolve abrir a boca e entregar Lula



Por: Jornal da Cidade Online

O ex-presidente da Odebrecht, derrotado em todos os recursos que ingressou contra os vários mandados de prisão que tem contra si – uma demonstração inequívoca de que o juiz Sérgio Moro não é apenas um homem corajoso, mas um profundo conhecedor do direito – há cerca de 15 dias resolveu escancarar o jogo na Operação Lava Jato e já está prestando depoimento dizendo tudo o que sabe, atingindo frontalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A delação de Odebrecht está esclarecendo por exemplo a questão das milionárias palestras de Lula. Tudo não passou de um engenhoso mecanismo para o repasse de propina.

Os famosos casos do sítio em Atibaia e do Triplex no Guarujá também estão sendo detalhadamente esmiuçados por Marcelo Odebrecht.

Com a delação, o empresário pretende a redução de sua pena e, consequentemente, se livrar da prisão em regime fechado.

Odebrecht não pode, não deve e não conseguirá mentir. Tem que falar a verdade. A excelência das investigações até o momento realizadas pelo Ministério Público, Polícia Federal e Receita Federal, não permite mentiras. Na realidade tudo, ou, pelo menos, quase tudo, o que Odebrecht está dizendo, os investigadores da Lava Jato já sabem. A delação serve para dar mais consistência e encorpar o farto material probante já existente.

Lula será preso. Dilma está numa situação extremamente delicada e o PT está em frangalhos, com a grande maioria de seus parlamentares prestes a iniciar uma debandada. 

A Polícia Federal está monitorando o ex-presidente. O episódio da condução coercitiva serviu tão-somente para aprimorar os métodos de monitoramento. 

Moro, extremamente responsável, certamente está aguardando o momento ideal para efetivar a decretação da prisão. Uma eventual tentativa de fuga, poderá abreviar esta decisão.

JUSTIÇA TEME RETALIAÇÃO DA CÚPULA DO CONGRESSO


GRAVAÇÕES E FIM DE PROCESSOS SECRETOS NO STF IRRITARAM CONGRESSO

Diário do Poder

As gravações envolvendo políticos importantes, como o presidente do Senado, e o ato do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, acabando com a “tramitação oculta” de processos, levou setores da magistratura a temer retaliações do Congresso à Justiça, na Lava Jato, como a aprovação de projetos que sinalizam a impunidade, a exemplo da proibição de delação premiada para suspeitos presos.

O temor na Justiça é a repetição do que ocorreu na Itália pós-operação Mãos Limpas: leis limitando investigação contra políticos corruptos.

De acordo com um ministro do STF, há político agora que não esconde a intenção de ir à forra contra as iniciativas do Judiciário.

A frase “ditadura da Justiça no Brasil” não é só de José Sarney. Parece ser um consenso da maioria do Congresso, que teme a Lava Jato.

TCU: FUNÇÕES E CARGOS EM COMISSÃO CUSTAM R$ 3,47 BILHÕES POR MÊS


TCU IDENTIFICOU O RALO AO ANALISAR 278 ÓRGÃOS DOS TRÊS PODERES

Diário do Poder

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que a administração pública federal gasta R$ 3,471 bilhões por mês com funções de confiança e cargos comissionados. Desse montante, R$ 2,816 bilhões vão para funções e R$ 655,9 mil para cargos comissionados.

As funções de confiança só podem ser exercidas por servidores, enquanto os cargos comissionados são de livre provimento. O levantamento foi feito pela Secretaria de Fiscalização de Pessoal do TCU e abrangeu 278 órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo estatais, autarquias e fundações.

O levantamento do TCU revelou que, da força de trabalho nos órgãos onde ocorreu o levantamento, 25,51% ocupam função de confiança. A proporção dos comissionados, ou seja, que não precisam ser servidores efetivos, é menor, de 5,42%.

Sem vínculo

Segundo o relatório, o Legislativo tem a maior proporção de servidores investidos em cargos comissionados sem vínculo com a administração pública: 97,3%. O poder que mais usa o próprio quadro para ocupar os cargos comissionados é o Judiciário, com proporção de 82,99%. Em seguida vêm o Ministério Público da União, com 65,82%, e o Executivo, com 64,45%.

Com relação às funções, o Legislativo tem a totalidade exercida por pessoal do próprio quadro. O Judiciário é o poder que mais tem servidores de outros órgãos em funções de confiança: 10,44%.

O relatório do TCU destacou que “ o percentual de cedidos titulares de funções comissionadas é baixo, apontando a valorização dos servidores do quadro próprio das organizações”. De acordo com o TCU, as informações do levantamento serão usadas no planejamento de futuros trabalhos na área.

Áudios provam o golpe… do PT contra o erário



Por Josias de Souza

Os historiadores fascinarão os brasileiros do futuro quando puderem se pronunciar sobre os dias atuais sem se preocupar em saber o que vai sobrar depois que a turma da Odebrecht começar a suar o dedo. O relato sobre o apocalipse do PT no poder encontrará a exatidão no exagero. Buscará paralelos na dramaturgia grega ao relatar como o petismo saiu da História para cair na vida.

No início desta semana, o PT imaginou que poderia reescrever a história a partir da gravação de uma conversa em que Romero Jucá insinua para Sérgio Machado que a queda de Dilma e a ascensão de Temer poderia resultar num “pacto” para “estancar a sangria” da Lava Jato. Está confirmado o golpe, alardearam Dilma e os petistas.

Passaram-se os dias. Sobrevieram as gravações dos diálogos que Machado travou com Renan Calheiros e José Sarney. Veio à luz a delação do ex-deputado Pedro Corrêa, do PP. Antes que pudesse comemorar uma mudança dos ventos, o PT viu-se enredado num redemoinho que o devolveu rapidamente à defensiva.

Numa das conversas colecionadas por Machado, Sarney declarou que a própria Dilma pediu dinheiro à Odebrecht para nutrir a caixa registradora de sua campanha e remunerar o marqueteiro João Santana. Previu que madame será abatida numa confissão da turma da empreiteira, “metralhadora ponto 100”.

Em sua delação, Corrêa iluminou o submundo em que Lula se meteu para comprar apoio congressual com dinheiro roubado da Petrobras. Estilhaçou a retórica do “eu não sabia” ao relatar reuniões em que o morubixaba do PT apartou brigas dos aliados por dinheiro ilegal e ordenou a nomeação de diretores larápios para a estatal petroleira.

Quando puder relatar à posteridade tudo o que sucedeu, a História descreverá uma fantástica sequência de fatos extraordinários acontecidos com pessoas ordinárias —em todos os sentidos. E concluirá que houve, de fato, um golpe no Brasil. Um golpe do PT e da quadrilha que gravitou ao seu redor contra o erário.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pedro Corrêa faz relato contundente de envolvimento de Lula no petrolão


Delator Pedro Corrêa faz relato contundente do envolvimento de Lula no petrolão


Pedro Corrêa: ele embolsa propina desde a década de 1970
Pedro Corrêa
Na Veja desta semana

Entre todos os corruptos presos na Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa é de longe o que mais aproveitou o tempo ocioso para fazer amigos atrás das grades. Político à moda antiga, expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, Corrêa é conhecido pelo jeito bonachão. Conseguiu o impressionante feito de arrancar gargalhadas do sempre sisudo juiz Sergio Moro quando, em uma audiência, se disse um especialista na arte de comprar votos. Falou de maneira tão espontânea que ninguém resistiu. Confessar crimes é algo que o ex-deputado vem fazendo desde que começou a negociar um acordo de delação premiada com a Justiça, há quase um ano. Corrêa foi o primeiro político a se apresentar ao Ministério Público para contar o que sabe em troca de redução de pena. Durante esse tempo, ele prestou centenas de depoimentos. Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto Inamps, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de cadeia por envolvimento no petrolão, em 2015. Corrêa admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo. De bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras - um inventário de quase quarenta anos de corrupção.

VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares, à breve gestão de Fernando Collor, passando por Fernando Henrique Cardoso, até chegar ao nirvana - a era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.

Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo do ex-­presidente Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula, segundo ele, gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras - da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. Corrêa descreve situações em que Lula tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.

Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar com Lula da "invasão". Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo". Os caciques pepistas se conformaram quando Lula garantiu que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho". Se Corrêa estiver dizendo a verdade, é o testemunho mais contundente até aqui sobre a participação direta de Lula no esquema da Petrobras.

Alexandre de Moraes: 'Todos serão investigados'


O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com o presidente da República em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 16/05/2016
'Não há necessidade de troca', diz Moraes, sobre comando da Polícia Federal(Evaristo Sá/AFP)

Veja.com

O novo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, está sentado numa das cadeiras mais espinhosas da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Nos últimos três meses, três pessoas comandaram a pasta. Para ter uma vida mais longa que a de seus antecessores, Alexandre de Moraes sabe que deverá dar espaço à Operação Lava Jato. "Vou dar total respaldo e maiores condições para combater a corrupção", diz ele. "Todos serão investigados, independentemente de quem seja", garante, constatando que a investigação do escândalo do petrolão chegou ao topo da organização criminosa, onde está a elite política do país, incluindo alguns ministros e colegas de governo.

Favorável à delação premiada e à participação da Polícia Federal na elaboração desses acordos, Alexandre de Moraes é, por outro lado, contrário à adoção da lista tríplice de candidatos mais votados pela categoria para assumir a diretoria-geral do órgão. "A diretoria da PF acha a lista tríplice necessária? Os superintendentes acham que ela é necessária? Não. Na verdade, quem acha que é necessária é só a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF)", diz Moraes, que acabou comprando uma briga com os procuradores da República por dizer que o presidente não é obrigado a se submeter à lista apresentada pela categoria. A declaração foi interpretada como uma crítica direta à tradição da PGR. Ele alega, porém, que estava falando dentro de uma tese.

Acostumado a lidar com críticas e trabalhar sob pressão, Alexandre de Moraes foi secretário de Justiça de São Paulo em meio a revoltas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e foi secretário de Segurança do governo de Geraldo Alckmin em São Paulo durante as manifestações sociais que tomaram a Avenida Paulista. "Ninguém me oferece uma embaixada na França, uma vaga bacana", brinca, sem desfazer a expressão séria.

O estrategista



Além de notável saber jurídico, o juiz Sérgio Moro é um gabaritado estrategista.

Essa qualidade tem sido fundamental para o pleno êxito da Operação Lava Jato.

Há muita gente que pensa que o alvo do Magistrado paranaense é Lula. Não é.

O alvo de Moro é verdadeiramente a Justiça, para tanto, fatalmente, vai chegar em Lula ( ou já chegou, falta prendê-lo).

Sérgio Moro é um homem de reputação ilibada e de caráter escorreito, que se preparou arduamente para atingir o nível que se encontra.

Sua vida foi virada às avessas pelo PT. Nada foi encontrado.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Caçapava - Tradição e fé


Santuário Santo Antonio 

Com forte presença de jovens, a tradicional decoração de Corpus Christi de Caçapava usou 90 toneladas de areia para criar painéis de temas religiosos no tapete, que se estende por 3 km nas ruas da cidade. 

Foram cerca de 1.200 voluntários trabalhando na confecção do imenso tapete colorido.

A procissão sairá às 17h de hoje da Igreja de São Benedito, na Vila Pantaleão, e terá breve parada na Matriz de São João Batista, no centro, para seguir até o Santuário de Santo Antonio, no bairro Vera Cruz, onde haverá missa campal. São esperadas 12 mil pessoas.

"A demonstração pública de fé é a grande mensagem da celebração", disse o diácono Adonis Souza Pinto, há 27 anos coordenando a festa.

Anos de tradição:

Foto CaçapavaSP Histórias, fotos e Caçapavenses

Foto CaçapavaSP Histórias, fotos e Caçapavenses

Foto CaçapavaSP Histórias, fotos e Caçapavenses - Anos 70

Hoje, 26 de maio de 2016:

Foto: Amarildis Porto de Araújo no FB

Foto: Amarildis Porto de Araújo no FB

Foto : Otavio Freitas de Paula no FB

Foto: Otavio Freitas de Paula no FB






Zé, o irrecuperável e o seu sócio…



A 30ª fase da Operação Lava Jato, denominada ‘Vício’, recebeu tal batismo em razão de ter como foco pessoas já flagradas em práticas criminosas em operações anteriores.

Assim, evidentemente, o velho Zé Dirceu não poderia ficar de fora e ainda foi o grande ‘homenageado’ com o nome da operação.

E de fato, o ex-ministro teve mais um esquema de propinas descoberto na investigação.

Dirceu, desta feita, recebeu suborno de fornecedores de tubos da Petrobras.

Os contratos custaram mais de R$ 5 bilhões à estatal e renderam mais de R$ 40 milhões de propina. Dois funcionários da Petrobras também são investigados.

Zé Dirceu, que já tem 23 anos de condenação para cumprir, deve responder a mais um processo oriundo da ‘Vício’.

O fato só demonstra que o ex-ministro realmente é um criminoso irrecuperável, sem condições para o convívio em sociedade.

Ora, esses novos crimes ocorreram enquanto ele cumpria a pena do Mensalão.

Tudo isto nos leva a uma conclusão óbvia.

Vê-se que mesmo fora do governo e já condenado, Dirceu continuou forte. A pergunta é: de onde vinha essa força que lhe dava condições de fraudar licitações para receber propina de fornecedores da Petrobrás?

A resposta é que esta força vinha do sócio de Dirceu, que, aliás, continua solto. Ele é ‘o cara’.

REPATRIAÇÃO DE RECURSOS DE BRASILEIROS É PÍFIA



Há cada vez mais suspeição sobre a lei, pela qual o governo Dilma se empenhou, para repatriação só este ano de até R$ 400 bilhões ilegais de brasileiros no exterior. Os defensores da lei 13.254 dizem que há lá fora US$ 650 bilhões de origem lícita de brasileiros e que estes teriam interesse “patriótico” de repatriar entre R$ 370 bilhões e R$ 400 bilhões somente em 2016. Convém o País esperar sentado, para não cansar. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Prospera a suspeita de que a lei foi criada para atender a grupo restrito de pessoas ou de empresas ligadas aos governos do PT.

Detalhe que levanta suspeita contra a lei de repatriação de recursos é a autoria do projeto original: o ex-senador Delcídio do Amaral, ex-PT.

Cauteloso, o novo governo acredita na repatriação de no máximo R$35 bilhões, este ano. Mas na Fazenda poucos acreditam nesses números.

FORAGIDA DA PF, MULHER DO SENADOR TELMÁRIO MOTA SE ENTREGA


SUZETE FOI CONDENADA POR ENVOLVIMENTO NO DESVIO DE R$ 70 MILHÕES

A mulher do senador Telmário Mota (PDT-RR), que estava foragida da Polícia Federal há uma semana, se entregou na manhã desta quarta (25) na sede da PF em Boa Vista. Suzete Oliveira foi condenada em 2ª instância pelo envolvimento no desvio de R$ 70 milhões em repasses da União ao Estado de Roraima, caso que ficou conhecido como escândalo dos "gafanhotos".

O fato de Suzete estar foragida ficou nacionalmente conhecido quando o marido apresentou denúncia contra o senador Romero Jucá, adversário político de Telmário no Estado, após a revelação do áudio de conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em que Jucá teria proposto um "pacto" para "estancar a sangria" da Lava Jato. Questionado em entrevista sobre a representação de Telmário, Jucá disse que Telmário "devia denunciar a esposa, que é foragida da polícia".

Feridos, caciques do PMDB estão atemorizados



Caíram todas as fichas do PMDB. A conversão de Sérgio Machado de operador do partido em colaborador da Lava Jato revelou a alguns cardeais que ainda se imaginavam acima das leis que a festa acabou.

Aos poucos, desaparece aquele Brasil que oferecia às eminências políticas a segurança de que nenhum ilícito justificaria a incivilidade de uma reprimenda pública. No seu lugar, surge um país que ensina a Sarney, Renan e Jucá que nem tudo termina num grande acordão.

Acometido de ‘morofobia’, Sérgio Machado foi de cacique em cacique para avisar que estava prestes a suar o dedo. “Esse cara, esse Janot que é mau caráter, ele disse, está tentando seduzir meus advogados, de eu falar”, disse para Sarney.

“O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês”, declarou para Renan. “Então, o que ele quer fazer? […] Ele quer me desvincular de vocês, […] e me jogar para o Moro. E aí ele acha que o Moro vai me mandar prender. Aí quebra a resistência. E aí fodeu.”

“Eu estou muito preocupado”, afirmou Machado na conversa com Jucá. “O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.”

Ouviram-se juras de proteção a Machado. “Sem meter advogado no meio”, orientou Sarney. Um pacto para “estancar a sangria”, definiu Jucá. “Tem que ser conversa de Estado-Maior”, pediu o ex-presidente da Transpetro.

Homologado nesta quarta-feira (25) pelo ministro Teori Zavascki, do STF, o acordo de delação premiada que Sérgio Machado celebrou com o Ministério Público Federal é uma evidência de que malograram as tentativas de acordão. Afora os depoimentos já prestados pelo novo delator, a turma da Lava Jato manuseia gravações que somam quase sete horas de conversa.

Feridos pela traição, os caciques do PMDB estão atemorizados. O pânico tem razão de ser. Eles sabem o que fizeram nos verões passados. E acabam de descobrir que já não é tão fácil celebrar conchavos com pedaços do Judiciário, para triturar investigações.

A caciquia do PMDB ainda não conseguiu concretizar o desejo de aprovar alterações às leis que regulam os acordos de leniência e as delações premiadas. Enquanto ainda têm mandato, Renan e Jucá deveriam perseguir um objetivo mais modesto —um tributo a Sérgio Machado. Assim como há ruas batizadas de Voluntários da Pátria, a dupla poderia sugerir a inauguração de outras que se chamassem Traidores da Pátria.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Temer vence 1ª batalha e Congresso aprova meta fiscal


Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à apreciação de 24 vetos, 2 projetos de resolução e do PL (CN) 1/2016, que altera a meta fiscal - 24/05/2016

Veja.com

No primeiro teste de fogo com o Congresso, o presidente interino, Michel Temer, conseguiu emplacar na madrugada desta quarta-feira a aprovação de medida considerada essencial para evitar que seu governo fique paralisado: a autorização para que o país encerre o ano com um rombo de 170,5 bilhões de reais - o maior da história. A revisão da meta fiscal foi aprovada em votação simbólica em meio a bate-bocas e dura obstrução de aliados da presidente afastada Dilma Rousseff.

A sessão se arrastou por mais de 16 horas, boa parte motivada pela votação de 24 vetos presidenciais, e evidenciou a dificuldade que o peemedebista vai encontrar no Congresso diante da oposição do PT e dos demais partidos que estão em sua órbita. Ainda assim, parlamentares da base de Temer comemoraram o resultado por conseguirem manter o quórum alto para a votação mesmo durante a madrugada e superarem as manobras regimentais articuladas pelos oposicionistas. "Hoje foi um dia que demonstramos nossa força", comemorou o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do Secretário de Governo da Presidência, Geddel Vieira Lima.

Também foi determinante para o sucesso da sessão a condução do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que acionou um rolo compressor para encurtar a sessão: levou à votação a rejeição, em bloco, da série de requerimentos protelatórios, diminuiu o tempo de discursos e conclamou ao longo de todo o dia os parlamentares a comparecerem ao plenário.

Temer tinha pressa para revisar a meta fiscal: se a matéria não fosse aprovada até a próxima segunda-feira, o governo federal teria de fazer um corte extra de 137,8 bilhões de reais, o que travaria a máquina pública e inviabilizaria a implementação dos projetos do peemedebista para recuperar a economia. Como quinta-feira será feriado, o esforço foi para concluir, a qualquer custo, a votação nesta quarta.

Apesar da projeção de déficit em 2016, o Orçamento elaborado ainda na gestão da presidente afastada Dilma Rousseff e aprovado para este ano fixou uma meta de superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida pública) de 24 bilhões de reais. Em março, a equipe econômica da petista enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para mudar a meta fiscal, de forma a autorizar que o governo registrasse um rombo. Ainda assim, o déficit previsto era bem menor, de 96,65 bilhões de reais. Ao apresentar na última sexta-feira a previsão de um rombo de 170,5 bilhões de reais, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a receita estava superestimada e classificou a nova meta de "realista".

A aprovação da matéria traz alívio para a gestão de Temer, que logo na largada enfrentou uma série de turbulências. Na segunda-feira, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, um dos responsáveis pelo cálculo do déficit, deixou o cargo após ser flagrado em conversa falando em um pacto para conter a Operação Lava Jato. Ele voltou a ocupar o mandato de senador e acompanhou a votação desde a manhã de terça-feira. Às 3 horas da manhã, Jucá subiu novamente à tribuna para se defender. Em duro pronunciamento, referiu-se aos parlamentares do PT, PDT e PCdoB: "A maior das heranças malditas pode ser vista no espelho por vocês mesmos: é a oposição. É ter de aguentar vocês", disse, afirmando, ainda, que a autorização de um rombo de 170,5 bilhões vai permitir a execução de importantes obras, como a transposição do Rio São Francisco.

Temer é uma garantia para a Lava Jato



Por: O Antagonista

Michel Temer garantiu a Lava Jato.

Isso é muito mais importante do que as conversas gravadas de Renan Calheiros.

Antes de assumir o poder, segundo a Folha de S. Paulo, um dos assessores mais próximos de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, reuniu-se com os procuradores Deltan Dallagnol e Robertson Pozzobon.

Os procuradores pediram a manutenção no cargo do superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, responsável pela Lava Jato.

O assessor levou o pedido a Michel Temer e ele concordou na hora.

O PT mente dizendo que o impeachment foi uma manobra para melar a Lava Jato.

É o contrário: ele impediu que Lula e Dilma Rousseff enterrassem as investigações.

MACHADO GRAVOU RENAN FALANDO EM ACABAR COM DELAÇÃO PREMIADA DE QUEM ESTÁ PRESO



Diário do Poder

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu mudança na lei que trata da delação premiada para impedir que presos colaborem com as investigações. É o que consta de gravações feitas clandestinamente pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, com o objetivo exatamente de obter delação premiada na Operação Lava Jato. As gravações seria orientadas por procuradores da Procuradoria Geral da República (PGR), como condição para a celebração do acordo de delação.

Nas gravações com Renan, Sérgio Machado sugere "um pacto" que seria "passar uma borracha no Brasil" e Renan responde: "antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação".

Assim como o fez com o senador Romero Jucá, Sérgio Machado pediu o encontro com Calheiros, provocando a conversa que seria gravada, a fim de ajudá-lo a obter um acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Fefderal (STF). Há a expectativa de decisão nas próximas horas do ministro Teori Zavascki, a quem cabe homologar ou não o acordo de delação.

Indicado pelo PMDB e por Calheiros, Sérgio Machado presidiu a estatal Transpetro, subsidiária da Petrobras, entre 2003 e 2015, saindo do cargo após denúncias de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Lava Jato.

Os diálogos foram gravados por Machado a partir de março, em data não revelada. O presidente do Senado é investigado em sete inquéritos que tramitam no STF no âmbito da Lava Jato. As gravações são reveladas no jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (25).

LULA QUER RECONHECIMENTO DE QUE FOI MINISTRO AINDA COM MEDO DE ATOS DE MORO



Diário do Poder

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para que as ações contra a sua nomeação para a Casa Civil não sejam extintas e sejam levadas a julgamento no plenário da Corte. Na peça, os advogados pedem que o Tribunal reconheça que Lula teve o status de ministro de Estado no período entre 16 de março e 12 de maio e também as "consequências jurídicas decorrentes dessa situação".

A defesa do ex-presidente argumenta que ele "preenchia, como ainda preenche, todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o exercício do cargo de Ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos".

Relator dos mandados de segurança impetrados pelo PSDB e pelo PPS, o ministro Gilmar Mendes determinou o arquivamento das ações após a exoneração de Lula ser publicada no Diário Oficial da União no último dia 12, quando a presidente Dilma Rousseff deixou o cargo.

Caso o Supremo reconheça que Lula já era ministro desde o dia 16 de março, isso pode abrir uma brecha para que a defesa do ex-presidente questione atos do juiz Sérgio Moro, inclusive a divulgação das conversas entre ele e Dilma. Há uma discussão no meio jurídico sobre a validade dos áudios.

As gravações, em que Dilma indica que está enviando o termo de posse a Lula para que ele use em "caso de necessidade", foram citadas por Gilmar Mendes em sua decisão para suspender a nomeação do ex-presidente do cargo. Para o ministro, havia indícios de que a petista apontou o ex-presidente para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais pelo juiz da 13ª Vara de Curitiba.

Em manifestação sobre o assunto esta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também afirmou entender que houve "prejuízo" das ações que analisavam o caso de Lula após a sua exoneração. A indicação está sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Na Argentina, Serra firma acordo de 'coordenação política'


José Serra se encontra com Mauricio Macri em Buenos Aires

Veja.com

Em visita à Argentina, o novo ministro das Relações Exteriores, José Serra, se encontrou com o presidente Mauricio Macri e com a chanceler Susana Malcorra nesta segunda-feira. Em sua primeira viagem oficial como o novo comandante do Itamaraty, Serra firmou um acordo de "coordenação política" entre os dois países, defendeu a flexibilização do Mercosul e reafirmou a legitimidade do processo de impeachment no Brasil.

O ministro foi recebido por Macri na Casa Rosada no que foi chamado de uma "visita de cortesia". Serra classificou como "muito proveitosa" sua viagem a Buenos Aires e garantiu que a Argentina será o primeiro país que Temer visitará quando puder se ausentar do Brasil, algo que a "conjuntura política e econômica torna praticamente inviável" no momento. "Brasil e Argentina configuram uma parceria positiva", afirmou.

No encontro, Serra e a chanceler argentina firmaram um acordo para a criação de um "mecanismo de coordenação política" entre os países. O entendimento busca "o intercâmbio de opiniões" e o "acompanhamento de projetos estratégicos" entre os países, e prevê ao menos duas reuniões a cada doze meses, uma delas no início do ano e outra antes da Assembleia-Geral da ONU, para afinar os discursos e definir uma "agenda comum de trabalho".

Mercosul - Sobre o Mercosul, Serra defendeu trabalhar para "conseguir negociações mais flexíveis" que permitam ao bloco concretizar acordos bilaterais. "Nossa estratégia é a de criar mecanismos que agilizem, facilitem e flexibilizem a possibilidade de negociação com terceiros. Então vamos investir na velocidade e flexibilidade", afirmou o ministro em entrevista coletiva em Buenos Aires. Segundo Serra, a proposta foi "bem recebida" pelo governo Macri.

Durante a visita, dezenas de pessoas protestaram contra o impeachment em Buenos Aires. O grupo gritava "Fora, Temer" e carregava cartazes chamando Serra de "golpista". Ao lado da chanceler argentina, o ministro das Relações Exteriores voltou a defender a legitimidade do processo que afastou Dilma Rousseff. "O que aconteceu foi um processo traumático, mas dentro da legalidade da Constituição", afirmou. Malcorra concordou: "Se em algum momento verificarmos que não se respeitou a institucionalidade, vamos reagir, mas até agora não entendemos que seja assim e nos sentimos muito seguros neste sentido".

(Com agências AFP e EFE)

Dilma e o PT querem usar uma conversa sobre o nada para justificar e omitir seus próprios crimes


Dilma quer usar áudio de Jucá para justificar seus próprios crimes

Por Reinaldo Azevedo

Pergunte a um petista qualquer de que modo a ascensão de Michel Temer à Presidência contribuiria para brecar a Operação Lava Jato e, obviamente, não haverá resposta. A razão é simples: a suposta causa não tem relação lógica com a suposta consequência.

Para que tal desígnio se realizasse, seria necessário que Michel Temer e as lideranças que o apoiam tivessem meios de encabrestar os procuradores da Lava Jato, a Polícia Federal, o juiz Sergio Moro e Rodrigo Janot. Se a Lava Jato era, assim, tão facilmente subordinável, por que o próprio governo do PT não se encarregou de tal tarefa?

Golpistas dos 50 tons de vermelho tentam obter rendimento máximo das conversas destrambelhadas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Sérgio Machado, o ex-presidente enrolado da Transpetro. O segundo ameaça o primeiro, induzindo-o a lhe oferecer garantias.

O senador não se faz de rogado e promete, em cinco linhas de transcrição, juntar num mesmo eixo de interesses o Supremo, as Forças Armadas, o PSDB, o PMDB, o futuro presidente… Só faltaram as autoridades eclesiásticas.

De fato, como afirmou o advogado de Jucá, não há crime nenhum na fala. A não ser o de excesso de imaginação. Visivelmente, o senador tenta acalmar seu aliado, não se dando conta de que caía numa cilada.

É evidente que Jucá estava acenando para o interlocutor com algo que não poderia entregar. Aliás, Machado tinha plena consciência de que não seria beneficiário daquela oferta. Tanto é que, tudo indica, já havia feito delação premiada e estava apenas tentando levar o interlocutor para o buraco, o que acabou conseguindo.

Os petistas e seus esbirros já tinham inventado a tese do golpe, mas faltava o enredo. Os diálogos fornecem o entrecho narrativo que confere verossimilhança a uma farsa. Se, antes, até os petistas ficavam um pouco constrangidos porque não conseguiam apontar onde diabos estava o golpe, agora eles se sentem confortáveis: “Ouçam o que disse Jucá…”.

Foi o que fez Dilma Rousseff, a Afastada, nesta segunda à noite, durante um evento sobre agricultura familiar. Discursando para 700 pessoas, como se estivesse à frente da Presidência, mandou ver: “A gravação mostra o ministro do Planejamento interino, Romero Jucá, defendendo o meu afastamento como parte integrante e fundamental de um pacto que tinha como objetivo interromper as investigações”.

É do balacobaco! Dilma, por acaso, queria fortalecer as investigações? Não foi ela a nomear Lula ministro, aquele que dizia ser ele próprio a única pessoa capaz de botar os procuradores no seu devido lugar? Segundo Delcídio do Amaral, ela, sim, tentou interferir nos tribunais superiores para beneficiar presos e investigados.

E a doidona foi adiante: 
“Se alguém ainda não tinha certeza de que há um golpe em curso, baseado no desvio de poder e na fraude, as declarações fortemente incriminatórias de Jucá sobre os reais objetivos do impeachment e sobre quem está por trás dele eliminam qualquer dúvida. A gravação escancara o desvio de poder e a fraude do processo de impeachment praticados contra uma pessoa inocente. Revelam o modus operandi do consórcio golpista”.

Dilma, como de hábito, não sabe o que diz. Em primeiro lugar, ela precisaria dizer onde está a parte dita “incriminatória” da fala de Jucá. Em segundo lugar, seria preciso evidenciar onde está revelado o “desvio de poder”.

Dilma e o PT querem usar uma conversa sobre o nada para esconder ou justificar os seus próprios crimes. Mas não vão prosperar.

PF deflagra 30ª fase da Operação Lava Jato


Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão na sede da OAS Empreendimentos

Veja\Por: Laryssa Borges

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 30ª fase da Lava Jato, intitulada Operação Vício. Cinquenta agentes federais cumprem 28 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A ação de hoje se dá em parceria com a Receita Federal e apura os crimes de crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro no esquema que sangrou os cofres da Petrobras.

De acordo com a PF, a operação desta terça é um desdobramento das que revelaram o esquema criminoso do petrolão. O alvo agora são três grupos empresariais que se utilizavam de operadores e contratos fictícios com a estatal – sobretudo com a Diretoria de Serviços – e repassavam dinheiro sujo a funcionários da Petrobras, além de agentes públicos e políticos.

A escolha pelo nome Vício se deu, segundo a corporação, em decorrência da sistemática prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos. “O termo ainda remete a ideia de que alguns setores do Estado precisam passar por um processo de desintoxicação do modo corrupto de contratar presente não ação de seus representantes”, diz a PF em nota.

A PF cumpre ainda mandados com o objetivo de apurar pagamentos a um executivo da área internacional da Petrobras em contratos firmados para aquisição de navios-sonda.

'ELE QUE REPRESENTE CONTRA A MULHER, FORAGIDA DA JUSTIÇA', DIZ JUCÁ SOBRE SENADOR DILMISTA


SENADOR TELMÁRIO MOTA E A ESPOSA SUZETE, CONDENADA
 A SEIS ANOS E OITO MESES DE RECLUSÃO
O ministro Romero Jucá (Planejamento) atacou o senador Telmário Mota (PDT-RR) durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (23) no Senado. Questionado sobre o pedido de cassação que Mota anunciou que representaria contra o ministro, Jucá rebateu dizendo que “Telmario deveria representar contra a mulher dele, que é foragida da polícia”.

A esposa de Mota, a médica Suzete Macedo de Oliveira, teve a prisão decretada por envolvimento no "escâncalo dos gafanhotos", descoberto pela Polícia Federal na Operação Pragas do Egito, deflagrada em 2003. Suzete foi condenada a seis anos e oito meses de reclusão, a defesa da mulher do senador tentou um habeas corpus preventio no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mas teve o pedido negado.

Jucá foi eleito senador pelo estado de Roraima e se licenciou do cargo para assumir o Ministério do Planejamento no governo interino de Michel Temer.

O ministro está no meio de uma crise após o jornal Folha de São Paulo divulgar trechos da conversa entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No diálogo, o peemedebista sugere um pacto para deter os avanços da Operação Lava Jato.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ministro Romero Jucá diz que vai se licenciar do cargo a partir desta terça


Entrevista coletiva com o ministro do Planejamento, Romero Jucá, que anunciou que vai se licenciar do cargo, para se defender da acusação de obstrução da Operação Lava-Jato - 23/05/2016

O ministro Romero Jucá, do Planejamento, anunciou que vai se licenciar do ministério a partir desta terça-feira (24).

Jucá disse que pedirá uma manifestação ao Ministério Público Federal, a fim de que o órgão avalie se cometeu algum tipo de crime em relação às conversas gravadas entre ele e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

O jornal "Folha de S.Paulo" informou nesta segunda-feira que, em diálogo com Sérgio Machado, Jucá sugere um "pacto" para tentar barrar a Operação Lava Jato. Mais cedo, em entrevista coletiva, Jucá havia dito que não tinha nada a temer não pretendia deixar o comando do ministério.

Segundo Jucá, até que o Ministério Público apresente um parecer, ele permanecerá licenciado. Durante a licença, o secretário-executivo Dyogo Oliveira responderá pelo Ministério do Planejamento.

"Como há certa manipulação das informações, eu pedi ao meu advogado, doutor Kakay, que prepare um documento, e nós estamos dando entrada hoje [segunda] à tarde para que tenhamos posição do Ministério Público Federal, se há ou não irregularidade, crime na conversa. Na medida em que colocar este documento lá no Ministério Público Federal, vou conversar com o presidente Temer e vou pedir licença do ministério enquanto o Ministério Público não se manifestar", disse

Depois de um pronunciamento do MP, Jucá disse que aguardará decisão do presidente em exercício, Michel Temer, sobre se irá querê-lo de volta ao governo ou não. "Estou consciente que não cometi irregularidade", declarou.

O ministro fez o anúncio depois de acompanhar o presidente em exercício Michel Temer e os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) na visita ao Senado para entregar ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta que altera a meta fiscal do governo. A proposta, que necessita de aprovação do Congresso, prevê um déficit de R$ 170,5 bilhões, o que representa o maior rombo da história nas contas do governo.

A fala do ministro foi tumultuada porque deputados e outros manifestantes gritavam contra Jucá e o governo de Michel Temer no Salão Azul do Senado.

Jucá disse que, embora tenha anunciado a licença, atuará pela aprovação da proposta na Comissão Mista de Orçamento, na tarde desta segunda-feira, e no plenário do Congresso, nesta terça. "Vou ajudar a aprovar meta hoje na comissão e amanhã no plenário", declarou.

Sérgio Machado gravou também Sarney e Renan. Saiba os detalhes da delação


André Coelho

Sérgio Machado não gravou apenas Romero Jucá. O ex-presidente da Transpetro na era PT registrou também áudios de Renan Calheiros e José Sarney.

Nestes dois casos os registros foram feitos em conversas privadas que Machado teve com cada um dos dois, separadamente.

Quem teve acesso aos áudios diz que o que foi revelado hoje em relação a Jucá "não é nada" comparado ao que Renan e Sarney disseram. 

As gravações foram feitas no âmbito da delação premiada que Sérgio Machado está negociando com a Procuradoria-Geral da República desde março. O acordo com a PGR foi selado na semana passada.

Na delação, Machado gravou apenas três políticos: o responsável pela sua indicação para a Transpetro (Renan), Sarney e Jucá. Mas comprometeu outros senadores do PMDB. São eles Jáder Barbalho e Edison Lobão.

Eduardo Cunha, Aécio Neves, José Dirceu e Lula não aparecem nos depoimentos dados por Machado.

A delação de Machado está na mesa do ministro Teori Zavascki, esperando homologação.

Em gravações, Jucá sugere pacto para deter Lava Jato, diz jornal


Entrevista coletiva com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sobre a nova meta fiscal de 2016, em Brasília (DF) - 20/05/2016

Veja.com

O atual ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) sugeriu em conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma possível mudança no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" feita pela Operação Lava Jato que investiga ambos. As conversas aconteceram em março. A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira.

Os diálogos ocorreram semanas antes da votação pelo impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados e foram gravadas de forma oculta. O aúdio tem mais de uma hora duração e estão em posse da Procuradoria Geral da República (PGR).

Em um dos trechos da conversa, Jucá diz ao interlocutor: "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", em resposta à preocupação expressada por Machado de que sua investigação na Lava Jato saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fosse parar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância.

O advogado do atual ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse ao jornal que Jucá "jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava Jato "porque essa não é a postura dele".

(Da redação, com Reuters)

Gastos de Dilma com cartão assombram e atingem R$ 747,6 milhões somente em 2014



Por: Jornal da Cidade Online

Absoluta malversação do dinheiro público é o que se depara numa rápida análise sobre os gastos diretos da Presidência da República durante as duas gestões de Dilma Rousseff.

Os resultados assombrosos são alvo de um minucioso ‘pente fino’ que vem sendo realizado pela Secretaria de Governo.

Entretanto, a maneira perdulária como vinha sendo tratado o dinheiro público, se alastra por quase todos os setores da administração pública durante as gestões petista.

De qualquer forma, os gastos diretos da presidente, através do ‘cartão corporativo’ saltam aos olhos. Uma pequena demonstração, prende-se ao que foi gasto nesse quesito em 2014, ano eleitoral, R$ 747,6 milhões.

Fica claramente demonstrado a maneira criminosa como a presidente Dilma Rousseff lidava com os seus gastos diretos e de cunho eminentemente pessoais, derrubando a enfadonha argumentação de que se trata de uma ‘mulher honrada’, sem nada que macule a sua trajetória no exercício do cargo.

Malversação do dinheiro público é crime.

MTST E OUTRAS ENTIDADES RECEBERAM BILHÕES SEM CONSTRUIR CASAS


EM ESPIGÃO (RO), OBRAS PARADAS

O governo Dilma havia destinado um total de R$ 1,012 bilhão. Planilha do Ministério das Cidades, a qual o Diário do Poder teve acesso com exclusividade, mostra que das 60 mil unidades previstas para serem levantadas pelas entidades que receberam o dinheiro, foram entregues apenas cerca de 7 mil, menos de 10% do total. 

Entre os 388 movimentos, a Associação dos Trabalhadores Sem Teto da Zona Noroeste Leste I, de São Paulo, recebeu R$ 2,7 milhões para construir 400 casas. Para a Associação por Habitação com Dignidade, também de São Paulo, foram repassados R$ 2 milhões para erguer 350 casas.

A Associação Habitacional de Rondônia recebeu, segundo o relatório, R$ 6 milhões para construir o Residencial Esperança com 200 habitações. A obra, orçada inicialmente em R$ 12 milhões, tinha prazo para conclusão em outubro de 2015, mas virou um grade canteiro de obras e está paralisada há dois anos.

Chamou a atenção do Ministério das Cidades a diferença no valor repassado a movimentos que deveriam, em tese, levantar a mesma quantidade de casas. A União por Moradia Popular do Estado do Paraná (UMP-PR), por exemplo, recebeu R$ 15 mlhões para construir 162 casas. Já a Associação Comunitária Ananias Alves Azevedo recebeu "apenas" R$ 3 milhões para 167 casas.

O Movimento Habitacional e Ação Social (Mohas), de São Paulo, recebeu R$ 3,7 milhões para 190 casas, enquanto que a Cooperativa Habitacional Giusepe Garibaldi, no Rio Grande do Sul, recebeu em janeiro de 2014 quase a mesma quantia - R$ 3,4 milhões - para mais que dobro de casas, 400 unidades. Apesar do volume repassado, o Mohas divulga em seu site que é uma "organização sem fins lucrativos".

O Movimento Pelo Direito a Moradia (MDM) recebeu R$ 1,9 milhão para 228 casas. E o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra Leste I (SP) pediu quase R$ 4 milhões para construir 198 casas, mas este não teve a mesma sorte das outras entidades e não foi contemplado.

Recordistas

Na Planilha do Ministério das Cidades os movimentos que mais receberam dinheiro do governo Dilma foram Associação Esperança de Um Novo Milênio, União por Moradia Popular do Estado do Paraná, Associação das Donas de Casa do Bairro Caranã, Associações Solidárias Unidas (ASSUNI), Associação Habitacional de Ipatinga, Associação Pró Moradia Liberdade, Movimento Nacional de Interesse Social (MNIS) e Associação dos Moradores do Acampamento Esperança de Um Novo Milênio. Juntos, receberam mais de R$ 150 milhões.

Pente fino

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse nesta sexta-feira (20), em Recife, que vai pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU), na próxima semana, uma auditoria no programa Minha Casa, Minha Vida. “Essa auditoria é para eu, enquanto gestor público, me proteger do que foi feito no passado. E para que o próprio tribunal, que já tem indicativos, possa continuar contribuindo com elementos técnicos que vem encontrando no aperfeiçoamento do programa”, explicou. 

Bruno Araújo afirmou que vai buscar ministros do TCU para tratar do assunto. Segundo o ministro, o eventual trabalho do TCU não vai atrasar ou suspender o andamento do programa social. (Contribuiu: Elijonas Maia/Diário do Poder)

ESTATAL DE COMUNICAÇÃO FOI TRANSFORMADA EM 'CABIDE PARA AMIGOS'



A estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil, foi transformada em cabide de boquinhas para amigos de Dilma, do antecessor Lula e do PT. Milhões de reais dos contribuintes foram desperdiçados em programas de amigos petistas. Um deles, o diretor de teatro Aderbal Freire Jr, casado com a atriz Marieta Severo, recebia R$ 91 mil por mês, cinco vezes mais que o presidente da própria EBC.

Sócia da FBL, produtora do “ABZ do Ziraldo” levava R$ 717 mil/ano, Rozane Braga assinou manifesto “anti-golpe”. Inútil: foi cancelado.

O programa “Papo de Mãe”, de Mariana Kotscho, filha de ex-assessor de Lula, custava ao contribuinte R$ 2,4 milhões/ano. Foi cancelado.

O programa “Observatório da Imprensa”, comandado por Alberto Dines, faturava R$ 233 mil por mês e R$ 2,8 milhões ao ano na estatal EBC.

O programa “Expedições”, produzido pela empresa Roberto Werneck Produções, teve o contrato de R$ 1,6 milhão cortado pela metade.

domingo, 22 de maio de 2016

MARINHA, AERONÁUTICA E CLUBES MILITARES REPUDIAM RESOLUÇÃO DO PT


ARTIGO FALA QUE É PRECISO TER CUIDADO AO LER DOCUMENTO DE "ESQUERDISTAS"

Diário do Poder

A temperatura nos quartéis se elevou ainda mais por conta da resolução do Partido dos Trabalhadores sobre conjuntura política que diz que os petistas foram "descuidados" por não terem modificado os currículos das academias militares e por não terem promovido oficiais que, na avaliação do antigo governo, tinham o que consideram ser compromissos "democráticos e nacionalistas". Na sexta-feira, depois de o Comando do Exército ter apresentado sua "indignação" com a declaração dos petistas, a Aeronáutica e a Marinha também repudiaram as afirmações.

Os presidentes dos Clubes Naval, da Aeronáutica e Militar, em um artigo intitulado "Democratas e nacionalistas", falam do "cuidado que devemos ter ao ler qualquer documento de partidos esquerdistas, pois a linguagem que empregam é, maliciosamente, deturpada para que concordemos com ela".

O trecho contestado por militares da ativa e da reserva diz: "Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".

A Marinha do Brasil, ao rechaçar o trecho do documento, lembra que, "como uma das instituições permanentes do Estado, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, tem como um de seus princípios basilares o distanciamento de qualquer tipo de ideologia ou ordenamento de caráter político ou partidário". Acrescenta ainda que "mudanças nos currículos das Academias e nos critérios de promoção, dentro do contexto em que foram feitas em documento do PT, só terão como consequências a perda do profissionalismo que caracteriza nosso trabalho e a indesejável politização dos militares".

Já a Aeronáutica, depois de ressaltar que as Forças Armadas são instituições de Estado e que não costuma responder a partidos políticos, disse que "são absolutamente infundadas essas considerações". Para a Força Aérea, "atacar o currículo das escolas militares que tem como base a disciplina e ética, além do profissionalismo, é inaceitável". A Aeronáutica citou também que o currículo das escolas das forças "garante todos os níveis indispensáveis da formação militar, acadêmica, moral e profissional".

A nota do PT, segundo a FAB, "nos atingiu bastante", inclusive no item que trata das promoções porque os critérios da força "são totalmente baseados na meritocracia, em função do desempenho do oficial ao longo da sua carreira, baseado em aspectos profissionais, intelectuais e morais e, acima de tudo, em defesa do Estado brasileiro". Acrescentou ainda que a formação dos militares é "totalmente cercada por critérios muito bem estabelecidos e democráticos".

Um outro integrante do Alto Comando do Exército, "indignado" com a postura petista, questionou: "A pergunta que eu gostaria de fazer ao Rui Falcão (presidente do PT) é se ele quer mudar o currículo das escolas militares para resolver qual problema? Que oficial com compromisso democrático e nacionalista é este que vocês querem? Por acaso nossos oficiais de hoje não são democratas? Não são nacionalistas? O que vocês estão querendo com isso?". Em seguida, o general desabafou afirmando que as escolas militares são reconhecidas no mundo inteiro porque os militares são formados, graduados e aperfeiçoados, fazem cursos de altos estudos e de política estratégica para formar profissionais de Estado. "Nós somos profissionais de Estado. Nós servimos ao Brasil e não a partidos. É lamentável ter essa pretensão. Para mim, isso é fazer proselitismo político", emendou. "Foi uma provocação a todas as instituições de Estado e até à imprensa. É muita pretensão. É inadmissível o que está escrito ali. É uma barbaridade", prosseguiu ele, salientando que os militares, "neste conturbado processo político, permaneceram firmes, serenos, seguros e cumprindo o estrito papel que cabe às Forças Armadas pela Constituição".

Os três Clubes Militares, em nota conjunta, citam que o documento petista "apresenta uma série de chavões esquerdistas, como dizer que o Estado está agora sob a direção de velhas oligarquias, que as mesmas aplicaram um golpe de estado, que estamos adotando o modelo econômico preconizado pelo grande capital, que o impeachment é um golpe casuístico para depor um governo democraticamente eleito".

Em seguida, fala sobre o trecho questionado no texto petista que trata das "possíveis falhas que levaram ao fim do projeto socialista de eternização no poder" e que entre elas aponta a não interferência nas promoções e no currículo da área militar.

Para os presidentes dos três clubes militares, que são porta-voz dos oficiais da ativa, "o parágrafo é particularmente revelador sobre a mentalidade distorcida que domina a esquerda e a insistência em suas teses de dominar instituições que, no cumprimento da lei, impedem a realização de seus sonhos totalitários, que eles denominam democratas, na novilíngua comunopetista".

Os militares criticam ainda o fato de o PT enxergar "uma sabotagem conservadora na ação democrática que os impediu de dominar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, seu objetivo permanente". Ao se referir à questão de reformulação dos currículos das escolas militares, citam que ali é um "reduto de resistência à releitura da História que pretendem, o que fica claro na Base Nacional Comum Curricular proposta pelo MEC, e também nos textos revisionistas constantes dos livros didáticos, particularmente os de História, com que vêm difundindo suas ideias distorcidas e fazendo verdadeira lavagem cerebral em nossos jovens estudantes, há longo tempo". E acrescentam que tudo isso ocorre "sob o olhar complacente e até mesmo sob o aplauso de mestres e pais politicamente corretos".

Depois de condenar a tentativa de "domínio da imprensa por meio do controle das enormes verbas publicitárias que controlam", os presidentes dos clubes dizem que, "quanto à promoção de oficiais com compromisso democrático e nacionalista, isto é o que vem sendo feito desde sempre, pois as Forças Armadas são o maior depósito e fonte de brasileiros democratas e nacionalistas de que a Nação dispõe".(AE)