quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Transparência Brasil pede revogação do decreto que mudou Lei de Acesso à Informação


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A Transparência Brasil vai divulgar carta aberta à Controladoria-Geral da União, nesta quinta (31), na qual questiona o decreto do governo que alterou a Lei de Acesso à Informação e ampliou o número de servidores que podem colocar documentos públicos sob sigilo.

A entidade pede que a próxima reunião do Conselho de Transparência Pública da CGU, que acontecerá em março, discuta a revogação da medida e formas de “aprimorar a transparência e tornar o sigilo realmente uma exceção”.

No Painel, na Folha.

Caçapava também já foi degradada


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O rompimento de três barragens da empresa Vale S. A., uma das maiores mineradoras do mundo, somente coloca em evidência que o Brasil é a terra da impunidade, da exploração desmensurada e do dane-se o meio ambiente e as pessoas do entorno.

Se ninguém for preso tanto melhor, já que os sistemas de fiscalização são desaparelhados, desestruturados e sem a menor infraestrutura. Vivemos em pleno século XXI sem tecnologia, as barragens poderiam ser monitoradas por drones, satélites e sensores, mas, o que prevalece, como sempre, é o gogó dos empresários e dos políticos ordinários que tiram proveito dessa situação.

Alguns acadêmicos e outros tantos estudiosos discutem a necessidade de um novo Código Comercial para tratar das relações de negócios e conferir ao mercado da mineração mais dinamismo, porém e tomados por empresários gananciosos e políticos corruptos a exploração da mineração no Brasil não é calcada em condutas éticas e muito menos moral, assim como, o desprezo pelo meio ambiente é absoluto.

O Brasil é um país de tantas e repetidas catástrofes e o final é sempre o mesmo, desvio e roubo das verbas liberadas para as vítimas.

Três anos atrás o acidente de Mariana chocou o mundo, o Governo Federal liberou milhões de reais e posou de herói, nada foi feito e tudo desviado pelo caminho, nada chegou até as vítimas. Nenhuma lei foi feita, que pudesse intimidar e forçar as mineradoras a melhorar a segurança e evitar tamanha devastação. Depender de políticos da qualidade dos que temos hoje é um risco para o país e um perigo para os brasileiros.

Precisamos mudar o código de mineração, a forma de exploração, de fiscalização. Monitorar todas barragens 24 hs por dia, fechar todas as barragens que estão em risco, punir com muito rigor todos os responsáveis pelas tragédias brasileiras e principalmente: TROCAR, EXPURGAR E MANDAR A “MERDA” POLÍTICOS OMISSOS E MAU-CARÁTER, QUE TANTO COLABORAM COM A DESTRUIÇÃO DO BRASIL.

Aqui em Caçapava, políticos indesejáveis já tentaram impor aos caçapavenses a exploração de minerais. E como todos se lembram era tudo do interesse de um acarretador de areias que foi, junto com sua esposa, condenado a 3 anos de cadeia e multado em R$ 37,3 milhões por destruir uma floresta de preservação permanente no bairro Tataúba, zona rural da cidade. Os Condenados puderam recorrer em liberdade, segundo jornal O Vale.

Esse caso nos faz lembrar, que ficar de olho na vereadora Preta da rádio é necessário, graças a frouxidão da maioria dos vereadores, ela é a presidente da Câmara e assim sendo, temos o dedo com pouca assepsia de Cesar Nascimento enfiado na Casa de Leis. E foi da união Preta e Cesar Nascimento que saiu o projeto de lei de mineração em Caçapava. Vale lembrar, que este projeto era do interesse de Adilson Franciscate, um dos condenados mencionados acima e grande amigo de Nascimento.

Repetindo parte de um texto meu, publicado a algum tempo atrás, lembro: Toda vez que Caçapava entrou no jogo barulhento de pulhas em nome de mais empregos e mais impostos a cidade se deu mal. Exemplos: Faé, Tonolli, Aerovale e Extratoras de Areia, todas fechadas pela justiça por contaminação e destruição do meio ambiente graças a políticos irresponsáveis e empresários gananciosos. Vale dizer, que os funcionários dessas empresas ficaram desempregados e impostos deixaram de ser recolhidos. Como sempre sobrou devastação!

Petrobras assina acordo para venda da Refinaria de Pasadena por R$ 2 bi


Refinaria Pasadena comprada pela Petrobrás no Texas (EUA)

O acordo foi fechado por 562 milhões de dólares, aproximadamente metade do valor desembolsado pela estatal brasileira para ter a unidade

A Petrobras informou nesta quarta-feira (30) a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para a empresa norte-americana Chevron. O acordo foi fechado por 562 milhões de dólares, aproximadamente metade do valor desembolsado pela estatal brasileira para ter a unidade. Esta transação é investigada pela Operação Lava Jato.

Estão sendo vendidas as sociedades Pasadena Refining System Inc. (PRSI), responsável pelo processamento de petróleo e produção de derivados, e PRSI Trading LLC (PRST), que atua como braço comercial exclusivo da PRSI, ambas detidas integralmente pela Petrobras America Inc. (PAI). A PRSI possui capacidade de processamento de 110 mil barris por dia e está localizada na cidade de Pasadena, no Golfo do México, Texas.

A empresa informou que a refinaria é independente do Sistema Petrobras, que pode operar com correntes de petróleos médios e leves e produz derivados que são comercializados tipicamente no mercado doméstico americano.

A Petrobras disse que a conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais, tais como a obtenção das aprovações pelos órgãos antitruste dos Estados Unidos e do Brasil. A operação é parte do plano de desinvestimentos da Petrobras e foi aprovada pelo conselho de administração da estatal nesta quarta-feira.

A refinaria foi comprada em 2006, quando a estatal brasileira argumentava a necessidade de um ponto de entrada no mercado americano de combustíveis. Na época, a Petrobras pagou 360 milhões de dólares por metade da empresa, quase oito vezes mais do que os 42 milhões de dólares que a empresa suíça Astra desembolsou para adquirir o local um ano antes. Este processo de compra da refinaria foi alvo da Operação Lava Jato e, atualmente, é investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que avalia a responsabilidade da gestão da empresa durante os governos Lula e Dilma pelo prejuízo.

Na Veja.com (Com Estadão Conteúdo)

Processo contra o ‘Zero Um’ recomeça a andar



Graças a uma liminar expedida durante as férias do Supremo pelo vice-presidente da Corte Luiz Fux, está paralisado no Ministério Público do Rio de Janeiro o processo que envolve Flávio Bolsonaro, o 'Zero Um'. Para desassossego do filho mais velho de Jair Bolsonaro, os autos retornarão aos trilhos nesta sexta-feira (1º). 

De volta das férias, o ministro sorteado para relatar a encrenca, Marco Aurélio Mello, cassará a liminar de Fux. As estripulias que encrencaram Flávio Bolsonaro foram praticadas ao tempo em que ele era deputado estadual, no Rio. Antes, portanto, de virar senador. Nada a ver com o foro privilegiado do STF. 

Liberado por Marco Aurélio, o Ministério Público fluminense poderá convidar Flávio Bolsonaro novamente para prestar esclarecimentos sobre a movimentação bancária suspeita que o Coaf atribuiu a ele e ao ex-assessor Fabrício Queiroz. As hipotéticas explicações dadas por ambos em entrevistas esparsas aguçaram as suspeitas em vez de sepultá-las. 

De passagem pelo Senado nesta quarta-feira (30), Flávio Bolsonaro declarou: "Está todo mundo vendo que eu sou vítima de perseguição". Nem todo mundo vê. Mas o novo senador ainda pode mostrar. Dispõe de um elixir infalível contra o veneno dos "perseguidores". Basta que compareça espontaneamente à Promotoria do Rio de Janeiro. Nada desmoralizaria mais os seus algozes do que o depoimento irrefutável de um inocente.

Por Josias de Souza

Corra, Maduro, corra: este é o conselho de mentor de Chávez


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

Sociólogo alemão que inventou o “socialismo do século 21” faz uma análise demolidora do que está acontecendo na Venezuela

Existem correntes de esquerda que não conseguem praticar o desapego em relação a Nicolás Maduro, considerando-o o legítimo herdeiro de Hugo Chávez, mesmo com o país em escombros e o tique-taque cada vez mais alto.

O sociólogo alemão Heinz Dieterich não se permite ilusões perdidas. Teórico de esquerda, o inventor do conceito de “socialismo do século 21”, incorporado por Hugo Chávez, ele analisa com teutônica frieza a situação na Venezuela, antes e depois do madurismo.

Em artigos no site bolivariano de raiz Aporrea e numa entrevista à BBC Mundo, o sociólogo radicado no México faz muitas contribuições para o debate, caso ainda haja dúvidas sobre o futuro de Nicolás Maduro, que não tem comida para o povo faminto e, agora, com o bloqueio americano aos ingressos da venda de petróleo, não tem dinheiro real.

Vale a pena ouvir algumas delas, mesmo com os habituais vícios esquerdistas:

Ficou “completamente claro que Maduro não tem salvação porque Europa, Estados Unidos, Japão e os países importantes sul-americanos se uniram à agressão”.

É claro que Dieterich atribui tudo a um plano perverso de Donald Trump para conseguir uma “vitória barata” na política externa, num momento de muitas derrotas na política interna.

Quem sabe o conspiracionismo de esquerda, sempre focado em grandes complôs mundiais dos capitalistas perversos, desta vez não tem razão?

E os generais que reiteraram o apoio a Maduro desde o desafio sem precedentes de Juan Guaidó, ao se declarar presidente interino como chefe do Legislativo, diante da ilegitimidade da reeleição do grandalhão?

“Os generais venezuelanos sabem que têm que sacrificar” o presidente trapalhão, diz Dieterich. A anistia oferecida por Guaidó – e atribuída pelo sociólogo, talvez com algum motivo, a uma orientação direta do governo americana – foi uma manobra inteligente.

“Eles vão afastá-lo e dirão que, pela paz e pela refundação do país, precisa ir para o exílio. Se se recusar, será advertido que não podem garantir sua segurança. Então, ele vai tomar um avião e provavelmente ir para Cuba.”

Lendo as folhas de chá, ou de coca, sabe-se lá, Dieterich acredita que o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, “aceitou a oferta imperial de sacrificar Maduro em troca da impunidade para eles”.

Como assim? Quando disse que as Forças Armadas respeitam “o estado de direito, a democracia e os direitos humanos” e que continuarão “trabalhando em defesa da soberania nacional”, Padrino, na interpretação de de Dieterich, “mandou duas mensagens adicionais à Casa Branca: não vamos matar por Maduro e não tentem invadir o país porque iríamos à guerra”.

Mas espere: Maduro não fez a rota dos quartéis e até passeou de tanque, com a “primeira-combatente”, Cília Flores, e o próprio Vladimir Padrino?

Dieterich não viu graça nenhuma. “Enquanto Maduro, em sua mente infantil-positivista, brinca de guerra na torreta de um tanque”, advertiu ele, Diosdado Cabello “está negociando a fase pós-Maduro com os fantoches de Washington e os militares”.

O alemão não gosta de Cabello, considerando-o, incrivelmente, “um intrigante anticomunista de direita”.

Haja intriga nisso. Como nem um realista deixa de ter seus momentos de ilusão, Dieterich defende a substituição dos atuais comandantes por “uma direção militar coletiva, formada pelos generais da resistência democrática e bolivariana”.

E, para as inevitáveis eleições do pós-madurismo, propõe o nome de Rafael Ramírez. Ministro do Petróleo e presidente da PDVSA durante a maior parte do período chavista, ele rompeu com Maduro e se exilou na Espanha.

Tem uns probleminhas de corrupção aqui e ali. Mas o sociólogo acha que “seria o único candidato de união progressista e patriótica disponível, e com a experiência nacional e internacional necessária”.

Talvez, quem sabe, até o próprio Dieterich, voltasse a ter alguma influência na Venezuela?

Atenção, Chávez rompeu com ele em 2005, depois de não ser considerado suficientemente socialista por ter escolhido a mesma estratégia da Alemanha do pós-guerra, a economia social de mercado.

Pois é, Dieterich compara o caudilho que lançou as bases nefastas que viriam a jogar a Venezuela na atual devastação aos austeros responsáveis pelo milagre alemão.

Como o alemão sai da Alemanha, mas a Alemanha não sai do alemão, Dieterich vai mais longe ainda e compara a “camarilha” formada por Maduro, Cabelo e o general Padrino “a Hitler na Batalha de Berlim, depois do início da ofensiva final soviética”.

Fora o absurdo da comparação, não deixa de ter sua graça a crítica do sociólogo aos “grandes movimentos salvadores com exércitos fantasmas, investimentos fantasmas e moedas fantasmas” – uma definição precisa das absurdas estratégias de Maduro.

Ideias algo delirantes são previsíveis em quem tem muita coisa na cabeça e nenhum poder nas mãos.

Heinz Dieterich pode ter sido contaminado pelo vírus do delírio latino-americano e está, como toda a esquerda, arrasado com os “sátrapas Macri, Duque e Bolsonaro”.

Mas está também muitos milhares de quilômetros adiante dos que defendem Nicolás Maduro como se fosse a última bolacha no pacote da esquerda latino-americana.

Na Veja.com

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Plano para fiscalizar barragens é uma enganação


De acordo com Canuto, será feita a verificação, de imediato, sobre a área 1 da barragem, que é a primeira a ser atingida quando uma barragem se rompe

O Brasileiro é um crédulo. Costuma conceder voto de confiança aos governos em início de mandato. Mas o ministro Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional, abusou da credulidade alheia ao expor o plano da gestão de Jair Bolsonaro para fiscalizar as barrages brasileiras. Quem ouviu a entrevista saiu da experiência com uma pulga saltitando no dorso da orelha. 

Primeiro, o ministro mastigou os números. Há no Brasil mais de 20 mil barragens, ele informou. Desse total, 3.386 são consideradas de alto risco. Todas receberão a visita de fiscais, declarou o ministro. Entre as barragens que ameaçam a sociedade, 205 guardam rejeitos de mineração. Irão para o início da fila das fiscalizações. 

Na sequência, o ministro passou a impressão de que o governo fiscalizará as barragens como quem brinca de cabra-cega, com os olhos vendados. Canuto não soube dizer quantos fiscais serão mobilizados. Não deu a menor pista de quanto dinheiro será necessário. Não estipulou nenhum prazo para a conclusão do serviço. "Não é da noite pro dia", avisou. 

O governo federal pintou-se para a guerra depois do estouro da barragem da Vale em Brumadinho. Poderia ter reconhecido que o setor de fiscalização de barragens é uma ficção. Mas preferiu dançar uma coreografia da enganação, no pressuposto de que a plateia é feita de bobos. Conseguiu a proeza de transformar a inépcia de gestões anteriores num processo de desmoralização, de envelhecimento precoce da nova administração. O novo governo tornou-se sócio de um velho descalabro.

Por Josias de Souza

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Rodrigo Maia é um bom nome para comandar a Câmara, afirma Mourão


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O presidente interino Hamilton Mourão avaliou nesta terça-feira (29) que Rodrigo Maia (DEM-RJ) é um bom nome para conduzir a Câmara dos Deputados na próxima legislatura, que se inicia em fevereiro.

Na opinião dele, o parlamentar, que tenta a reeleição e conseguiu viabilizar o apoio de partidos como PSL, PDT e MDB, tem experiência e conhecimento para continuar no cargo.

“Eu acho que é um bom nome, tem experiência, tem conhecimento do pessoal lá dentro”, disse Mourão ao ser questionado pela Folha.

Perguntado, o general disse ainda que o governo federal não teria problemas em dialogar também com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que tem ensaiado uma aproximação com o presidente Jair Bolsonaro.

“A gente dialoga com qualquer um, sem problemas”, respondeu. (…)

Por Gustavo Uribe e Thais Bilenky, na Folha.

Defesa da Vale deseja que país se finja de bobo


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A pretexto de refutar a hipótese de afastamento cautelar da diretoria da mineradora Vale, o advogado Sergio Bermudes, defensor da companhia, declarou o seguinte sobre a tragédia provocada pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG): "Não houve negligência, imprudência, imperícia." 

Em entrevista à repórter Mônica Bergamo, Bermudes adotou uma linha de defesa muito parecida com a tática do avestruz. Fechou os olhos para os indícios que se misturam à lama. E enfiou a cabeça nos seus autocritérios: "Não há necessariamente um culpado, não há necessariamente culpa. Ou não haveria casos fortuitos ou ocasionados por motivos de força maior." 

Um advogado tem o dever de prover ao cliente a melhor defesa que sua astúcia for capaz de conceber. Normalmente, busca-se o reconhecimento da inocência. Mas num caso como o de Brumadinho os fatos desaconselham o manuseio da tese segundo a qual a culpa é de ninguém. Ou do "fortuito." 

Na véspera, Fabio Schvartsman, presidente da Vale, afirmara ter seguido "a orientação dos técnicos" quanto à segurança da barragem que se rompeu. "E esse negócio deu no que deu. Quer dizer, não funcionou —100% dentro de todas as normas e não houve solução." 

"Qual é a solução então?", indagou Schvartsman a si mesmo. "Me parece que só tem uma. Nós temos de ir além de toda e qualquer norma internacional. Além e acima. Vamos criar um colchão de segurança bastante superior ao que a gente tem hoje para garantir que nunca mais aconteça um negócio desse." 

Estava entendido que, depois dos descalabros que resultaram no rompimento da barragem de Mariana (MG), a Vale providenciaria "um colchão de segurança bastante superior" ao que havia há três anos e dois meses. O próprio Fabio Schvartsman, que assumiu o comando da mineradora nas pegadas da tragédia anterior, dizia que sua prioridade era evitar que "um negócio desse" voltasse a ocorrer. 

É contra esse pano de fundo que Bermudes sustenta que "não houve negligência" e "não há necessariamente um culpado." É como se o doutor cutucasse os sobreviventes e as famílias dos mortos de Brumadinho com o pé, para ver se eles mordem. É como se pedisse ao Brasil para se fingir de bobo pelo bem da Vale. Os cadáveres de Brumadinho dificultam o atendimento do pedido.

Por Josias de Souza

Jornalista brasileiro é retido e interrogado em quartel na Venezuela


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Um jornalista brasileiro ficou retido em uma unidade militar na Venezuela por duas horas, período em que teve o passaporte e o celular apreendidos, foi interrogado e ameaçado de prisão. Ele já está de volta ao Brasil e em segurança.

Rodrigo Lopes, do jornal gaúcho Zero Hora, foi abordado por um homem não identificado na sexta-feira (25), quando cobria um ato de apoiadores do ditador Nicolás Maduro próximo ao palácio de Miraflores, sede do governo.

De acordo com seu relato, o homem tomou o celular de suas mãos e, ao ver fotos e vídeos de um comício do líder da oposição Juan Guaidó, onde o repórter havia estado horas antes, levou-o a uma área protegida por barreiras militares. (…)


sábado, 26 de janeiro de 2019

Falta às mineradoras uma Operação Lama-Jato


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Qualquer dia os casos de rompimento de barragens como as de Mariana e de Brumadinho, em Minas Gerais, passarão pelo crivo de uma força-tarefa de jovens procuradores e cairão no colo de um juiz valente. Quando empresários inconsequentes e agentes públicos incompetentes perceberem que poderão passar alguns anos na cadeia, mineradoras como a Vale e o Estado ficarão mais próximos da solução do que do problema. Só uma Operação Lama-Jato pode evitar que o setor de mineração continue matando gente e degradando o meio ambiente.

Leia íntegra no Blog do Josias de Souza


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Ex-governador Beto Richa (PSDB) é preso preventivamente no Paraná



Tucano é investigado na operação Integração, que apura fraudes nas concessões de rodovias do Paraná

A Justiça Federal no Paraná decretou a prisão preventiva (por tempo indeterminado) do ex-governador Beto Richa (PSDB) e do contador da família, Dirceu Pupo Ferreiro. Eles são acusados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O tucano foi preso em seu apartamento, em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (25).

Ambos foram levados para a superintendência da Polícia Federal. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Integração, que apura fraudes na concessão de rodovias do estado.

Segundo o MPF, Richa recebeu pelo menos 2,7 milhões de reais em propinas pagas em espécie pelas concessionárias de pedágio do Paraná e por outras empresas que mantinham interesses no governo.

Ainda de acordo com as investigações, há evidências de que parte do dinheiro (142 mil reais) foi lavada mediante depósitos feitos em favor da empresa Ocaporã Administradora de Bens, que, embora estivesse formalmente em nome de Fernanda Richa, esposa do ex-governador, e de seus filhos, na realidade era controlada por Beto Richa.

O restante dos recursos (cerca de 2,6 milhões de reais), diz o MPF, foi lavado com o auxílio de Pupo Ferreira, por meio da compra de imóveis e colocados em nome da empresa. Segundo a acusação, o contador solicitava que os vendedores lavrassem escrituras públicas de compra e venda por um valor abaixo combinado entre as partes — a diferença seria paga de forma oculta, com propinas.

O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, substituto da 23ª Vara Federal e responsável pela ordem de prisão, observou, em sua decisão, que Richa e Pupo atuaram para influenciar os depoimentos de testemunhas no contexto da investigação.

“O conjunto de elementos apresentados pelo MPF indicam que Carlos Alberto Richa, ao longo de seus dois mandatos como governador do Paraná, desenvolveu uma parceria ilícita com as empresas de pedágio, atuando para beneficiá-las em troca de dinheiro”, escreveu o juiz.

Richa já havia sido preso em setembro, enquanto disputava uma vaga para o Senado. Naquela ocasião, a ordem foi emitida pela Justiça estadual, em operação que apura fraudes em um programa de manutenção de estradas rurais.

De acordo a denúncia do MP, em troca de vantagens na licitação, os empreiteiros pagavam 8% de propina a Beto e aliados. Richa foi solto três dias depois, com Habeas Corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Outro lado

A defesa de Beto Richa afirma que os fatos que levaram à sua prisão são antigos e já foram esclarecidos, “não restando qualquer dúvida quanto à regularidade de todas as condutas praticadas, no exercício de suas funções”, e que confia que o Judiciário reverterá a ordem de prisão.

Em nota, os advogados também afirmam que a decisão desta sexta desrespeitou os julgamentos do STF sobre o tema. “Os fatos ora invocados já foram anteriormente utilizados, na decretação das medidas cautelares expedidas contra o ex-governador. Cumpre registrar que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar referidas medidas, reconheceu a flagrante ilegalidade na ordem prisão decretada.”

“O pedido se lastreia em ilações do MPF, exclusivamente suportadas em falsas e inverídicas informações prestadas em sede de colaboração premiada, por criminosos confessos”, prossegue a nota, que conclui dizendo que a decretação de prisão não se justifica nem atende às exigências legais.

O escritório Eduardo Sanz, que representa a família Richa e a empresa Ocaporã disse que a operação desencadeada nesta sexta baseia-se em fatos antigos e já esclarecidos na investigação estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público Estadual.

“Há evidente conflito entre as duas investigações que versam sobre os mesmos fatos. A empresa Ocaporã não é, nem nunca foi, administrada formal ou informalmente por Carlos Alberto Richa. Não há qualquer fato que ligue a empresa Ocaporã ou seus sócios a qualquer fato ilícito sob investigação. Fernanda e André Richa estão, como sempre estiveram, à disposição da justiça, do Ministério Público e da polícia. É notório, inclusive, que ambos já prestaram depoimentos e responderam a todos os questionamentos que lhes foram feitos”, diz a nota.

Na Veja.com

De "Novo" não tem nada


ESTREIA - Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial,
 e Bolsonaro, ao subir no palco: “Por ora, será mantido”

Você já deve ter ficado rouco de tanto ouvir: nas eleições do ano passado, a nova política derrotou a velha.

Por velha, entenda-se a política praticado pelo PT e seus aliados nos últimos 13 tristes e degradados anos de corrupção.

Por nova… Bem, o que o capitão, seus filhos e os caronas viessem mais tarde a demonstrar que se tratava de uma política novinha em folha.

A poucos dias de completar um mês do rebento, nem do alto de uma goiabeira é possível avistar sinal do que mereça ser chamado de novo.

A não ser que novo tenha sido o capitão e seu filho Eduardo embolsarem o auxílio-mudança pago a parlamentares reeleitos que já moram em Brasília.

Em um país rico, seria razoável que se pagasse a mudança para a capital de deputados e senadores eleitos. Ou a mudança de volta aos seus Estados dos que não se reelegeram.

Mas pagar R$ 33.700 para os que não precisarão se mudar? Muitos recusaram a propina. Os arautos da nova política, Bolsonaro pai e filho, não recusaram.

No caso do pai, o custo do que mais tivesse de mudar para Brasília onde mora há 28 anos correria por conta da presidência da República, como de fato correu.

Nada tem a ver com novo tempo e novas práticas a descoberta dos rolos do filho Flávio, de Queiroz e de sua família empregada durante anos a fio também no gabinete do capitão em Brasília.

Muito menos o fato de Flávio ter homenageado e condecorado tantos policiais militares expulsos da corporação, presos, fugitivos e caçados por envolvimento com o crime organizado.

Admita-se: o novo quis rebentar quando se ouviu do capitão que o filho seria punido se tivesse cometido algum desvio de conduta – bravo! Foi sufocado horas depois quando o capitão recuou.

Definitivamente, o novo não guarda parentesco com o desejo do Banco Central de pôr fim ao controle de movimentações financeiras de autoridades e de alguns dos seus familiares como manda a lei.

Nem com o decreto assinado pelo presidente em exercício, o general Hamilton Mourão, que amplia o número de funcionários autorizados a classificar como secretas determinadas informações.

O desejo do Banco Central poderá ser um duro golpe no combate à corrupção. O decreto do general agride a Lei de Acesso à Informação e por tabela limita a liberdade de imprensa.

Está indo pelo ralo a promessa do capitão de abrir as “caixas pretas” e de adotar a transparência como política de governo. Nada mais velho do que isso tudo que está aí até agora.

Ex-PM ligado a Flavio Bolsonaro recebeu medalha na cadeia



No dia 9 de setembro de 2005, o então tenente da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, hoje foragido, foi protagonista de uma cena inédita. Preso, acusado de homicídio, ele recebeu na cadeia a maior condecoração do Poder Legislativo fluminense, a Medalha Tiradentes. A homenagem foi uma iniciativa do deputado estadual Flavio Bolsonaro – procurado, o senador eleito pelo PSL não negou ter feito a entrega da medalha em solenidade realizada no Batalhão Especial Prisional da PM.

Leia íntegra na Veja.com

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Caçapava: Frouxidão e Omissão


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E o futuro do Brasil? Em todas as camadas sociais, o futuro do Brasil agoniza nas mãos dos políticos, dos bandidos diplomados, dos sem diplomas e principalmente dos ignorantes. A sociedade brasileira assiste a tudo, calada, apenas achando pavoroso o triste espetáculo.

E o futuro de Caçapava? Como anda a cidade simpatia? Essa agoniza nas mãos de políticos frouxos, incompetentes, ignorantes e malandros que usam a política para beneficio próprio. E aqui acontece diferente do que acontece com o país, a sociedade nem pavoroso acha o triste espetáculo.

Essa triste realidade que acerta diariamente um “soco” na esperança do cidadão, que deixa a cidade desprovida de quase tudo que é necessário para se viver com um mínimo de decência, não termina nunca.

Aqui o atual prefeito se entrega as fanfarronices e extorsão de vigaristas político midiático, sempre usando dinheiro do povo, para defender sua reputação. Não teve, segundo gente ligado a ele na Prefeitura, “tutano” para suportar críticas e ataques da rádio local. Liberou grana mensal, segundo essa pessoa da Prefeitura, para calar a boca do proprietário da rádio em detrimento das necessidades financeiras da cidade.

O mesmo aconteceu com alguns vereadores. Com medo dos ataques da rádio, ofereceram a presidência da Câmara ao proprietário da rádio, que através de seu esbirro, vereadora Preta da Rádio Capital, assume o comando da casa de leis, ato esse que representa uma enorme traição ao povo caçapavense que, nas eleições, vêm rejeitando há anos e com veemência Cesar Nascimento proprietário da rádio e o grande beneficiário da fragilidade desses “frouxos” eleitos pelos caçapavenses. 

E vejam a índole de Cesar Nascimento: Após receber as benesses, de um dia para o outro, maneirou seus ataques, mostrando que pratica um jornalismo fajuto, interesseiro e que realmente recebeu pra ficar quieto. Enquanto as instituições públicas municipais reclamam de falta de dinheiro, tem quem esteja ficando rico com o que poderia estar resolvendo esse problema. A vigarice política midiática e intelectual, em Caçapava, compensa.

No Brasil, a porcaria política parece, com as denúncias de desvios de condutas dos novos eleitos, que continuará a mesma. O cidadão comum se cala. Até quando, não sei! Sei apenas que tudo isso é o produto final de um país que vive sob a vigência da total falta de valores. Aqui, roubar e enganar são sentidos de vida banais, aceitamos o político ladrão como aceitamos o bandido comum. Tudo tem sua origem, e a origem de nosso mal maior é a omissão, a aprovação silenciosa de toda a sociedade. 

Na mídia, assistimos diariamente, as cenas que propagam o ódio. Jornalistas que em vez de informar usam seus jornais para explorar, intimidar e extorquir a sociedade. Falastrões e mentirosos que corroem famílias estão muito distantes dos valores morais que deveriam educar e informar com correção, que deveriam ser referência para todos, orientando uma vida em sociedade. O povo se tornou mero espectador do tétrico espetáculo social que se descortina todos os dias e o produto final disso está nas administrações públicas e Câmaras Legislativas, verdadeiras incubadoras de despreparados e aproveitadores.

Somos nós que fazemos o mundo em que vivemos. Somos nós os atores, diretores e espectadores e por nossos atos revelamos o rumo que a trama cotidiana seguirá, intuindo, claramente, quais serão as cenas dos próximos capítulos.

É tudo tão perverso e covarde que a maioria prefere fechar os olhos e acreditar na transitoriedade de nossa má sorte, ignorando a força da participação. Enquanto isso, mais incompetentes tomam conta de nossas vidas, mais ignorantes cuidam de nossas cidades, embalado pela nossa acomodada cumplicidade. 

Amanhã, lamentaremos. Depois de amanhã, esqueceremos. E para nos deixar com a consciência cívica tranquila, aprovaremos novamente ordinários políticos para administrar nossas vidas. Assim tem sido.


Bolsonaro recua de entrevista que concedera à Bloomberg e diz que estão perseguindo o seu “garoto” para tentar atingi-lo. Aí não dá!


Cascata e Cascatinha, personagens dos humoristas Chico Anysio e Castrinho:
 o “paipai” estava sempre endossando as tolices do seu “garoto”.
O humorismo ainda é o que o Brasil tem de mais sério…

Em entrevista concedida à Bloomberg, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se algo de irregular for constatado contra Flávio Bolsonaro, seu filho e senador eleito, que este arque, então, com as consequências. Cumpria o script. Afinal de contas, dizer o quê? Mas o bom senso durou pouco.

Em entrevista à TV Record, a conversa foi outra:

“Nós não estamos acima da lei. Pelo contrário, estamos abaixo da lei. Agora, que se cumpra a lei, não façam de maneira diferente para conosco. Não é justo atingir um garoto, fazer o que estão fazendo com ele, para tentar me atingir.”

Com essa fala, Bolsonaro atrela seu destino ao do filho, não é mesmo? Se tudo é apenas uma tramoia para atingir o presidente, então estamos diante de uma conspiração e de uma farsa.

Impressiona a falta de imaginação dos políticos nesse particular, não é mesmo?

A repercussão na cúpula do governo — o generalato que compõe o seu ministério — foi a pior possível.

Basta um mínimo de honestidade intelectual para constatar que Flávio, até agora, não explicou nada. E, à diferença do que diz o presidente, a investigação segue o que prevê a lei. Quando menos, ele deveria apontar, então, onde estão as transgressões legais.

É bom notar que, ao fazer tal declaração, Bolsonaro decide instalar o problema no gabinete presidencial, contrariando o que lhe recomendou o grupo de generais da reserva que integra o seu ministério. E claro, estes estão certos ao lhe recomentar prudência.

Não é só a movimentação de dinheiro de Fabrício Queiroz que passou a preocupar, mas também o vínculo entre o gabinete de Flávio e um chefe da milícia, que, adicionalmente, é ligado ao grupo que pode estar envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco, um caso de repercussão internacional. Mãe e filha do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega trabalhavam no gabinete do então deputado estadual até novembro do ano passado.

Nóbrega é o chefão do “Escritório do Crime”, uma das mais virulentas milícias que atuam no Rio.

Por Reinaldo Azevedo

Juiz faz a coisa certa e proíbe o pornográfico auxílio-mudança a parlamentares que não vão se mudar de Brasília



O juiz federal Alexandre Henry Alves, da Vara Federal Cível e Criminal de Ituiutaba (MG), decidiu nesta quarta-feira (23) proibir os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), de pagarem auxílio-mudança para deputados federais e senadores já reeleitos. O veto no pagamento do benefício também vale para deputados federais que já vivem em Brasília e que viraram senadores, ou vice-versa. Cabe recurso.

O juiz fixou uma multa de R$ 2 mil por pagamento efetuado a cada deputado ou senador nessas condições.

Conforme informou o Estado em 5 de janeiro, Rodrigo Maia – que está em campanha pela reeleição –antecipou o pagamento de auxílio-mudança aos deputados. O benefício, equivalente a um salário – R$ 33,7 mil –, é tradicionalmente pago ao fim do mandato, que acaba em 31 de janeiro, foi depositado no dia 28 de dezembro do ano passado na conta dos parlamentares.

A decisão do juiz federal foi tomada no âmbito de uma ação popular ajuizada pelo advogado e vereador Douglas Henrique Valente (PTB), de Gurinhatã (MG).

Em sua decisão, o juiz federal observou que a ação popular cabe para impedir lesão ao patrimônio público e à moralidade administrativa, como no caso em questão.

“Medidas que destoem do real sentido da lei e dos princípios democráticos republicanos, lesando por demasiada os cofres públicos, devem ser coibidos, numa verdadeira forma se trazer o equilíbrio necessário entre a necessidade estatal, a demanda da sociedade e os meios necessários a sua efetiva concretização”, avaliou.

“Em nenhum desses pontos se justifica o pagamento do ‘auxílio-mudança’ para aqueles candidatos que mantiveram seu cargo por reeleição ou para aqueles que foram eleitos para a outra casa legislativa, já que para eles não houve mudança de domicílio ou transporte de seus bens para uma nova localidade”, concluiu Henry Alves.

O juiz federal também determinou que o autor da ação identifique em um prazo de 15 dias os deputados e senadores que deverão restituir valores aos cofres públicos. “É uma decisão que vem a calhar com o anseio da sociedade, diante de tantos atos de dinheiro público mal gasto e de pessoas que estão aí na fila do SUS, à espera de medicamentos”, disse à reportagem o advogado e vereador Douglas Henrique Valente.

No Estadão

Comento

Está aí uma decisão decente. E espero que, decentemente, o Congresso não recorra.

Que sentido faz pagar dois salários-mudança — sim, são dois: total de R$ 67.400 — a parlamentares que não vão se mudar de Brasília porque foram reeleitos ou vão assumir outro cargo na mesma cidade? É espantoso que exista um Decreto Legislativo que permita tal sem-vergonhice.

Palmas ao juiz Alexandre Henry Alves, que, com sua decisão, corrige uma imoralidade.

Por Reinaldo Azevedo

Caso Coaf reanima ala fisiológica do Congresso


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Um pedaço da equipe de Jair Bolsonaro já receia que o derretimento da biografia do filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, interfira na articulação para a aprovação no Congresso das reformas econômicas do governo recém-empossado, especialmente a da Previdência. O receio não é infundado. Parlamentares fisiológicos, que aguardavam na esquina pelos primeiros tropeços do capitão, começaram a esfregar as mãos. 

A deterioração do ambiente político já era esperada. O que surpreende é a velocidade do processo. A atmosfera começa a se degradar antes mesmo do início da nova Legislatura. Arma-se uma emboscada em dois atos. Num, espalha-se a ameaça de empurrar o filho do presidente, que assumirá o mandato de senador, para o Conselho de Ética ou até uma CPI. Noutro, acena-se com a montagem de um sistema de blindagem capaz de proteger o mandato de Flávio Bolsonaro. 

Simultaneamente, discute-se o encaminhamento das reformas. Os profissionais do fisiologismo não falam em rejeição das propostas do governo. Ao contrário. Todos se declaram a favor de reformas como da da Previdência. Difícil é achar dois congressistas que defendam o mesmo modelo de reforma. Quando se oferecerem para discutir a unificação das posições, os patriotas do Congresso levarão à mesa o preço dos seus votos. 

Bolsonaro elegeu-se prometendo destruir a lógica do toma-lá-dá-cá. Não contava com a desenvoltura do Coaf, o órgão que varejou as contas do primeiro-filho e do assessor Fabrício Queiroz. De passagem por Davos, na Suíça, o governador tucano de São Paulo, João Doria, combinou com o ministro Paulo Guedes, da Economia, a organização de uma cavalgada de 22 governadores pela Esplanada dos Ministérios. O pressuposto é o de que os governadores têm força para influir sobre deputados e senadores. O truque já foi tentado antes. Poucas vezes rendeu resultados. E quando rendeu, a conta ficou com o Tesouro Nacional.

Por Ricardo Noblat

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Davos jamais viu nada parecido com Bolsonaro



Onde em qualquer parte do mundo, ontem, se ouviu o presidente Jair Bolsonaro dizer no Fórum Econômico de Davos que, em sintonia com os demais países, o Brasil, sob o seu governo, contribuirá para “a diminuição de CO2”, também conhecido como dióxido de carbono, ouça-se: na verdade, ele quis dizer que o Brasil contribuirá para “a diminuição de CO”, popularmente chamado de monóxido de carbono.

A diferença entre um gás e outro não se limita a um 2 a mais ou a menos em sua fórmula química. O dióxido de carbono ou o gás carbônico é um elemento básico na composição dos organismos, o que o torna indispensável para a vida no planeta. O monóxido de carbono, um gás altamente toxico, é justamente o contrário. Os nazistas, por exemplo, o utilizaram para matar judeus durante a Segunda Guerra.

“Hoje, 30% do Brasil são florestas”, disse também Bolsonaro num elogio indireto, e talvez sem querer, aos governos que antecederam ao seu. Não é bem assim. Em 2016, segundo a Organização das Nações Unidas, a área florestal do Brasil ocupava 58,9% do território. No ano seguinte, a NASA registrou via satélite que o Brasil preservava a vegetação nativa em 66% de seu território.

Em um surto patriótico, disparou Bolsonaro diante de uma das plateias mais bem informadas do planeta: “Somos o país que mais preserva o meio ambiente”. Exagerou. Numa lista de 180 países analisados a partir de sua performance meio ambiental, o Brasil ficou na 69ª posição, segundo anotou a Agência Lupa com base em estudo feito em 2018 pelas universidades americanas de Yale e Columbia.

Quanto ao mais, a primeira aparição de Bolsonaro no cenário internacional foi perfeita, ou quase. Quer dizer: correspondeu plenamente ao que muitos esperavam dele por conhecê-lo, e outros tantos por ouvir falar à distância. O discurso de 6 ou 8 minutos foi tão rápido e raso quanto um pires. Ou, se preferirem: superficial. Ou objetivo, como o definiram observadores com excessiva boa vontade.

A abertura do discurso será lembrada para sempre. Bolsonaro se disse emocionado por poder falar a uma plateia tão distinta. Modéstia do orador. A plateia era quem deveria agradecer a ele a oportunidade de conhecê-lo ao vivo, a cores e em estado original, despido completamente das maquiagens que uma assessoria competente poderia ter providenciado, mas não o fez – não se sabe bem por quê.

Por Ricardo Noblat

As falas ligeiras e irresponsáveis já começaram a cobrar seu preço; amadores resistem a aprender…



O discurso de Bolsonaro (íntegra aqui) é medíocre. O trecho em que convida os estrangeiros a visitar nosso “paraíso”, garantindo que Moro vai lhes dar a devida segurança, é constrangedor. É coisa de guia turístico. Se o bom discurso de Lula —que o levou a sair engrandecido de Davos — não é garantia de que as coisas terminem bem, a fala acanhada do atual presidente não é necessariamente antecipação de dias ruins. Mas, para tanto, é preciso que o governo cuide de fios desencapados. As falas irresponsáveis, a atuação amadora, a truculência no trato com a imprensa, a certeza de que tudo se resolve com uma guerrinha nas redes sociais, a tacanhice ideológica, tudo isso já começa a cobrar o seu preço. A Arábia Saudita deu um tombo na importação da carne de frango brasileira. A versão edulcorada assegura que se trata apenas de medida protecionista, para assegurar interesses dos produtores locais. Falso. Trata-se de um aviso. Os Bolsonaros não olharam para a balança comercial quando acharam uma boa ideia imitar os EUA e a Guatemala e anunciar a mudança da embaixada brasileira em Israel de Telavive para Jerusalém. Eduardo Bolsonaro, o deputado mais votado do Brasil, chegou até a dizer que, se os árabes reclamassem, o Brasil poderia se unir aos EUA contra o Irã, que, por sua vez, é inimigo da Arábia Saudita, com quem poderíamos, então, indiretamente nos aliar. Bem, a Arábia Saudita é justamente o país que suspendeu parte das importações de frango. Estamos nas mãos de amadores. E de amadores que se negam a aprender e alimentam um certo rancor de quem sabe mais.

Cancelamento de entrevista, sem aviso prévio, é um vexame. O problema é o que dizer em face das evidências

O cancelamento da entrevista de Bolsonaro em Davos é um vexame. Tudo porque, vaza a sua assessoria, ele está descontente com a cobertura da imprensa sobre a sua passagem por Davos. Falando à Bloomberg, afirmou que, se Flávio Bolsonaro, seu filho, fez alguma coisa errada, tem de pagar. Bem, isso é o óbvio. A menos que tenha adquirido alguma imunidade especial por ser filho do presidente. Poderia ter repetido o mesmo para o restante da imprensa. Mas está irritado. E aí, então, melhor não falar nada. Até porque não tem explicação o que não tem explicação. E, se tem, não pode ser dada, não é mesmo? Como é que a mãe e a mulher de um chefão do crime organizado foram parar no gabinete de Flávio Bolsonaro? A explicação: pelas mãos de Fabrício Queiroz. E quem era Fabrício? Oficialmente, um simples motorista do então deputado estadual. Com autonomia para contratar. Mas ele é também aquele que movimentou R$ 7 milhões em três anos, amigo de longa data do próprio presidente, a ponto de, segundo Jair Bolsonaro, este emprestar dinheiro àquele no fio do bigode, o que explicaria o depósito que o ex-assessor fez na conta de Michelle, a agora primeira-dama. Nada faz sentido. Ou tudo faz sentido. E aí está o problema.

Heleno até tenta consertar o estrago; fica difícil. Por que então, Guedes e Moro não deram a entrevista?

O general Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete da Segurança Institucional) deu uma explicação para o cancelamento da coletiva: Bolsonaro estava cansado. Nada além disso. Bem, então é preciso demitir o assessor que disse o contrário. Para não deixar todo mundo na mão, sendo assim, que Paulo Guedes e Sérgio Moro, então, fizessem a sua parte. Ou eles também estavam muito cansados? Essa turma toda está vivendo um momento ruim: o da negação da realidade. E isso impede que tomem as medidas corretivas. Em vez disso, a turma se fecha e faz um discurso ainda mais agressivo nas redes. A ida a Davos tinha o objetivo de fazer Bolsonaro alçar voo. Ele é muito pesado. Não voa. E seus dois homens fortes, Guedes e Moro, também se apequenaram. E isso é apenas um fato. Como e se vão corrigir, não sei. Quando menos, teriam de tirar um bode da sala: Flávio Bolsonaro.

Por Reinaldo Azevedo

O Brasil não vai deixar Acordo de Paris, diz Bolsonaro a empresários em Davos! Ele trai, assim, os seus fanáticos.



O Brasil não vai deixar o Acordo de Paris, que congrega 195 países e tem compromisso com a redução da emissão de carbono. Foi o que o presidente Jair Bolsonaro assegurou a empresários em Davos. O presidente trai, assim, os fanáticos do seu eleitorado. Trata-se de um estelionato ideológico. Aplausos para ele!

Bolsonaro descobriu que ele até pode imitar Donald Trump na vestimenta, discursando com casaco de lã em ambiente aquecido, mas não pode imitá-lo em todas as bravatas. A imagem do país já sofreu um desgaste ao sair do Pacto Global para Migração. Não havia ônus nenhum em tal adesão, a não ser um certo alinhamento moral com refugiados. O Brasil não é destino de fluxos migratórios relevantes. A diáspora na vizinha Venezuela, por exemplo, tem em nosso país uma de suas ultimas escolhas. Dos quase três milhões de venezuelanos que deixaram sua terra em 10 anos, apenas 50 mil se radicaram por aqui. Mas sabem como é… Trump usa casaco em ambiente aquecido, quer levantar um muro na fronteira com o México e não quer saber do tal pacto… Bolsonaro vai na cola. Mas há um limite.

Por Reinaldo Azevedo

Enquanto Flávio afunda, Jair se escora em Moro



A conjuntura das últimas horas está crivada de ironia. No Brasil, o caso que envolve o senador Flávio Bolsonaro migra rapidamente do estágio de escândalo para a fase do escárnio. Em Davos, na Suíça, Jair Bolsonaro, alheio ao derretimento da imagem do seu primogênito, queixa-se de ter herdado "o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica." Espremido entre as desculpas esfarrapadas do filho e o cinismo do pai, Sergio Moro empresta sua respeitabilidade e sua boa imagem para serem utilizadas por espertos. 

Integrante da comitiva que acompanha Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, Moro participou nesta terça-feira (22) de um painel sobre combate à corrupção. Ao final, foi inquirido por um repórter a respeito da movimentação bancária suspeita de Fabrício Queiroz, o ex-faz-tudo de Flávio Bolsonaro. Refugiou-se atrás de evasivas: "Não me cabe comentar sobre isso, mas as instituições estão funcionando." 

Horas depois, ao pronunciar seu mini-discurso de seis minutos no palco principal de Davos, Bolsonaro referiu-se ao seu ministro da Justiça como "o homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro". Fundador do fórum suíço, Klaus Schwab, perguntou ao presidente brasileiro quais são os seus planos para combater a corrupção que roeu a logomarca "Brasil". E Bolsonaro: "Sergio Moro é conhecido de vocês. A ele foi incumbida essa missão. (…) Ele tem todos os meios para seguir o dinheiro." 

Em dezembro, dias antes de apossar-se de uma poltrona na Esplanada dos Ministérios, Sergio Moro declarou o seguinte: "Eu não assumiria um papel de ministro da Justiça com o risco de comprometer a minha biografia, o meu histórico." Ele foi ao ponto: "Defendo que, em caso de corrupção, se analisem as provas e se faça um juízo de consistência, porque também existem acusações infundadas, pessoas têm direito de defesa. Mas é possível analisar desde logo a robustez das provas e emitir um juízo de valor. Não é preciso esperar as cortes de Justiça proferirem o julgamento."

No caso que envolve Flávio Bolsonaro, coube ao Coaf, órgão transferido para a alçada de Moro, "seguir o dinheiro". Farejaram-se movimentações suspeitas nas contas do preposto Fabrício Queiroz e, mais recentemente, do próprio filho mais velho do presidente. Enquanto fugiam do Ministério Público do Rio de Janeiro, ambos forneceram, em entrevistas esparsas, explicações com uma consistência de gelatina. A fragilidade dos argumentos reforçou a convicção dos investigadores quanto à robustez dos indícios colecionados pelo Coaf. 

De repente, no exato instante em que Bolsonaro faz pose para a plateia de Davos e Moro se esquiva de expor aos jornalistas algo que se pareça com um juízo de valor, o escândalo virou escárnio. Descobriram-se vínculos de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz com PMs acusados de integrar uma milícia. Os milicianos foram homenageados pelo filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio. Pior: por indicação de Queiroz, a mãe e a mulher de um deles trabalharam no gabinete do primogênito da dinastia Bolsonaro. 

Está entendido que, por delegação de 57 milhões se brasileiros, o governo é de Jair Bolsonaro, que carrega a tiracolo o seu clã. Mas quem coloca a cara na vitrine por eles é Sergio Moro. Abra-se aqui um parêntese para lançar um desafio. Responda rápido se puder: o que é mais deletério, os interesses que se escondem atrás da boa estampa do ex-juiz, ajudando a manter o disfarce dos novos donos do poder, ou a ilusão do ministro de que, mesmo em ambiente pouco asséptico, será possível cercar a corrupção e minar o crime organizado? Fecha parêntese. 

Enquanto você procura uma resposta, novas interrogações vão piscando no pano de fundo da conjuntura apodrecida. Eis a pergunta mais intrigante: a que temperatura ferve a biografia de Sergio Moro?

Por Josias de Souza

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Simone Tebet vai disputar com Renan indicação do MDB para presidir Senado


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A líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), anunciou nesta segunda-feira (21) que vai disputar com Renan Calheiros (MDB-AL) a indicação do partido sobre quem vai concorrer à presidência da Casa.

Tebet vinha se manifestando mais timidamente nos bastidores, mas foi pressionada a assumir sua candidatura. Já em Brasília, tem recebido senadores durante o recesso.

“Devemos absorver o recado das urnas, que clamou por renovação na política e, consequentemente, no Senado”, disse a senadora, que comunicou sua decisão ao presidente nacional do MDB, Romero Jucá.

A bancada emedebista se reúne em 29 de janeiro para definir qual será o nome do partido a participar da disputa. A eleição acontece em 1º de fevereiro.

Até o momento, o nome mais forte do MDB é o do senador Renan Calheiros, que, embora não admita estar na disputa, tem se movimentado para chegar à presidência da Casa pela quinta vez. (…)

Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefe de organização criminosa em seu gabinete



O gabinete do senador eleito e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) empregou até novembro do ano passado a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega , tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime , organização suspeita do assassinato de Marielle Franco. O policial foi alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira e ainda não foi encontrado pela polícia. Ele é acusado há mais de uma década por envolvimento em homicídios. Adriano e outro integrante da quadrilha foram homenageados por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Adriano é amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e investigado sob suspeita de recolher parte dos salários de funcionários do político. Teria sido Queiroz – amigo também do presidente Jair Bolsonaro desde os anos 1980 – o responsável pelas indicações dos familiares de Adriano.

A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ocuparam cargos no gabinete de Flávio Bolsonaro. Elas tinham o cargo CCDAL-5, com salários de R$ 6.490,35. Segundo o Diário Oficial do Estado, ambas foram exoneradas a pedido no dia 13 de novembro de 2018. (…)

Juiz Luiz Bonat será convocado para substituir Moro na Lava Jato



O juiz Luiz Antônio Bonat, da 21ª Vara da Justiça Federal do Paraná, será o convocado para assumir os processos da Operação Lava Jato, em substituição ao ministro da Justiça Sergio Moro, e assumirá o cargo, se assim desejar.

A reportagem de VEJA obteve a listagem final com as inscrições para a vaga de Moro no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O prazo de inscrição se encerrou nesta segunda-feira, 21, e Bonat superou todos os demais candidatos no critério utilizado para definição do substituto, antiguidade na magistratura com desempate definido pela melhor colocação no concurso público.

Bonat nasceu em Curitiba e formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Curitiba em 1979. Ele ingressou na Justiça Federal em setembro de 1993, na 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu. Também atuou na 3ª Vara Criminal Federal de Curitiba e na 1ª Vara Federal de Criciúma (SC), além de varas previdenciárias. É especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos autores do livro Exportação e Importação no Direito Brasileiro.

Ficou conhecido por ser o juiz responsável pela primeira condenação criminal de pessoa jurídica no Brasil, em 2002. A empresa e seus sócios foram condenados por extrair e depositar areia sem autorização em uma área de preservação ambiental permanente à margem do rio Urussanga, no município de Morro da Fumaça (SC), impedindo a regeneração da vegetação no local. 

Bonat também já atuou ao lado de figuras conhecidas da Lava Jato. Em 2005 ele foi vice-diretor do do Foro da Seção Judiciária do Paraná. O diretor da época era João Pedro Gebran Neto, atualmente relator da Lava Jato no TRF4. Bonat também atuou como juiz convocado na 5ª Turma de Julgamento do tribunal, ao lado do desembargador Rogério Favreto, que em julho deste ano determinou a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão acabou revogada pelo próprio Gebran.

Substituta

Desde a saída de Moro para o Ministério da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, tem sido a responsável pelo caso. Ela conduziu o depoimento do ex-presidente referente o sítio de Atibaia em novembro do ano passado. Gabriela, porém, não pode assumir os processos da Lava Jato em definitivo por ser juíza substituta.

Na Veja.com

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Coisas do Brasil... Esse maravilhoso terceiro mundo


Luiz Inácio Lula da Silva

Quase meio milhão assinam manifesto para indicar Lula a Nobel da Paz

O abaixo-assinado com pedido para que o ex-presidente Lula seja indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2019 alcançou 465.000 assinaturas nesta segunda, 21.

Ele vem sendo divulgado, inclusive, pelo perfil oficial de Lula nas redes sociais.

A campanha é idealizada pelo argentino Adolfo Pérez Esquivel, ativista dos direitos humanos e vencedor do prêmio em 1980.

Segundo Esquivel, Lula tirou da pobreza mais de 30 milhões de pessoas através de programas como o Fome Zero e o Bolsa-Família.

Para concorrer de fato, a candidatura precisa ser formalizada ao Comitê Norueguês do Nobel no dia 1º de fevereiro.

Radar na Veja.com

Ex-atleta endossa versão de Flávio e diz ter pagado parte de compra de imóvel em dinheiro vivo; versão não responde a questão essencial



Na Folha:

O ex-atleta Fábio Guerra confirmou nesta segunda-feira (21) que pagou cerca de R$ 100 mil em dinheiro vivo ao senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para quitar parte da compra de um imóvel na zona sul do Rio de Janeiro. Os valores foram repassados, segundo Guerra, entre junho e julho de 2017, período em que o Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) apontou depósitos suspeitos que somam R$ 96 mil na conta do senador eleito, filho do presidente Jair Bolsonaro. “Paguei em dinheiro porque havia recebido em dinheiro pela venda de outro apartamento. Como recebi aos poucos, fui pagando aos poucos”, disse Guerra, ex-jogador de vôlei de praia, que afirmou não ter mais contato com o senador eleito.
(…)

Reinaldo Azevedo Comenta:

Não é o comportamento mais corriqueiro do mundo, mas vá lá. Ocorre que nada de relevante está respondido até agora:
– a movimentação de R$ 7 milhões de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, no prazo de três anos:
– a movimentação de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, com parte considerável desse dinheiro tendo origem em contas de funcionários dos gabinetes. Mais: as transferências eram feitas logo depois do pagamento de salários feito pela Alerj. Mais ainda: em seguida, Queiroz fazia saques em dinheiro.

É dando que se recebe



O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está pronto para matar no peito qualquer pedido de CPI para investigar os negócios de Flavio Bolsonaro e de Fabricio Queiroz que venha a ser apresentado pelos partidos de oposição. Naturalmente, desde que o governo não crie problemas para que ele se eleja presidente do Senado pela quinta vez (ou será a sexta?).

A disposição de Renan já chegou aos ouvidos do presidente Jair Bolsonaro, e muito o agradou.

Por Ricardo Noblat

Cúpula do governo tenta mostrar tranquilidade com “caso Flávio Bolsonaro”, mas ela é falsa; o filho deveria renunciar em benefício do pai



Hamilton Mourão, agora presidente em exercício, pelo tempo que Jair Bolsonaro permanecer na Suíça, deu a seguinte declaração à Reuters: “É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo”. O general da reserva é homem experiente o bastante para saber que não lhe caberia dizer o contrário, mas também para saber que isso não é verdade. Para começo de conversa, fiquemos com as suas palavras: então existe um “caso Flávio Bolsonaro”. E como! E, por enquanto, as coisas só pioram. Sejamos claros: o melhor que Flávio teria a fazer em favor de seu pai seria renunciar ao mandato. Haveria um solavanco, é verdade; a decisão seria vista como uma espécie de confissão, mas uma coisa é certa: diminuiria a sombra sobre o governo. Como está, o troço, que parece até modesto perto dos casos de corrupção que conhecemos, tem potencial para tragar o governo, sim. A razão é óbvia: tudo está perto demais do presidente da República. E, de sexta-feira para cá, o rolo mudou de patamar em valores e no potencial politicamente explosivo.

Os R$ 7 milhões movimentados por Fabrício Queiroz entre 2015 e 2017 assombraram os militares do governo; e ainda não há explicação

Neste domingo, veio a público a informação, publicada em primeira mão pelo colunista Lauro Jardim, em “O Globo”, de que passaram pela conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, R$ 7 milhões entre 2015 e 2017 — inclui-se nesse total a soma de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, de potencial já explosivo. Em entrevista ao SBT, Queiroz afirmou há algum tempo que a grana derivava de rolos que ele fazia com carros usados… Bem, a ser assim, o homem deve ter, então, uma rede de concessionárias. Não faz tempo, o senador diplomado afirmou que seu ex-funcionário lhe havia dado uma explicação plausível para o caso. Ocorre que o suposto ex-motorista se negou a depor ao Ministério Público. Flávio também se recusou a prestar depoimento. Até agora, ninguém falou. O valor assombrou a ala militar do governo.

Reportagem da Folha informa que senador eleito adquiriu imóveis ao custo de R$ 4,2 milhões em três anos; seu salário bruto é de R$ 25,3 mil

Reportagem da Folha desta segunda informa:

“Documentos obtidos em cartórios mostram que o então deputado estadual e hoje senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) registrou de 2014 a 2017 a aquisição de dois apartamentos em bairros nobres do Rio de Janeiro, ao custo informado de R$ 4,2 milhões. Em parte das transações, o valor declarado pelos compradores e vendedores é menor do que aquele usado pela prefeitura para cobrança de impostos. Nota: o salário de um deputado estadual do Rio é de R$ 25,3 mil brutos.

Queiroz, o homem que movimentou R$ 7 milhões, mora em casa modesta na Zona Oeste do Rio; há o temor de que a grana tenha origem ainda pior


Queiroz, o homem que movimentou R$ 7 milhões em três anos, mora numa casa simples, em um beco, na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Nada por ali faz supor o correntista de valores milionário ou o paciente que se interna para tratar de câncer no hospital Albert Einstein, que figura entre os melhores e mais caros do país. Como eu escrevia aqui à época em que o petismo dava as cartas, há ocorrências e coincidências que só acontecem no universo da política. Os R$ 7 milhões levaram o pânico para o Planalto, ao contrário do discurso oficial, porque se considerou que é dinheiro demais para a hipótese viciosa se limitar a uma simples “rachadinha” envolvendo o salário dos servidores, o que já seria crime: além de lavagem de dinheiro, também peculato. Os valores movimentados, segundo o que se sabe até agora, despertaram o temor de coisa mais grave. Alguém lembrou que o candidato de Flávio à Presidência da Assembleia era o deputado André Corrêa (DEM), que está em prisão preventiva, no âmbito da operação “Furna da Onça”. Ele é acusado de ter recebido R$ 100 mil mensais para votar de acordo com os interesses do amplo grupo então liderado pelo governador Sérgio Cabral. Há tudo no generalato da reserva que serve a Bolsonaro, menos tranquilidade. E Flávio não está ajudando.

Segundo Flávio, os 48 depósitos de R$ 2 mil e o pagamento de título de R$ 1 milhão estão ligados a imóveis; eis o “Ronaldinho” do “Mito”

Embora tenha se negado a falar sobre o caso para o Ministério Público Estadual e recorrido ao Supremo para suspender a investigação sobre Fabrício Queiroz, o senador eleito resolveu conceder entrevistas sobre o assunto. Segundo disse à TV Record, os 48 depósitos de R$ 2 mil que foram feitos na sua conta, em cinco datas, no prazo de um mês, entre junho e julho de 2017, e o pagamento de um título na CEF no valor de R$ 1.016.839 dizem respeito à transação de um imóvel. Por meio do título, ele estaria quitando o financiamento feito pela Caixa. Em seguida, teria resolvido vendê-lo por R$ 2,4 milhões. E o comprador teria pagado parte da aquisição em dinheiro. E Flávio fez o quê? Dividiu os R$ 96 mil em 48 envelopes de R$ 2 mil e resolveu depositar por meio do caixa eletrônico. Por que não fez o depósito de uma vez só na agência bancária que fica na Assembleia? Ele não disse. Demorou quase um mês para realizar todas as operações, a saber:
9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07;
15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h;
27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24;
28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56;
13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos.
Ah, sim: na entrevista à Record, Flávio afirmou que o salário de deputado é a menor parte de seus rendimentos. O maior volume viria da atividade empresarial —não especificou, porém, qual seria o negócio. Pelo visto, Bolsonaro também tem seu “Ronaldinho”, que foi como Lula se referiu certa feita ao talento empresarial de um de seus filhos.

Flávio tenta demonstrar que não recorreu ao STF em busca de foro especial; argumentação é capenga. Ou: sim, cabe ao MPF atuar no caso

Flávio afirmou ainda o seguinte, aí sobre a decisão de recorrer ao Supremo:

“Não pedi foro privilegiado ao STF. O que fiz foi uma Reclamação, que é o remédio jurídico correto para perguntar ao Supremo Tribunal Federal, obedecendo a uma decisão do próprio STF, que lá atrás decidiu sobre o foro, e tem uma vírgula que diz assim: caso a caso, o Supremo Tribunal Federal dirá qual é o foro competente. Se é o Rio de Janeiro, o MP do Rio, ou se é Brasília, o MP Federal. Então, a decisão que o Supremo vai tomar é para onde é que tenho que prestar os esclarecimentos. Não tenho nada para esconder de ninguém. Tem origem. Não tem origem ilícita”.

Pois é… Ocorre que, além da Reclamação — que parte, sim, do pressuposto de que ele pode ter foro naquele tribunal, o que o próprio STF já rechaçou, com o apoio do bolsonarismo, diga-se —, sua defesa também entrou com um pedido de liminar para suspender a investigação que diz respeito a Fabrício Queiroz. Luiz Fux atendeu ao pedido. Certamente seu advogado o advertiu de que a liminar poderia atrasar por algum tempo a investigação, mas ela voltaria fatalmente para o Ministério Público Estadual do Rio. A razão é simples: ainda que Flávio venha a ser investigado na esfera criminal, o caso aconteceu antes de seu mandato como senador e não se deu em razão desse mandato. É bem verdade que, se o Ministério Público Federal quiser, há motivos para entrar no caso, isto é, para chamar a investigação para si: uma das funcionárias que repassava dinheiro para a conta de Fabrício é Nathalia Queiroz, sua filha, que deixou o gabinete de Flávio e foi transferida para o de Jair, quando deputado federal, em Brasília. Ocorre que ela morava no Rio, onde atuava como personal trainer. E, como se sabe, Fabrício depositou dinheiro na conta de Michelle, mulher do agora presidente da República.

Filho de Bolsonaro põe isenção política de promotores em dúvida no dia em que pai viaja com o homem que condenou Lula e virou ministro

Flávio Bolsonaro decidiu ainda, aí em entrevista à RedeTV!, pôr em dúvida a isenção do Ministério Público Estadual. Afirmou que o objetivo da investigação é atingir o governo de seu pai e disse ter visto na Internet fotos de promotores com camisetas de protesto contra o impeachment de Dilma. Disse: “Não sei se é verdade, mas são evidências. Não estou fugindo, mas por que não dar tratamento igual para todo mundo?” Bem, “todo mundo”, quem? Que eu me lembre, há uma penca de deputados estaduais presos, além de dois ex-governadores e um ex-presidente da República. Acusar suposta predileção política de pessoas envolvidas no combate ao crime não fica bem na boca de um bolsonarista. Na noite deste domingo, Sérgio Moro, aquele que condenou Lula, embarcou com Bolsonaro para a Suíça na condição de superministro da Justiça. Flávio precisa melhorar a qualidade das respostas.

Moro vai falar em Davos sobre transparência e o combate à corrupção; caso Flávio hoje põe em risco reputação do “paladino anticorrupção”

Sérgio Moro vai participar de vários painéis em Davos que tratarão de transparência e combate à corrupção e a crimes financeiros. Em seu discurso, Bolsonaro deve apresentá-lo, vamos dizer assim, como o seu xerife. Tanto o chefe como o seu subordinado viajam, nesse particular, num momento ruim. É pouco provável que a imprensa internacional vá cotejar a fala do ministro com o que se passa no Brasil. Por aqui, no entanto, suas intervenções certamente serão acompanhadas com atenção. O ainda deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), senador diplomado e filho de Jair, está envolvido em uma enrascada que, a morrer no ralo das irresoluções, desmoraliza não apenas a intervenção do ex-juiz em Davos, mas a sua trajetória de paladino contra a corrupção.

Por Reinaldo Azevedo



sábado, 19 de janeiro de 2019

A situação de Flávio não era boa, agora já é desesperadora; imbróglio atinge o cerne do discurso moralista do bolsonarismo. E Moro?



A situação de Flávio estava ruim. Agora, é moralmente desesperadora. Nesta sexta, antes de o Jornal Nacional ir ao ar, ele recebeu a solidariedade do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que destacou ser ele um rapaz muito valoroso.

Os Bolsonaros parecem se esquecer de que há um ex-presidente da República, o mais popular da história, na cadeia. Na cadeia estão dois ex-governadores do Rio. Os que mandaram esses figurões para xilindró — e não vou agora entrar no mérito das sentenças — pertencem hoje ao campo ideológico do bolsonarismo.

Este é o governo que tem como ministro da Justiça ninguém menos do que Sérgio Moro, o paladino da luta contra a corrupção.

Mesmo que esse imbróglio todo vá para baixo do tapete — e tenho certa curiosidade de saber como o Ministério Público agasalharia esse ônus sem se desmoralizar —, o episódio vai fazer sombra mais na reputação de Moro do que na de seu chefe, o pai de Flávio.

Indago, em benefício do governo Bolsonaro: não seria melhor Flávio renunciar antes mesmo de assumir?

Por Reinaldo Azevedo

Novo relatório do Coaf aponta 48 depósitos em dinheiro a Flavio, diz TV



Um novo relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtido e publicado pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, mostra que uma conta bancária do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, recebeu 48 depósitos de 2.000 reais em dinheiro vivo no intervalo de um mês, entre junho e julho de 2017, que totalizaram 96.000 reais. À época, ele exercia o mandato de deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo o telejornal, os depósitos foram feitos em cinco dias, no serviço de autoatendimento da agência bancária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

No dia 9 de junho de 2017, o relatório aponta dez depósitos de 2.000 reais, feitos em cinco minutos, entre as 11h02 e as 11h07. No dia 15 de junho, houve cinco depósitos em dois minutos, entre as 16h58 e as 17h. Em 27 de junho, dez depósitos em três minutos, entre 12h21 e a 12h24. No dia 28 de junho, foram feitos oito depósitos em quatro minutos, entre 10h52 e 10h56. Já em 13 de julho, o relatório aponta que houve quinze depósitos em seis minutos.

O Jornal Nacional informou que o Coaf não identificou quem fez os depósitos e que há suspeita de que o fracionamento do valor foi uma tentativa de ocultar a origem do dinheiro. Segundo o telejornal, o documento diz, com base em uma circular do Banco Central que trata de lavagem de dinheiro, que pode ter havido “a realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para a burla da identificação dos responsáveis ou dos beneficiários finais”.

Há a suspeita de que havia no gabinete do então deputado estadual a prática que consiste em funcionários “devolverem” parte do salário ao chefe. VEJA revelou que sete servidores que passaram pelo gabinete de Flavio na Alerj transferiram 116.556 reais para a conta de Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flavio, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017.

O telejornal afirma também que o novo relatório do Coaf foi pedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro a partir das investigações deflagradas com base em um relatório anterior, que analisava transações financeiras de servidores da Alerj. O primeiro documento apontou 1,2 milhão de reais em transações atípicas de Queiroz, que passou a ser investigado.

A solicitação do MPRJ teria sido feita no dia 14 de dezembro e atendida pelo Coaf em 17 de dezembro, um dia antes da diplomação de Flavio como senador.

O inquérito do MP fluminense foi suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que atendeu a uma reclamação do próprio Flavio. O senador eleito alegou que cabe ao STF decidir onde ele deve ser investigado, uma vez que passou a ter foro privilegiado – o Supremo decidiu em 2018 que a prerrogativa só vale para supostos crimes cometidos durante e em razão do mandato. Até então, o filho de Bolsonaro vinha dizendo que apenas seu ex-assessor era alvo do MPRJ.

Flavio Bolsonaro também alega que a promotoria do Rio de Janeiro pediu acesso a dados sigilosos dele depois de ter sido diplomado e, por isso, usurpou a competência do STF. O senador eleito solicita ao Supremo a anulação das provas.

A decisão definitiva sobre a apuração será tomada pelo ministro Marco Aurélio Mello, sorteado relator da reclamação de Flavio no STF, depois do fim do recesso do Judiciário, em 1º de fevereiro. Em entrevista a VEJA, Marco Aurélio indicou que não atenderá a esse pedido.

Em entrevista à RecordTV, na noite desta sexta-feira, Flavio Bolsonaro disse que o Ministério Público do Rio de Janeiro quebrou seu sigilo bancário de maneira ilegal.

“Teve quebra de sigilo, tá lá a movimentação, quanto entrou na minha conta, quanto eu gastei de cartão de crédito, quanto saiu, quanto eu recebi de salário. Pera aí, eu estou sendo investigado desde meados do ano passado. O Ministério Público não tem que me informar que eu sou investigado, mas a partir do momento que me trazem pra dentro disso e me omitem, ocultam qual é a verdadeira situação, de que eu estava sendo investigado, é uma contradição. Até então, o Ministério Público vinha dando declarações de que eu não era investigado, que era só meu ex-assessor. Quando a gente pega os autos, vê que eles estão mentindo”, afirmou o senador eleito.