domingo, 31 de janeiro de 2016

O ESTADISTA TRIPLEX (Trabalhador, Trolador e Tolerante)


Anibal Tosetto e sua esposa Alice

Por Anibal Tosetto

A entrevista coletiva começou. Drinks e canapés deliciosos, cordiais conversas e nada de perguntas.

Até que o entrevistado, carinhosamente chamado pelos seus admiradores de Estadista Triplex, tomou a iniciativa para expressar seus esclarecimentos, em atenção aos eleitores que estavam surpresos com os estranhos boatos desabonadores a respeito de um suposto envolvimento dele em um empreendimento imobiliário. Estava tranquilo, parecia inspirado. Pegou uma caneta hidrográfica ponta grossa que estava no bolso da camisa do seu segurança e assessor, e no quadro branco da sala de entrevista do luxuoso hotel, escreveu a palavra TRIPLEX, na vertical. Para surpresa de todas as pessoas presentes, o Estadista Triplex ao mesmo tempo que falava, também escreveu um inédito e esclarecedor acróstico! 

Vide:

Trabalhei, trabalho e trabalharei pelo bem de todos, mas

Rancorosos não me deixam usufruir de um único dos

Incontestáveis bons apês e casas que produzi e distribui

Para milhares de cooperados que sonhavam com um 

Lar feliz, em imóvel próprio. É fato, é verdade, confiram!

Essa é a verdade e, humildemente, peço que respondam ao

X da questão: Fazer tudo pelo Social é crime?

PS: Um bêbado estava na porta de saída dos fundos do hotel. Sabem quem era?

Justa, coincidente e incrivelmente, o Nezinho Terceiro, neto do Nezinho do Jegue, lá de Sucupira. Sim, diferente do avô, este quando embriagado bajula, quando sóbrio chuta o pau da barraca e diz duras verdades para a “autoridade” que estiver no local, seja um vereador, delegado, padre, pastor, ou até um presidente!

Nesse dia da entrevista coletiva, motivada por injuriosísticos boatos relatando supostos envolvimentos maracutaísticos do Estadista Triplex, aconteceu uma coisa rara: o Nezinho Terceiro estava sóbrio. Alguma força protetora dos bêbados e, talvez, emanada de umas 13 garrafas de cachaça esvaziadas no dia anterior, Nezinho Terceiro ao acordar e sair da cama, se tocou que devia dar um descanso para o seu detonado fígado. Enfim, sóbrio e consciente de seus deveres de cidadão participativo e inquiridor.

Assim que o Estadista Triplex se despediu dos jornalistas convidados para a coletiva e saiu do hotel, Nezinho Terceiro se aproximou, e disse para o seu famoso conterrâneo, “Seu Estadista sujeitinho de uma figa, mentiroso, safado... me responda olhando nos olhos! E os milhares que levaram um tombo, pagaram e até agora não receberam o imóvel? Isso é crime! O povo quando perde a paciência, por mais que possa tardar, não falha quando dá o recado... cabra da mulesta, olha que o pau te acha!

O Estadista Triplex, com olhar de quem nunca sabia e não deve nada, cochichou no ouvido do Nezinho: “Se é crime, eu não sabia! Portanto, nunca antes tendo sabido e sempre fazendo tudo com as melhores das intenções e tudo pelo Social, crime algum eu cometi e jamais cometerei!”. Imediatamente, o Nezinho Terceiro foi para o primeiro botequim que encontrou e bebeu, bebeu... bebeu para se desligar do mundo real.

(Ai, que dor de cabeça... hoje não quer passar nem ingerindo mil doril, ai... acho bom comer uma taiada inteira e dois goles de cangibrina da boa, lá da Piedade, alambique do Antenor...)

Merchandising (A crise tá brava pra todos, minha gente!): “Para saber onde fica o Alambique do Antenor, é só procurar no google “alambique do antenor piedade”, mas não diga para o Estadista, viu?....” Na ida, uma passada no Mercado Municipal da cidade. Nas bancas da Dona Rosária e Dona Elvira tem a famosa taiada feita pelo taiadeiro Toninho. Compre, experimente e compre mais!


O triste ‘fim de carreira’ de Paulo Henrique Amorim



O jornalista Paulo Henrique Amorim prenuncia Moro como ‘um fracasso retumbante’
Sinceramente, perdeu definitivamente a noção do ridículo. Mais que isso, perdeu o respeito pela sociedade e detonou com o que lhe restava de credibilidade, indiscutivelmente o maior patrimônio para quem milita na área da comunicação.

O bom jornalista, independente de suas relações pessoais, não pode criticar por criticar, ou criticar para justificar seus ganhos. Tem que primar pela coerência e não tentar impor as suas vontades.

Mesmo como jornalista, Paulo Henrique Amorim tem todo o direito de amar o Lula e odiar o juiz Sergio Moro. Tem todo o direito de elogiar o Lula. Tem também o direito de criticar Moro. Isto não se questiona.

Mas daí, considerar Moro como ‘um fracasso retumbante’ é desrespeitar a esmagadora maioria da sociedade, que o aplaude. É tapar os olhos para um trabalho fantástico comandado pelo magistrado, que já apresentou resultados práticos, ou seja, a devolução de bilhões e bilhões de dólares para os cofres públicos, dinheiro roubado do povo brasileiro e recuperado pela Operação Lava Jato.

O vídeo encenado por Amorim é patético e deve ser considerado como uma grande piada. Assim como a piada em que ele próprio se transformou neste seu retumbante fim de carreira. (Jornal da Cidade Online/Amanda Acosta)

Busca e apreensão da Lava-Jato encontrou mala de brinquedos sexuais na casa de Collor



Entre todas as operações de busca e apreensão da Lava-Jato, nenhuma rendeu aos investigadores tantos comentários quanto a feita na casa de Fernando Collor. Não exatamente pelos documentos comprometedores recolhidos. Mas, sim, por causa de uma mala repleta de brinquedos sexuais.

MARISA COMPROU BARCO E MANDOU ENTREGAR EM SÍTIO QUE LULA NEGA SER DELE



A ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher de Luiz Inácio Lula da Silva, adquiriu um barco e indicou como endereço para entrega o sítio em Atibaia (SP) que é frequentado pela família do ex-presidente. 

O sítio de 170 mil metros quadrados é alvo de inquérito da Operação Lava Jato desde meados do ano passado. A investigação que inicialmente apurava envolvimento da empreiteira OAS com a ampla reforma do imóvel ganhou novos contornos após a suspeita de que as intervenções no local foram pagas pela Odebrecht. As duas empreiteiras são investigadas na Lava Jato por formação de cartel. Ex-executivos e sócios das empresas são réus em processos derivados da operação.

O ex-presidente confirma que, "em dias de descanso", frequenta o sítio. A área está registrada em nome de dois sócios de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente - Jonas Leite Suassuna e Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, fundador do PT e amigo próximo de Lula.

A nota fiscal fornecida pela fabricante do barco, a empresa Alumax, do grupo Levefort, registra a compra do barco de alumínio, com seis metros de comprimento, modelo Squalus 600. A embarcação foi adquirida em setembro de 2013 por R$ 4.126.



A defesa de Lula não se manifestou. O Instituto Lula reiterou ontem que desde que encerrou o segundo mandato, em 2011, o ex-presidente frequenta o sítio “em dias de descanso". Diz ainda que a "tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular" sua imagem.

Intimação

O promotor Cássio Cosserino, do Ministério Público de São Paulo, intimou Lula e Marisa para deporem, como investigados, num inquérito aberto para apurar oito empreendimentos da Bancoop assumidos pela OAS. Um desses empreendimentos é o condomínio Solaris, no Guarujá (SP).

O promotor já admitiu a possibilidade de denunciar o ex-presidente pela ocultação de patrimônio na propriedade do tríplex 164-A, que foi reformada pela OAS ao custo de R$ 777 mil. Lula nega ser proprietário do imóvel.

Lava Jato mira Gamecorp, empresa de Lulinha


A Gamecorp, empresa que tem como sócio o filho mais velho de Lula, Fábio Luís, encontra-se na alça de mira da Lava Jato. Procuradores da força-tarefa de Curitiba negociam um acordo de delação premiada com Otávio Azevedo, presidente licenciado da empreiteira Andrade Gutierrez, preso há sete meses. O nome de Lulinha, como o primogênito de Lula é chamado na intimidade, pode soar nos depoimentos de Azevedo, informa a revista Veja.

A Andrade Gutierrez é uma das controladoras da antiga Telemar, hoje rebatizada de Oi. Por meio dessa empresa de telefonia, a construtora injetou R$ 5 milhões na Gamecorp em 2005, comprando cerca de 30% da participação societária. Os procuradores querem que Otávio Azevedo revele o que motivou a transação. O candidato a delator resistiu. Mas os investigadores não aceitaram celebrar o acordo de cooperação judicial sem esse pedaço da trama. E o preso decidiu ceder.

De acordo com a reportagem, Azevedo dirá que agiu a pedido de Lula. Nessa versão, o pai de Lulinha, a caminho do término do seu primeiro mandato, tomou conhecimento de que o notório banqueiro Daniel Dantas oferecera-se para virar sócio da Gamecorp. Para impedir que o filho se vinculasse a Dantas, Lula pediu aos donos da velha Telemar, entre eles a Andrade Gutierrez, fizessem uma oferta mais vantajosa. Foi atendido.

O tempo passou. E os novos financiadores de Lulinha não perderam por esperar. Ganharam. Decorridos três anos, o governo Lula alterou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom. Autorizada a fusão, a Andrade Gutierrez passou a contratar, por meio da Oi, serviços da Gamecorp. Serviços desnecessários, confidenciou Azevedo aos seus advogados. Serviam como canal de repasse sistemático de dinheiro para Lulinha e seus sócios.

Chamam-se Fernando Bittar e Jonas Suassuna os sócios de Lulinha na Gamecorp. No papel, os dois são os donos do sítio que Lula utiliza como refúgio, em Atibaia. A exemplo do que sucede com o apartamento triplex do Guarujá, cuja propriedade é atribuída a Lula, o sítio de Atibaia também entrou no radar da Lava jato. São abundantes os indícios de que empreiteiras enroladas no escândalo da Petrobras borrifaram verbas de má origem nos dois imóveis.

Plugado às redes sociais, Lulinha dedica-se a defender o pai e atacar a imprensa e políticos rivais do PT.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Consciência Política



Como é de conhecimento de todos, grande parte da população, cerca de 14,6 milhões de brasileiros são analfabetos, e 1/3 da população é formada por analfabetos funcionais, ou seja, sabem ler e escrever mas não conseguem interpretar o que leem, podendo dizer que “desenham”, não escrevem.

A Constituição Federal não permite que analfabetos se candidatem, porém, permite que os analfabetos funcionais concorram nas eleições.

Bem, não é atoa que o Brasil está neste buraco profundo. Governado a mais de 12 anos por analfabetos funcionais o país afunda em crises. Lula não estudou, sua experiência profissional é de torneiro mecânico medíocre e já declarou que a leitura dá sono nele. Dilma é uma incultura geral para uma pessoa com curso superior. Não consegue reproduzir máximas, ditados e aforismos que já fazem parte da psique popular, sem erros gritantes.

Administrar um país, um estado ou uma cidade exige experiência, e muito preparo. Os problemas gerados são complexos e adversos e resolve-los não é para qualquer um.

A Constituição diz que todo cidadão tem direito a disputar uma eleição, mas não diz que ele tem obrigação de se preparar com antecedência para o cargo que pleiteia. Essa exigência ficou por conta do eleitor consciente.

Lembrem, propaganda e papo furado não transforma um imbecil num cidadão apto e capaz. Portanto, pensem bem antes de escolher seus candidatos.

POESIA DE SÁBADO

Academia Caçapavense de Letras

Minha escolha


O Poeta MENOTTI DEL PICHIA, com a poesia “O VOO”. Indicação da Jornalista Monica Magna Cardoso de Oliveira.

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O Voo.

Goza a euforia do voo do anjo perdido em ti
Não indagues se nossas estradas, tempo e vento
desabam no abismo
que sabes tu do fim?
Se temes que o teu mistério seja uma noite,
enche-a de estrelas.
Conserva a ilusão de que o teu voo te leva
sempre para o mais alto.
No deslumbramento da ascensão,
se pressentires que amanhã estarás mudo,
esgota, como um pássaro,
as canções que tens na garganta.
Canta, canta para conservar uma ilusão
de festa e vitória.
Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste,
não és mais que um voo no tempo.
Rumo aos céus? O que importa a rota?
Voa e canta,
enquanto resistirem as tuas asas.

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Caso queira ver sua poesia preferida publicada encaminhe para acl.cacapavense@gmail.com

Brasilino Neto - Academia Caçapavense de Letras

OAS PAGOU ATÉ MOBÍLIA E ELETRODOMÉSTICOS DO TRIPLEX NO GUARUJÁ


A construtora OAS pagou até mesmo eletrodomésticos da cozinha de um tríplex do Guarujá (SP) que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigadores, a empresa adquiriu geladeira, no valor de R$ 10 mil; forno de micro-ondas, R$ 5 mil; tampo de pia de resina americana, R$ 50 mil; e forno elétrico, R$ 9 mil, do imóvel que está sob investigação da Operação Lava Jato e do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter sido usado para pagamento de propina. A cozinha e o quarto teriam custado à empreiteira R$ 380 mil.

Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra.

Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado R$ 777 mil. A empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.

Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou R$ 180 mil. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.

A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.

No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram R$ 312 mil. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em R$ 560 mil. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de R$ 33 mil referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.

Outros itens 

Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou R$ 23.817,85. Outra, que dá acesso à cobertura, R$ 19.352. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em R$ 28.204,65. O rodapé em porcelanato, R$ 14.764,71. O deck para piscina, R$ 9.290,08. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou R$ 62.500.

O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. “Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do estado de direito e da democracia.”

Lula e Dirceu vivem sob regime da amigocracia



O Ministério Público e a Polícia Federal ficam aí falando mal de Lula e Dirceu, mas na verdade eles só merecem admiração. Numa espécie de autodelação, os dois confessaram ter cometido o crime da amizade. Tornaram-se amigos seriais. Está certo, dá dinheiro. Dá muito dinheiro. Dá dinheiro demais. E essa é uma das misérias desse tipo de delito. Porque o brasileiro é invejoso. Não suporta a prosperidade alheia. Sobretudo quando ela é exorbitante.

Em depoimento ao juiz Moro, Dirceu admitiu que a reforma de sua residência, estimada em R$ 1,8 milhão, foi mesmo bancada pelo lobista Milton Pascowitch, um dos delatores do escândalo da Petrobras. Pascowitch foi tão generoso em troca de quê? “Da relação de amizade que ele tinha com Dirceu”, disse Roberto Podval, advogado de Dirceu, ecoando declarações feitas por seu cliente ao juiz.

O doutor Podval acrescentou um palpite pessoal: “Se você perguntar para mim em troca de quê [Pascowitch pagou a milionária reforma], eu vou te falar: em troca de vender a amizade de Zé Dirceu.” Nessa versão, Dirceu é vítima. Sofreu uma exploração indevida da amizade que nutria pelo lobista. Pobre homem rico!

Dirceu também admitiu ao juiz ter utilizado o jatinho de outro amigo-lobista, Julio Camargo. Fez isso uma, duas, três, quatro, cinco… 113 vezes. Coisa normal, disse o advogado, “prática de uma vida inteira''. Como assim? “Ele voou, os aviões foram cedidos.” Heimmm?!? O doutor recitou as palavras do seu cliente: Ele “disse que na 'minha vida inteira os aviões sempre foram cedidos, por ele [Julio Camargo], por outros'.''

A Procuradoria e a PF estimam que, no total, Dirceu recebeu R$ 11,9 milhões dos seus amigos da Lava Jato. Imagine-se a quantidade de vezes que seu imaculado nome foi indevidamente explorado para cavar negócios na Petrobras!

Simultaneamente, a assessoria de Lula divulgou nota oficial para confirmar que, noves fora o triplex do Guarujá, de cuja titularidade abdicou, o ex-presidente dispõe de um aprazível sítio para as horas de descanso, em Atibaia. A propriedade é de “amigos da família.” Foi reformada pela companheira Odebrecht. Mas sobre isso a nota silencia.

Os amigos proprietários do sítio se chamam Jonas Suassuna e Fernando Bittar. Ambos são sócios do primeiro-filho Fábio Luís da Silva, o Lulinha. Um indício de que o crime da amizade é hereditário. Quem sai aos seus não endireita.

Diz a nota: “Embora pertença à esfera pessoal e privada, este é um fato tornado público pela imprensa já há bastante tempo. A tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente.'' Quer dizer: a exemplo de Dirceu, Lula é vítima de suas amizades.

A imprensa deveria se ocupar de outra denúncia: brasileiros endinheirados estão adotando como amigos, clandestinamente, personalidades do PT e adjacências, recobrindo-as de mimos. Dão preferência aos cardeais petistas, que passam a viver numa espécie de Pasárgada particular, sob o regime da amigocracia. A discriminação é evidente: por que excluir o resto dos brasileiros? O preconceito é intolerável.

Dilma deveria pensar no lançamento de um programa novo: ‘Meu amigo, Minha Vida’. Afinal, todos têm direito a desfrutar de um jatinho no hangar, um triplex na praia e um sítio a 50 quilômetros da metrópole. Ou locupletam-se todos ou o povo vai acabar cansando de se fingir de bobo pelo bem do Brasil.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Crônica: “Caos versus Jumenta, Corredores do Poder e Democracia”


Anibal e esposa Alice em Montreux

Por Anibal Tosetto

Dois parlamentares, um petista e outro peessedebista, amigos desde a USP, se esbarraram num dos corredores do Congresso Nacional e engrenaram uma conversa. O petista comentou que acabara de ler um livro sobre o Lula, tendo um episódio lhe provocado uma reflexão sobre a luzente trajetória de Lula para o país.


O tucano perguntou, “Que fato significativo foi esse?”


Era a pergunta esperada pelo petista, que rememorou o episódio recém lido:

“Certo dia, quando Lula ainda tinha 3 anos de idade, foi com o seu irmão Ziza até a casa de Custódio, compadre da mãe deles, para buscar leite.

Chegando lá, Lula começou a brincar com a criançada, quando notou uma jumenta amamentando o filhote. Serelepe, foi correndo acariciar o jumentinho. A jumenta enfureceu, avançou e abocanhou o Lula pela barriga, aprisionando-o. A criançada gritou e, num piscar de olhos o Custódio chegou e se jogou contra a jumenta, tentando libertar o Lula dos dentes do animal. E nada da jumenta soltar o Lula. Então, Custódio pegou a peixeira e começou a cutucar e sangrar a jumenta no pescoço. 

Custódio conseguiu livrar o Lula daquela enrascada, que poderia redundar em tragédia”.E o petista concluiu, “Quando se é um predestinado, sempre surgirá alguém preparado para livra-lo do perigo. Concorda, meu estimado amigo?”

O tucano tentou articular a resposta sem causar polêmica, mas criticando a atual crise política, econômica e social:

“Sim, concordo. Mas, longe de ser uma provocação ao respeitável histórico e importância do Lula... por favor, entenda-me...
Segundo a Teoria do Caos, uma mudança muito pequena nas condições iniciais de uma situação leva a efeitos imprevisíveis. Então, é possível que o evento ‘sangrar a jumenta no pescoço’ possa ter provocado efeitos indesejáveis, não apenas para os antagônicos ao PT, mas... diante dessa grave crise, cujos efeitos a curto, médio e longo prazos deveras preocupantes para todas as classes sociais...”

– e, subitamente, foi interrompido.

Um cidadão que visitava o Congresso Nacional e ouviu aquela conversa, interrompeu a fala do tucano e, em voz alta,“Por favor, senhores! Um minutinho de atenção?”. E já foi desabafando:

“Pô!!! Pelo que acabei de ouvir dos senhores, não posso perder esta rara oportunidade. Para começar... Até quando Ordem e Progresso será apenas uma abreviação de um lema escrito em nossa bandeira? 

Caramba!!! Nesta Casa e nos dois importantes prédios vizinhos de Praça, perderam a noção de quem são aqueles que assumem riscos, suam a camisa e produzem as riquezas do país, e obrigados a pagar escorchantes impostos e taxas, mais a estúpida e impiedosa burocracia? Quem sustenta mordomias mil para muitos mamando nas Tetas da Nação?

Tem mais! Parem de incluir intencionais brechas nas Leis, em função de interesses nada lícitos! 
E as aprovações de Medidas Provisórias com enxertos se colar, colou, objetivando remediar efeitos resultantes da imprevidência, incompetência, negligência, decisões absurdas e até esquisitos interesses de terceiros e alguns do governo? 

E a recente e passiva aceitação de uma decisão judicial interferindo no Legis...” – e, abruptamente, o cidadão encerrou seu inflamado discurso. Ele acabara de ser abordado por três agentes da polícia legislativa. Surpreendentemente, ao ser tocado em seu ombro direito e ouvir o que um agente lhe falou, ele calou-se e calmamente seguiu os agentes até um gabinete peemedebista, sendo recebido cordialmente por um assessor.

O tucano piscou para o petista, que entendeu o sinal e, falando baixinho, disse: “Pois é, companheiro... nessa, Mandacaru foi mais ligeiro que Ecu. Mandacaru vai bater um lero, doutrinar e ganhar esse elemento xereta...”. O petista e o tucano tiraram o sorriso do rosto e discretamente se despediram.

Concluindo, Na prática, se a Democracia é anêmica por desnutrição Ética e Moral, a Teoria do Caos é outra e não interfere no Jogo pelo Poder.

Neymar é denunciado por sonegação e falsidade ideológica


Neymar é denunciado por sonegação e falsidade ideológica. Conheça os detalhes da acusação

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz revelações exclusivas do mais novo lance que envolve o atacante Neymar Jr., o maior jogador de futebol brasileiro da atualidade. Na quarta-feira, ele e seu pai e empresário, Neymar Santos, além de dois dirigentes do Barcelona, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Federal por falsidade ideológica e sonegação fiscal, crimes com penas previstas de até cinco anos de prisão. VEJA acompanha o caso de perto há meses e teve acesso, com exclusividade, à denúncia de 147 páginas, que corre em segredo de Justiça e detalha as transações financeiras em que há suspeitas de irregularidade. O jogador é acusado de receber a maior parte de seus ganhos por empresas que só existiam no papel, para pagar menos impostos. Também há indícios de falsificação em ao menos 15 contratos - quando eles foram firmados, as empresas de Neymar ainda não existiam, mas seus CNPJs constam dos documentos, o que, afirma a Procuradoria, indica que os papéis foram adulterados. A denúncia traz detalhes dos ganhos de Neymar (só em publicidade, foram mais de 74 milhões de reais em 2011) e de seu contrato com o Barcelona, além de um depoimento explosivo de seu pai. 

Leia mais na edição de Veja deste final de semana.

História da Bancoop tem réus acusados de desviar grana para o PT e três cadáveres


Ex-diretores da Bancoop com Lula: Ricardo Berzoini, Luiz Malheiro (morto em 2004) e João Vaccari Neto, personagens envolvidos no caso Bancoop. Foto de maio de 2000
Ex-diretores da Bancoop com Lula: Ricardo Berzoini, Luiz Malheiro (morto em 2004)
 e João Vaccari Neto, personagens envolvidos no caso Bancoop. Foto de maio de 2000

A Bancoop é a cloaca do petismo. A cooperativa foi criada pelo Sindicato dos Bancários, já sob o comando do partido, em 1996. Dez anos depois, João Vaccari Neto, guindado à tesouraria do partido, chegou à presidência da entidade. E tem início, então, a crise. Investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo detectou a transferência ilegal de recursos para a legenda. O nome disso, obviamente, é roubo.

A transferência para o partido, segundo a investigação, era feita por meio da prestação de serviços os mais exóticos, em dinheiro vivo. Havia um caixa eletrônico, dentro da cooperativa, em que se faziam os saques. “Tem pagamento da Bancoop para centro espírita, para pesque-e-pague e empresas de fachada. Não tenho a menor dúvida de que tudo isso é desvio [para o PT)”, afirma à Folha o promotor José Carlos Blat.

Diretores da entidade, Vaccari inclusive, são réus num processo por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Dos 56 empreendimentos da cooperativa, oito não foram entregues, o que teria lesado 3 mil famílias, com prejuízo que chega a R$ 100 milhões.

Pois é, caros leitores… Eu preciso refrescar a memória de vocês com uma reportagem publicada pelo Estadão no dia 8 de junho de 2008. Leiam com muita atenção. Ela trata de suposto uso de recursos da Bancoop para campanhas eleitorais dos petistas — inclusive de Lula e do atual ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e traz ainda três cadáveres, todos dirigentes da Bancoop que, por força do cargo, sabiam demais. Leiam.

*

No dia 8 de junho de 2008, o Estadão trazia a reportagem abaixo, sobre a morte de Luís Eduardo Malheiro, ex-presidente do Bancoop. Leiam.

*

A morte de Luís Eduardo Saeger Malheiro, ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), vai ser investigada pelo Ministério Público de São Paulo. A versão oficial é que Malheiro foi vítima de um acidente de carro, em 12 de novembro de 2004, no município de Petrolina (PE). Mas, segundo seu irmão, Hélio Malheiro, ele havia sido alertado para reforçar sua segurança pessoal.

O alerta, afirmou Hélio, ocorreu no início de fevereiro de 2002. Duas semanas antes, no dia 18 de janeiro daquele ano, Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André, fora sequestrado e fuzilado em um atalho de terra em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

Segundo Hélio, o alerta foi dado por José Carlos Espinoza, que depois seria chefe do Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo. Para Hélio, o acidente está mal explicado. Em depoimento à Promotoria de Justiça, ele pediu investigações sobre o caso. Disse que considera “estranhas as circunstâncias” do desastre que vitimou seu irmão e outros dois dirigentes da Bancoop.

Hélio Malheiro depôs terça-feira. Foi o seu segundo relato à promotoria, em menos de uma semana. No primeiro, dia 29 de maio, ele afirmou ter ouvido do irmão que “tinha de ceder às pressões políticas e, muitas vezes, se via obrigado a entregar valores de grande monta para as campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores, desviando os recursos que eram destinados à construção das unidades habitacionais”.

CAMPANHAS
Hélio denunciou que recursos que teriam sido desviados da Bancoop abasteceram a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002 e do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele contou que, naquele dia, em 2002, foi à sede da Bancoop, à Rua Líbero Badaró, Centro, chamado por seu irmão “para tratar de assuntos referentes a uma obra”.

Quando chegou à sala de Luís Eduardo, viu que ele conversava com Espinoza. Depois, ouviria do irmão: “Esse cara (Espinoza) é segurança do Lula. Em função da morte do Celso Daniel, ele me orientou a reforçar minha segurança pessoal.”

“Fiquei preocupado porque a morte do prefeito não tinha nenhuma relação com a atividade do Luís Eduardo à frente da presidência de uma cooperativa habitacional”, declarou Hélio ao promotor José Carlos Blat, que conduz investigação sobre supostas irregularidades na Bancoop. “Meu irmão respondeu que se tratava de questões relacionadas ao crescimento da Bancoop e que o cargo dele estava sendo muito visado. Fiquei bastante desconfiado.”

A versão que recebeu sobre o acidente não o convenceu. A ele, disseram que seu irmão estava no banco traseiro do carro. Na frente iam os outros dois diretores da entidade. O que estava ao volante teria adormecido e o carro bateu de frente com um caminhão. O acidente ocorreu à tarde. “Meu irmão era uma pessoa muito desconfiada. Quando não estava dirigindo, não dormia em hipótese alguma.”

“É muito esquisito”, avalia o promotor Blat, que enviou cópia do relato de Hélio ao promotor Roberto Wider, de Santo André, responsável pela apuração do assassinato de Celso Daniel. Wider jamais aceitou a versão policial de crime comum – o prefeito petista, concluiu o Departamento de Homicídios, foi vítima de sequestradores que agiram sem motivação política.

Para Blat, “são fortes os indícios de crimes e de caixa dois com recursos da Bancoop”. Suspeita que a entidade “tem perfil de organização criminosa” e sustenta: “O caso é muito grave, gravíssimo.”

Blat disse que Hélio decidiu contar o que sabe e o que diz ter ouvido do irmão porque a investigação apontava para ele. Outros depoimentos ao Ministério Público indicam que parte dos recursos que teriam sido desviados circulou por contas correntes de Malheiro, o morto.

Por Reinaldo Azevedo

AIRBUS DA PRESIDENTE PERDE SUSTENTAÇÃO E DÁ SUSTO EM DILMA



A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SE RECUSOU A COMENTAR O INCIDENTE

No retorno ao Brasil do Equador, na divisa entre o Amazonas e o Acre, o avião presidencial de Dilma perdeu sustentação e sofreu uma queda de cem metros de altura. Houve pessoas sem cinto que bateram com a cabeça no teto. O aspone para assuntos internacionais aleatórios, Marco Aurélio “Top top” Garcia, ficou coberto do vinho que degustava na hora do incidente. Procurada, a Presidência se recusou a comentar.

O Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea Brasileira, que cuida dos aviões que servem às autoridades, também não comentou o caso.

A Força Aérea passou a bola para a Presidência da República. O Ministério da Defesa também não quis explicar o que aconteceu.

O luxuoso jato Airbus A319 de Dilma, comprado por Lula por R$ 156 milhões, é considerado um dos mais seguros do mercado da aviação.

Brasil está ‘festejando à beira do precipício’, diz ‘The Economist’


Bloco Vira-Lata, em São Conrado. 'The Economist'
 alfineta folia do carnaval em tempo de crise
O Brasil voltou a ser assunto de uma reportagem da edição da revista britânica “The Economist” para as Américas. Intitulado “Festejando à beira do precipício”, o texto fala da pausa que a população costuma fazer durante o carnaval. E lembra que os políticos voltarão do recesso de fim de ano poucos dias antes do feriado começar, ou seja, os trabalhos só devem ser de fato retomados após o fim da folia.

Para a publicação, nem a presidente Dilma Rousseff nem os congressistas vão conseguir relaxar, já que o país enfrenta dois sérios problemas: o vírus zika e a piora das crises econômica e política. “Quando os políticos retornarem ao trabalhos eles podem se arrepender do tempo que passaram sem tentar resolvê-los”, afirma a reportagem.

A publicação cita a queda das vagas no mercado formal de trabalho em 2015, a projeção de mais perdas para este ano e a forte retração das vendas de automóveis como parte dos indícios do agravamento do cenário econômico brasileiro. E ressalta que para as gerações mais novas, o desemprego é uma novidade. E que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é sociólogo, alerta que não se sabe como esses jovens vão reagir a esse revés.

De acordo com a “Economist”, a capacidade do governo de lidar com as causas da miséria diminui, enquanto esse mal cresce. A reportagem fala ainda das investigações sobre a corrupção na Petrobras, afirmando que espera-se que mais membros do PT sejam acusados.

A revista lembra a ameaça de impeachment e alega que a falta de força de Dilma a torna “mais dependente da boa vontade do PT e de sindicatos aninhados a ele, que se opõem visceralmente às reformas necessárias para firmar a economia”.

A reportagem termina dizendo que há pouca perspectiva de que, ao voltar do recesso, os legisladores tomarão medidas que possam ajudar a melhorar o cenário atual. Segundo a publicação, os interessados no impeachment da presidente admitem que dificilmente conseguirão os votos necessários para levar o caso ao Senado, mas planejam esticar o processo por tanto tempo quanto os “(vagos) prazos legais permitam”. “Isso vai atingir o objetivo deles de minar a presidente. Isso não vai fazer nada para melhorar o Brasil”, conclui.

Petrobras descobre a meritocracia tarde demais



O petismo ainda não pediu desculpas ao país pelos crimes praticados na Petrobras. Mas o atual presidente da companhia, Aldemir Bendine, jura que vem fazendo tudo diferente desde o ano passado.

“Não convivi e não convivo com indicação política na empresa'', declarou Bendine, ao anunciar um enxugamento de R$ 1,8 bilhão nos quadros da estatal. Segundo ele, diretores e gerentes executivos não entram mais pela janela na Petrobras. “Meritocracia é a palavra que define, desde 2015, os nossos processos e que prevalecerá em toda a companhia.''

Considerando-se que Lula tomou posse em 2003 prometendo um Brasil diferente —mais ético e eficiente—, o mérito funcional chegou à Petrobras com 12 anos de atraso. Tempo suficiente para a produção do maior assalto já registrado às arcas da República.

Um cínico poderia dizer que o arrependimento é a última utilidade de um crime. Mas nem isso é possível afirmar neste caso, já que o petismo não se considera culpado, mas perseguido pela Lava Jato. E a dupla Lula-Dilma, você sabe, “não sabia de nada''.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Juízes federais farão manifesto em defesa da Lava-Jato



As associações de juízes federais de todos os países divulgarão nas próximas horas um manifesto em apoio à operação Lava-Jato. 

Além do apoio às ações do Judiciário no âmbito da operação, o texto também criticará os cortes orçamentários de que a Justiça Federal vem sendo alvo. 

A ideia é que o manifesto sirva como uma espécie de resposta à carta aberta divulgada há dez dias por criminalistas — e patrocinada pela Odebrecht — com clientes na operação.

OPERAÇÃO LAVA JATO CHEGA À COMUNICAÇÃO DO GOVERNO DILMA


SOMADAS AS VERBAS PUBLICITÁRIAS DAS TRÊS ESTATAIS,
O GOVERNO GASTA CERCA DE R$ 1 BILHÃO POR ANO

A força-tarefa da Lava Jato volta suas atenções agora para a área de comunicação do governo, com foco na Petrobras, Caixa e BNDES. Juntas, as três movimentam cerca de R$1 bilhão por ano, em verbas publicitárias. “É hora de abrir essa gaveta”, afirmou fonte ligada às investigações. “Gaveta” é como chamam na força-tarefa os temas que aguardam o momento adequado para serem investigados. Nessas “gavetas” estão depoimentos e provas obtidas em mandados de busca.

Um dos alvos, Wilson Santarosa ocupou por 12 anos, desde o início do governo Lula, a cobiçada chefia de comunicação da Petrobras.

Outro alvo, Clauir Santos, ex-diretor de Marketing da Caixa, é suspeito de integrar o esquema do ex-deputado André Vargas, hoje preso.

Após perderem os cargos na Petrobras e na Caixa, Wilson Santarosa e Clauir Santos desfrutam atualmente de confortável aposentadoria.

Além do BNDES, investigadores da Lava Jato devem também devassar as áreas de comunicação de outros órgãos da administração federal.

Por Cláudio Humberto

Lula não está acima da lei. Ninguém está!


Cartão vermelho Lula (Foto: Arte: Antonio Lucena)

Nada atesta melhor o atraso político de certas cabeças coroadas da República do que a reação extemporânea e insolente a notícias ou a meras suspeitas em torno do possível envolvimento do ex-presidente Lula com fatos investigados pela Operação Lava-Jato.

Voltou a acontecer ontem quando a Polícia Federal, autorizada pelo juiz Sérgio Moro, saiu à caça de provas e de pessoas, dessa vez ligadas a um eventual esquema de offshores criadas para enviar ao exterior dinheiro desviado da Petrobras.

Todos os apartamentos do condomínio Solaris, em Guarujá, São Paulo, podem ter servido à prática de lavagem de dinheiro – entre eles um tríplex reformado pela construtora OAS para ser ocupado por Lula e sua família. Eles teriam desistido da compra.

Natural que áulicos e admiradores sinceros de Lula defendam sua honra. Se até eles se omitissem o que sobraria do ex-líder metalúrgico que, no passado, acusou, revoltado, o Congresso de abrigar mais de 300 picaretas, e a política de ser feita à base da ladroagem?

Patética, contudo, é a maneira como procedem de hábito. Em um país onde, pela primeira vez, a Justiça parece não distinguir entre poderosos e pés rapados, quer-se que a Lula seja conferido um tratamento especial. Como se ele estivesse acima da lei. Como se merecesse estar.

Que bom que não está. E que bom que nem ele e nem ninguém mereça um tratamento especial. Convenhamos: isso é prova para lá razoável de que, embora a um ritmo lento, finalmente avança entre nós a intolerância com a corrupção e com os gestores irresponsáveis.

É preciso bani-los do nosso meio.

Por Ricardo Noblat

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

POESIA DE QUARTA-FEIRA

Academia Caçapavense de Letras
acl.cacapavense@gmail.com

Minha escolha

A Poeta de hoje é a mineira “ADÉLIA PRADO”, com a poesia “Casamento”, do livro “Terra de Santa Cruz”.  Apreciem e tirem dela os proveitos e encantos que contém. 

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Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

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Encantemo-nos lendo poesias e como forma de tornarmos este mundo menos adverso. Caso queira ver sua poesia preferida aqui publicada pode encaminhá-la para acl.cacapavense@gmail.com

Por Brasilino Neto, membro da Academia Caçapavense de Letras

Máfia da merenda: ex-presidente de cooperativa cita propina a Capez e secretário de Alckmin


Deputado Duarte Nogueira PSDB/SP
Secretário de Logística e Transportes do governo Alckmin, Duarte Nogueira
 foi citado em delação de ex-presidente da Coaf(Agência Câmara/VEJA)

Cássio Chebabi, o ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), investigada na Operação Alba Branca por suposta fraude na venda de produtos para merenda escolar, apontou aos investigadores os nomes do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB), e do secretário estadual de Logística e Transportes, Duarte Nogueira, como supostos beneficiários de propina de 10% sobre contratos da Secretaria de Estado da Educação no governo Geraldo Alckmin. Os depoimentos em que o ex-presidente da Coaf cita Capez e Nogueira constam de seu acordo de delação premiada, fechado com o Ministério Público de São Paulo na quinta-feira passada.

A força-tarefa de delegados e promotores de Justiça tem informações de que ao menos 22 prefeituras fizeram negócios com a Coaf. Capez e Duarte Nogueira negam as denúncias.

PF diz ter “alto grau de suspeita” sobre tríplex de Lula no Guarujá


Solaris Praia das Astúrias

Documento assinado pela delegada da Polícia Federal Erika Marena elenca o tríplex do ex-presidente Lula no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), como um dos imóveis que indicam "alto grau de suspeita" quanto à real titularidade. No organograma dos policiais, a unidade residencial é registrada como de propriedade da OAS, investigada por integrar o clube do bilhão de empreiteiras e que já teve seus executivos, incluindo o ex-presidente Leo Pinheiro, condenados na Lava Jato pelo juiz Sergio Moro.

Nesta quarta-feira a PF deflagrou a 22ª fase da Lava Jato, batizada de Triplo X, que investiga a atuação casada entre a offshore Murray, criada pela empresa Mossack Fonseca no Panamá, e a empreiteira OAS. As suspeitas são de que imóveis no condomínio Solaris, construídos pela OAS, possam estar sendo utilizados para camuflar o pagamento de propina do escândalo do petrolão. Segundo o delegado Igor Romário de Paula e o procurador Carlos Fernando Lima, o apartamento de luxo do ex-presidente petista é alvo de investigação.

Em abril do ano passado, VEJA revelou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Léo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, enquanto outros cooperativados ainda aguardam - e brigam na justiça - para conseguir receber seus imóveis.

As atividades da OAS e o estreito relacionamento da empreiteira com próceres do PT, em especial o ex-presidente, estão há tempos na mira da Promotoria de Justiça de São Paulo. Conforme revelou VEJA, no processo que tramita em São Paulo e não tem relação direta com o escândalo de corrupção da Lava Jato, Lula será denunciado por ocultação de propriedade. A cooperativa habitacional de bancários deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT. A Bancoop quebrou em 2006 e deixou quase 3 000 famílias sem seus imóveis, enquanto petistas graúdos, como Lula, receberam seus apartamentos.



Assédio a "Japonês da Federal" obriga polícia a mudá-lo de função


Newton Ishii é frequentemente assediado para tirar fotos (Foto: Daniel Haidar)
Newton Ishii é assediado para tirar fotos (Foto: Daniel Haidar)

Só aumenta a fila de fãs do agente Newton Ishii, o inconfundível "japa da PF", desde que ele ficou conhecido nacionalmente por conduzir presos em etapas da Operação Lava Jato. Enquanto se dividia entre os afazeres da carceragem da PF em Curitiba e o transporte de presos, o Japa sempre acabava assediado pelos corredores da superintendência.

A fama, no entanto, afastou o policial da função da qual ficou conhecido. A popularidade do "Japa" poderia alertar eventuais alvos das operações e, por isso, ele parou de participar das prisões.

Época

Criminosos explodem dois caixas eletrônicos em Caçapava, SP


Criminosos explodem caixa em Caçapava (Foto: Arquivo Pessoal/Vanguarda Repórter)

Criminosos explodiram ao menos dois caixas eletrônicos em uma área comercial do centro de Caçapava na madrugada desta quarta-feira (27).

Segundo a Polícia Civil, por volta das 4h da manhã criminosos usaram pés de cabra e explosivos para abrir os caixas que ficam em uma área comercial, próximo ao supermercado Dia. Após as explosões, os criminosos ainda deixaram para trás equipamentos usados para o arrombamento e parte do dinheiro.

A polícia foi acionada, mas ao chegar ao local os suspeitos haviam fugido. A área foi isolada e aguarda perícia. Ainda não sabe o quanto foi levado e quantos estariam envolvidos na ação.



Justiça intima Requião para responder por desvio de R$ 40 milhões em contratos de pedágio


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A 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba intimou o senador Roberto Requião (PMDB), como réu na ação movida pelo Fórum Nacional de Transporte, que busca a devolução de R$ 40 milhões (valores atualizados) pagos ao IBQP (Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade), em contrato sem licitação em 2004, para fiscalizar as estradas pedagiadas no Paraná.

“A citação dele (Requião) foi em novembro e ele já apresentou a contestação afirmando que os responsáveis por este contrato são os diretores do DER/PR, da Tecpar e IBQP, e não ele, chefe do executivo estadual. Esqueceu-se, todavia, que foi dele o decreto autorizando a liberação de tal contratação, que se operacionalizou, evidentemente, através dos órgãos inferiores a ele como o DER e o Tecpar”, disse o coordenador do fórum, Acir Mezzadri.

De acordo com a ação, Requião autorizou o contrato sem licitação, firmado através da Tecpar com a IBPQ. Três aditivos ao contrato foram feitos entre as partes, Tecpar e IBPQ. A ação pede tutela antecipada e o bloqueio de bens dos envolvidos (Requião, entre eles) para garantir o ressarcimento dos recursos aos cofres públicos. O TCE (Tribunal de Contas do Estado), diz a ação, encontrou em 2007 irregularidades no contrato e apontou a devolução dos recursos desviados.

No mundo, Brasil tem a piora mais acentuada no Índice de Percepção da Corrupção


Editoria de Arte

O Brasil perdeu cinco pontos e sete posições do Índice de Percepção da Corrupção em 2015, um ranking anual realizado pela ONG Transparência Internacional.

É a maior queda entre os 168 países pesquisados — Lesoto também perdeu cinco pontos, mas teve redução percentual menor na pontuação.

O Brasil ficou em 76º lugar entre os 168 países avaliados — o 1º lugar, considerado o menos corrupto, ficou com a Dinamarca pelo segundo ano consecutivo. Na lanterna, Coreia do Norte e Somália ficaram empatados.

Dois terços dos países têm pontuação abaixo de 50 (sendo 0 o mais corrupto e 100, o menos). É o caso do Brasil, que ficou com 38.

Diz a Transparência Internacional:

— Lidando com questões de corrupção arraigadas, o Brasil foi atingido pelo escândalo da Petrobras, onde há relatos de que políticos tiveram vantagens em troca de contratos públicos rentáveis. Conforme a economia quebra, dezenas de milhares de brasileiros comuns já perderam seus empregos. Eles não tomaram as decisões que levaram ao escândalo. Mas são eles que sofrem as consequências.

O índice agrega dados de onze instituições, que fornecem a percepção de empresários e especialistas sobre o nível de corrupção no setor público.

OPOSIÇÃO REAGE À LUXUOSA 'ADEGA DIPLOMÁTICA' DO EX-PRESIDENTE LULA



Até a oposição reagiu com espanto à acusação de como Lula teria acumulado a valiosa adega, na reta final do governo: suas viagens ao exterior eram precedidas de telefonemas do Planalto aos embaixadores informando que o então presidente “esperava receber de presente” os vinhos cuja lista era depois enviada. “É o fim da picada”, diz Pauderney Avelino (DEM-AM), que não descarta cobrar explicações do Itamaraty.

Para o senador Alvaro Dias (PV-PR), um dos principais opositores do PT, “é a velha prática de misturar o público e privado”.

“No Brasil, temos milhares de outros bêbados mais honestos do que o Lula”, ironiza Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ). “E ainda posa de santo”.

Caminhão climatizado levou os vinhos, na volta de Lula para São Paulo, em janeiro de 2011. Foram usados 11 caminhões na mudança.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

‘Vai ser difícil provar propina a políticos’, diz procurador da Zelotes


Frederico Paiva, Procurador da República e Coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção no Distrito Federal durante coletiva da Polícia Federal sobre a Operação Zelotes, na sede da PF, em Brasília

O procurador da República Frederico Paiva disse nesta terça-feira que o Ministério Público Federal não deve conseguir provar o recebimento de propina por políticos com mandato no esquema de compra de medidas provisórias no Congresso e no governo, investigado na Operação Zelotes. Ele disse que a força-tarefa só identificou pagamentos a dois servidores públicos: Francisco Cesar Mesquita (Senado) e Lytha Spíndola (Casa Civil) e que a quadrilha de lobistas denunciada chegou a fazer saques de 1 milhão de reais na boca do caixa para distribuir o dinheiro e dificultar o rastreamento.

Paiva criticou decisões do juiz Ricardo Augusto Soares Leite, que atuou na 10ª Vara Federal durante a investigação e foi afastado a pedido dos procuradores e da Polícia Federal, por suspeição de parcialidade. Leite barrou ações de investigação como quebras de sigilo e pedidos de prisões, que segundo o procurador, poderiam ter levado os investigadores a mais envolvidos.

"Parlamentar deve ter recebido, mas provar isso vai ser muito difícil, infelizmente. A gente queria, mas a gente vai até o limite. Tivemos muita dificuldade na investigação quando era o outro juiz, que indeferiu várias medidas. A gente não foi tão longe quanto poderia. Atrapalhou, mas faz parte. Ele entende que não pode investigar esse tipo de gente", disse Paiva.

O procurador afirmou que o pagamento de propina tanto para os dois servidores denunciados só foi possível porque haviam e-mails relacionados a Fernando Cesar Mesquita e porque Lytha Spíndola usou uma empresa dos filhos para receber o dinheiro.

Veja.com

Governador do Amazonas tem mandato cassado por compra de votos


O governador do Amazonas, José Melo de Oliveira (PROS)

O governador do Amazonas, José Melo (Pros), e o vice-governador do estado, Henrique Oliveira (SD), tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) amazonense nesta segunda-feira por compra de votos na eleição de 2014. Apenas um dos seis juízes que formam o colegiado, Márcio Rys Meirelles, foi contra a cassação da chapa de Melo. Cabe recurso à decisão.

A ação que levou à cassação de Melo foi impetrada pela coligação Renovação e Experiência, cujo candidato ao governo foi o senador licenciado e atual ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM). Apesar da decisão do TRE-AM, José Melo e Henrique Oliveira continuam nos cargos até que se esgotem os recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Reeleito em 2014, José Melo teve seu nome ligado a um esquema de compra de votos em reportagem exibida em março de 2015 pelo Fantástico, da TV Globo. O esquema desviou dinheiro público para bancar favores como a confecção de óculos (730 reais), festa de formatura (5.300 reais) e até a reforma de um túmulo (450 reais), todos negócios que contam com recibo. Em troca dos favores, eleitores dariam seus votos para Melo. De acordo com a reportagem, as transações foram realizadas por intermédio do irmão de José Melo, Evandro, um dos responsáveis pelo projeto da Copa do Mundo em Manaus, e de Nair Blair, fundadora de duas associações sem fins lucrativos.

Ainda em 2014, o site de VEJA revelou que o subsecretário de Justiça do Amazonas, major Carliomar Barros Brandão, foi à cadeia, se reuniu com bandidos e, em troca de regalias, recebeu do líder da facção criminosa Família do Norte, que domina o tráfico em território amazonense, a promessa de apoio à reeleição de José Melo no segundo turno. "A mensagem que ele mandou para vocês, agradeceu o apoio e que ninguém vai mexer com vocês, não", prometeu Brandão, que foi exonerado pelo governador um dia depois da revelação do caso.

Liderada pelo advogado Yuri Dantas, a defesa do governador antecipou que vai decidir pelo tipo de recurso a ser empregado depois da publicação do acórdão pelo tribunal. "Para poder decidir, é preciso conhecer a íntegra do acórdão e dependendo do que encontrarmos lá. São possíveis embargos de declaração no TRE e um recurso extraordinário no TSE", disse Dantas. Após a publicação do acórdão, que contém as decisões dos juízes e a do relator, o prazo para recurso é de três dias.

Apesar da minirreforma eleitoral sancionada por Dilma Rousseff em 2015, que prevê a realização de novas eleições em casos como este, a defesa da coligação encabeçada por Eduardo Braga entende que, caso o TSE confirme a cassação do mandato de Melo, o ministro das Minas e Energia poderá sem empossado governador. "Uma manifestação recente do TSE diz, em relação à realização de novas eleições, que essa regra só vale para eleições posteriores à publicação da lei, ou seja, só a partir das eleições de 2016", diz Daniel Duarte, o advogado da coligação Renovação e Experiência.

PRESIDENTE ELEITO PORTUGUÊS MANTEVE A ROTINA DE DAR AULAS



Um dia apos sua vitória, neste domingo, o presidente eleito de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa (PSD), manteve a rotina, na noite desta segunda-feira, como professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde chegou para trabalhar, como o faz há muitos anos, dirigindo o próprio carro.

Rebelo de Sousa recusou o carro oficial que lhe foi disponibilizado, assim como um gabinete de trabalho no Palácio de Queluz. Ele só não conseguiu se livar da segurança, que já assumiu a responsabilidade pela proteção do sucessor do atual presidente Cavaco Silva. Ele tomará posse no dia 9 de março.

O novo presidente, que foi eleito com mais de 52% dos votos, não recebeu apoio político e econômico de seu partido, o PSD, até em razão da sua conhecida independência como comentarista político no rádio e na televisão portugueses. Ele também não recebeu apoio de empresários. O candidato independente António Sampaio da Nóvoa, ex-reitor da Universidade de Lisboa, foi o segundo mais votado com apenas 22% dos votos.

País não foi vacinado contra ministro da Saúde



A banalização do fisiologismo parecia funcionar como uma vacina. Cada dose de toma-lá-dá-cá tonificava os anticorpos que protegiam a sanidade nacional. A reiteração das nomeações exdrúxulas insensibilizava o brasileiro, levando a indignação a um ponto de equilíbrio. Impossível sobreviver no país da desfaçatez política sem essa imunização presumida capaz de conferir certa normalidade à anormalidade.

Mas nem as vacinas metafóricas previnem contra o vírus novo, oportunista. O descaramento estampado nas manchetes desafia todas as defesas. A terceirização de pedaços da Esplanada ao PMDB de Leonardo Picciani e a nomeação do deputado Marcelo Castro para o Ministério da Saúde submeteu o país aos horrores do imponderável.

Dias atrás, ao falar sobre os esforços para desenvolver uma vacina contra o vírus zika, o ministro mencionou, entre risos, sua torcida para que as mulheres sejam infectadas pelo zika antes de engravidar. “Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Nós vamos dar para as pessoas em período fértil. E vamos torcer para que as pessoas antes de entrar no período fértil peguem a zika, para elas ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina.”

Nesta segunda-feira, o ministro reiterou outra declaração esquisita que fizera na última sexta-feira. Nas suas palavras, o Brasil “perde feio a batalha” contra o mosquito aedes aegypti, que espalha dengue, zika e chikungunya. “Nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito.”

Ministro da Saúde torcendo em público pela doença da clientela é coisa inédita. Gestor público que joga a toalha e não pede demissão é absurdo. Presidente da República que mantém o aburdo no cargo é o absurdo levado às suas últimas consequências. Após espargir medo na atmosfera, o ministro participou de reunião com Dilma. Depois, convocou novamente os microfones, dessa vez para listar providências que Brasília supostamente adota para guerrear contra o mosquito. Na longa história da inconsequência brasileira, nada vacionou o Brasil contra esse tipo de coreografia.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Dilma: ‘Brasil não parou nem vai parar.’ Certo!


Em entrevista ao jornal El Comercio, do Equador, Dilma declarou: “Confio que a economia brasileira vai superar estes desafios e emergir mais forte e mais competitivo. O Brasil não parou nem vai parar.'' Crítico contumaz de Dilma, o repórter dá o braço a torcer. A presidente está correta, muito correta, corretíssima. O Brasil não parou. Sob Dilma, o país anda para trás.

EX-OPERÁRIO, MINISTRO VIVE NO LUXO DE APÊ COM TELEFÉRICO E PÍER


O EX-SINDICALISTA JAQUES WAGNER E A VISTA DA
 VARANDA DE SEU APARTAMENTO EM SALVADOR.

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, aumentou seu padrão de vida nos últimos anos, período em que ocupou o governo da Bahia. Wagner hoje é dono de um apartamento no bairro mais luxuoso de Salvador. O prédio do petista conta até com teleférico e píer particular.

O imóvel fica no bairro Vitória, mais precisamente na região conhecida como Corredor da Vitória, um dos metros quadrados mais caros do País, comparado ao de áreas nobres da zona sul do Rio. No bairro, vive praticamente toda a elite política e empresarial da capital baiana, além de artistas famosos.

Segundo registro em cartório, o apartamento custou R$ 1,45 milhão. A compra foi efetivada em março de 2011, cinco meses após a reeleição de Wagner como governador. Até o fim de 2014, porém, ele continuou morando no Palácio de Ondina, residência oficial do governador. Mudou-se para o novo endereço no ano passado.

Além de píer e teleférico que dá acesso à praia, o prédio dispõe de academia, piscina, sala de cinema e quadra poliesportiva. O imóvel tem a melhor vista da cidade para a Baía de Todos os Santos.

Imóvel

Por meio dos dados registrados em cartório, a reportagem obteve detalhes sobre o apartamento de Wagner. O imóvel tem área privativa de 252,08 metros quadrados. Conta com sala de jantar, quatro quartos com suíte, lavabo, área de serviço de dois quartos de empregada.

Há cerca de seis meses, o corretor Raimundo Epifânio da Silva, especialista em imóveis no Corretor da Vitória, vendeu um apartamento igual ao de Wagner. Ele conta que o negócio foi fechado em R$ 3,5 milhões. “Depende do estado do apartamento. Se estiver arrumado, reformado, vale mais”, disse Epifânio.

Antes de ser eleito pela primeira vez, Wagner morava no bairro Federação, num apartamento que ele declarou ter comprado por R$ 150 mil, em 2001. O ministro vendeu o imóvel a Antonio Celso Pereira, que é ligado politicamente a Wagner. Ele foi superintendente no governo da Bahia e diretor na Companhia de Docas do Estado. Pereira pagou R$ 900 mil pelo imóvel de Wagner.

Com formação de técnico de manutenção, Wagner atuou como dirigente sindical entre 1975 e 1990, quando se elegeu deputado federal. Por ter exercido dois mandatos, ele ganha uma aposentadoria de R$ 10 mil. No fim de 2014, a Assembleia Legislativa da Bahia criou uma aposentadoria de R$ 19 mil para ex-governadores, o que acabou beneficiando Wagner.

Por meio de sua assessoria, o ministro disse que a transação foi feita de acordo com valores de mercado e que o imóvel consta da declaração de imposto de renda dele.