quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Datafolha revela que eleitor entrou em parafuso


A pouco mais de oito meses da eleição presidencial de 2018, o futuro político do Brasil está nas mãos dos eleitores desanimados (votos brancos), irados (votos nulos) e desnorteados (indecisos). Juntos, eles somam 36% do eleitorado no principal cenário sem Lula, revela o Datafolha. É o dobro do percentual atribuído ao líder provisório Bolsonaro (18%). A legião dos sem candidato é quase equivalente aos 39% amealhados pelos quatro potenciais presidenciáveis que se acotovelam no pelotão secundário: Marina (13%), Ciro (10%), Alckmin (8%) e até Huck (8%). É coisa jamais vista desde a redemocratização.

Diante de uma conjuntura assim, tão perturbadora, é impossível fazer prognósticos. Mais de um terço do eleitorado revela-se incapaz de confiar nos candidatos. E há males que vêm para pior: os candidatos revelam-se incapazes de inspirar confiança. Na Era da Lava Jato, uma das características fundamentais da dificuldade de julgamento do eleitorado é ter que ouvir os políticos para chegar à conclusão de que a maioria não tem nada a dizer. Afora a deficiência de caráter, o principal déficit localiza-se entre as orelhas dos presidenciáveis.

A pesquisa trouxe uma má notícia para Bolsonaro. Embora continue na primeira colocação, o ''fenômeno'' parou de crescer. Um sinal de que a empulhação tem limites. A sondagem forneceu uma boa notícia para o PT. O potencial de transferência de votos de Lula caiu. Mas 27% dos pesquisados ainda declaram que o apoio do condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia “com certeza” influenciaria seu voto. Outros 17% dizem que “talvez” escolhessem um candidato indicado por Lula. Significa dizer que não são negligenciáveis as chances de o ex-mito colocar um poste no segundo turno. Evidência de que ainda sobra matéria prima para a fabricação de tolos.

Bolsonaro continuará murchando? Lula eletrificará mais um poste desde a cadeia? Quantos votos do futuro presidiário petista migrarão para Marina. Quantos serão herdados por Ciro? Quem emergirá como alternativa viável do centro? Com a palavra os eleitores desanimados, irados e desnorteados. O futuro da eleição presidencial pertence aos sem candidato.

Submetido à podridão revelada pela Lava Jato, o eleitor brasileiro entrou em parafuso. Para complicar, os candidatos rodam como roscas espanadas. Não saem do lugar. Exibem poucas ideias. Muitas são ruins. Outras nem são deles. Os que falam de improviso passam a impressão de que procuram as ideias desesperadamente —mais ou menos como um cachorro que escondeu o osso e esqueceu a localização do esconderijo.


Por Josias de Souza

MPF pede pena de homicida para Bendine: ‘corrupção mata’



O Ministério Público Federal pediu ao juiz Sergio Moro que o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine seja condenado a 30 anos de prisão por práticas de corrupção.

Na mesma ação penal, os procuradores também pediram a condenação de Marcelo Odebrecht, Fernando Ayres, André e Antônio Carlos Vieira da Silva e Álvaro Novis.

“Embora pareça, em primeira análise, uma pena rigorosa, ela não é, pois o seu parâmetro, além de tomar em conta a probabilidade de punição, deve ser a pena do homicídio, porque a corrupção de altos valores mata”, escreveu o MPF.

Segundo os procuradores, a situação de Bendine se agrava pelo fato dele ter ido à petrolífera com a missão de combater práticas criminosas.

“Assim, se entendêssemos que uma punição adequada para um crime de corrupção é de 10 anos de prisão, mas a probabilidade de punição para alguém que o pratica é de 33%, a pena, para ser um fator real de desestímulo, deve ser de 30 anos de prisão”, disseram os procuradores.

Radar.online

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CÁRMEN LÚCIA DESCARTA REVISAR PRISÃO APÓS SEGUNDA INSTÂNCIA



A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, disse que se a Corte utilizar o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para revisar a decisão sobre prisão após segunda instância seria "apequenar" o tribunal. As declarações foram dadas em um jantar promovido pelo portal Poder360 com empresários e jornalistas na noite de segunda-feira, 29.

"Não sei por que um caso específico geraria uma pauta diferente. (Analisar o tema por Lula) Seria apequenar muito o Supremo. Não conversei sobre isso com ninguém”, afirmou Cármen Lúcia. 

Na semana passada, o Tribunal Regional da 4ª Região recusaram os recursos de Lula, de sua condenação na primeira instância a 9 anos e seis meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro. Por unanimidade, os três desembargadores confirmaram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e um mês.

Em 2016, o STF permitiu a execuação da pena após a condenação na segunda instância. No caso de Lula, cabe ainda um recurso, chamado de embargo de declaração, depois ele já poderia começar a cumprir sua pena.

A presidente do Supremo disse, contudo, que em fevereiro o tema não estará na pauta da Corte. E a previsão é a mesma para março - também não deve ser retomada a discussão.

No ano passado, ministros do STF deram declações indicando que o Supremo pode rever a decisão. Dentre eles, Gilmar Mendes - que, à época, foi voto decisivo para a decisão, mas hoje indica ter mudado de ideia.

O pleno do Supremo já havia analisado também a questão em 2009. Ontem, durante o encontro, Cármen lembrou que votou da mesma forma nas duas vezes.“Votei igual duas vezes (pela permissão da prisão em 2ª instância). Em 2009 fui voto vencido, em 2016, fui voto vencedor”, disse.

JUSTIÇA DE PORTUGAL MANDA EXTRADITAR INVESTIGADO PELA LAVA JATO



A Justiça de Portugal confirmou hoje (29) a extradição do empresário Raul Schmidt, preso em março de 2016 na primeira fase da Operação Lava Jato, para o Brasil. A decisão do Tribunal Constitucional permitirá que Schmidt, que é brasileiro nato e foi naturalizado cidadão daquele país, possa responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em território brasileiro.

Com a decisão, caberá às autoridades policiais de Portugal iniciar as buscas pelo empresário, que aguardava em liberdade o desfecho do processo de extradição. A extradição também deverá respeitar algumas condições impostas, como a imputação de crimes que ocorreram antes da obtenção da nacionalidade portuguesa, fato que ocorreu em dezembro de 2011.

O empresário é investigado pelo pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras.

As informações foram divulgadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), um dos órgãos que atuou na efetivação da extradição, além da Advocacia-Geral da União (AGU).

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Fundo público eleitoral dá mais dinheiro a 21 partidos


786 urnas eletrônicas tiveram que ser substituídas

A criação de um fundo eleitoral bilionário com dinheiro público para bancar campanhas vai possibilitar que as direções partidárias de 21 das 32 legendas que participaram da eleição de 2014 tenham mais dinheiro no caixa de seus diretórios este ano na comparação com o que tiveram à época, quando a doação de empresas ainda era permitida. A lista é composta por partidos médios e pequenos. Entre eles, o PRB receberá a maior diferença: 56,8 milhões de reais a mais em 2018, seguido por PDT (53,9 milhões de reais a mais) e PR (36,2 milhões de reais).

Já os partidos maiores, como PT, PMDB e PSDB, mesmo ficando com a mais significativa fatia do bolo do fundo eleitoral, levarão desvantagem em relação ao que receberam em 2014 – a eleição mais cara da história, segundo dados da ONG Transparência Brasil (cerca de 5 bilhões de reais em valores da época).

Os números reforçam a análise de que a reforma política aprovada no ano passado favoreceu as cúpulas partidárias, que terão ainda mais poder sobre as candidaturas. Isso porque, pelas regras, num cenário geral de menos recursos para as campanhas, caberá à comissão executiva de cada partido definir como será a divisão interna do fundo eleitoral entre seus candidatos.

O levantamento feita pela reportagem, com base nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), compara apenas as doações feitas em 2014 aos partidos com o fundo eleitoral, sem computar recursos enviados diretamente para os candidatos. Os valores foram corrigidos pela inflação do período. Quando somadas todas as doações eleitorais, inclusive as que foram diretamente aos candidatos, o número de partidos que terão mais recursos neste ano cai para cinco: PRB, Podemos (ex-PTN), PSOL, PCB e PCO.

Embora admita que as grandes legendas ainda continuam com uma vasta vantagem em relação às demais, o diretor executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino, diz que o financiamento público eleitoral deverá reduzir o “abismo” que sempre existiu em relação aos valores disponíveis para as campanhas.

“Proporcionalmente, esses partidos menores serão beneficiados, porque antes recebiam poucos recursos de empresas, era mais de outros partidos. Com a proibição de doação de empresas, eles não perderam, pois, além do que vão receber do fundo eleitoral, continuam podendo vender seu tempo de TV, sua aliança, em troca de mais dinheiro”, afirma o diretor da Transparência.

O financiamento empresarial de campanhas foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015. Como alternativa para bancar candidaturas, parlamentares aprovaram no ano passado a criação do fundo eleitoral, que terá 1,71 bilhão de reais e será abastecido com recursos do Orçamento. A exemplo do que ocorreu nas eleições municipais de 2016, a doação de pessoa física também será permitida neste ano.

Restrições

Dos que vão receber mais do fundo do que o total arrecadado em 2014, PSOL, PCB e PCO tinham restrições a doações empresariais. O PSOL, que mais arrecadou entre os três, teve 12,7 milhões de reais ao todo e, neste ano, terá 21 milhões de reais para distribuir entre candidatos. PCB e PCO terão a fatia mínima do bolo do fundo: 980.700 reais.

“Não há dúvida de que os valores em si vão trazer uma pequena correção desse grande desequilíbrio que foram as últimas eleições no Brasil. Se você não quisesse pegar dinheiro de grandes empresários, como é o caso do PSOL, você tinha uma capacidade de competição muito reduzida”, diz o presidente nacional da sigla, Juliano Medeiros.

Apesar de reconhecer que o partido terá melhores condições na disputa deste ano, Medeiros afirma que a legenda mantém a posição contrária ao fundo. “O PSOL nunca teve essa quantidade de recursos, vai ser inédito para a gente. Mas não estamos comemorando, continuamos sendo críticos (ao fundo público eleitoral).

Já o Podemos, que em 2014 ainda se chamava PTN, terá cerca de 6 milhões de reais a mais, com 36,1 milhões de reais reservados para as campanhas. O partido passou por uma repaginação no ano passado e aumentou sua bancada tanto na Câmara dos Deputados – passou de quatro para 14 parlamentares -, quanto no Senado – não tinha nenhum representante na Casa e agora tem três.

Esse reforço nas bancadas, segundo a presidente do partido, a deputada federal Renata Abreu (SP), justifica os recursos a mais. “Se pensar em gasto proporcional, temos uma economia, não um incremento. Não dá para comparar o PTN de 2014 com o Podemos de 2018.”No PRB, o presidente do partido, o ex-ministro Marcos Pereira, diz que, mesmo com mais recursos neste ano, as campanhas políticas serão “modestas”. “O PRB só teve, em 2014, uma candidatura majoritária, que foi a do (Marcelo) Crivella para governador do Rio. Outros partidos tiveram candidaturas aos governos estaduais, senadores e presidente da República. Candidaturas majoritárias é que encareciam as eleições passadas” afirma o dirigente.

Veja.com

PT MUDOU DE IDEIA SOBRE LEI DA FICHA LIMPA: TEMPOS (E LADRÕES) SÃO OUTROS


NA SESSÃO QUE APROVOU A LEI DA FICHA LIMPA, EM MAIO DE 2010,
TODOS PARECIAM FELIZES, TUCANOS E PETISTAS COMO O RELATOR
DO PROJETO, JOSÉ EDUARDO CARDOZO (NO ALTO À ESQUERDA)

O projeto da Lei da Ficha Limpa só foi adiante porque os partidos de “esquerda” (PT, Psol, PDT etc), no poder com Lula, vendiam a ideia de que só havia ladrões na “direita” e se apropriaram da iniciativa. A lei foi sancionada pelo então presidente Lula em 2010. Agora que Lula é apontado o chefe da quadrilha que mais roubou o Brasil, para aqueles partidos a Lei da Ficha Limpa já não é assim tão importante. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O PT percebeu que a Lei da Ficha Limpa poderia atingir adversários como o ex-governador do DF Joaquim Roriz, por isso a viabilizou.

Projeto de iniciativa popular, a Ficha Limpa foi relatada pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), ele mesmo, o advogado de Dilma.

Se antes PT & Cia pregavam a Lei da Ficha Limpa, agora tentam articular no Congresso e até na Justiça uma forma de neutralizá-la.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

JUIZ PROÍBE LULA DE DEIXAR O PAÍS E MANDA RECOLHER SEU PASSAPORTE



O ex-presidente Lula, está proibido de deixar o País por decisão do juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara no Distrito Federal, que ainda determinou a apreensão do passaporte político cuja condenação à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro foi confirmada ontem pelo TRF-4.

O juiz Ricardo Leite atendeu a solicitação do Ministério Público Federal (MPF) na ação penal que investiga Lula por tráfico internacional de influência, no favorecimento da empreiteira Odebrecht em obras financiadas pelo BNDES no exterior, e lavagem de dinheiro na compra dos caças da empresa sueca Saab.

A decisão não tem relação com a manutenção da condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no julgamento de ontem. Trata-se de uma medida no âmbito do julgamento de pagamento de propina no caso que envolve a compra dos novos aviões caça da Força Aérea Brasileira junto à empresa sueca Saab.

Lula tem viagem marcada para a Etiópia para evento sobre fome e corrupção na África, mas a PF ainda não comentou sobre quando se dará o cumprimento da decisão judicial.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Decisão sobre Lula pressiona STF sobre prisão em 2ª instância


Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nos próximos dois meses o mérito de duas ações que discutem a possibilidade de execução de pena, incluindo prisão, após condenação em segunda instância. No Tribunal, a avaliação é de que o resultado do julgamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) pressiona os ministros a se posicionar novamente sobre o assunto.

Três ministros ouvidos já apostavam que o TRF4 manteria a condenação imposta pelo juiz federal Sergio Moro ao ex-presidente no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Para um deles, a pressão sobre a Corte estava colocada desde dezembro do ano passado, quando o ministro Marco Aurélio Mello pediu à presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, a inclusão na pauta das duas ações, do Partido Ecológico Nacional (PEN) e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pedem a suspensão da execução antecipada da pena após decisão em segunda instância. O Supremo ainda não analisou o mérito dessas duas ações.

Marco Aurélio é o relator de duas ações nas quais o STF firmou, em outubro de 2016, o entendimento de que é possível iniciar o cumprimento de pena após a condenação em segunda instância. O ministro foi voto vencido na época. Agora as ações estão liberadas para serem julgadas no mérito pelo plenário da Corte.

O ministro lembrou do placar “apertado” em 2016. “Foi 6 a 5. Será que nós cinco estávamos tão errados?”, questionou o ministro. “E, se o tribunal evoluir, vai evoluir em boa hora”, disse. Marco Aurélio disse considerar melhor que o STF decida o “quanto antes” sobre as ações. Elas agora têm como pano de fundo o destino do petista.

Repercussão

Para o ministro, uma eventual prisão de Lula serviria para incendiar o Brasil. “Eu duvido que o façam, porque não é a ordem jurídica constitucional. E, em segundo lugar, no pico de uma crise, um ato deste poderá incendiar o país”, afirmou Marco Aurélio.

Outro integrante da Corte, ouvido sob a condição de anonimato, observou que o Supremo já decidiu três vezes sobre a possibilidade de execução de pena após condenação em segundo grau e “tribunais constitucionais normalmente decidem o tema uma única vez e todo mundo respeita”.

Uma eventual mudança no entendimento do Supremo é vista com receio por integrantes do Ministério Público Federal (MPF). Procuradores disseram acreditar que uma revisão na posição da Corte pode atrapalhar investigações e desestimular a colaboração com a Justiça de investigados ou acusados.

A primeira sessão plenária do Supremo neste ano está marcada para o próximo dia 1º, quando os ministros retornarão do recesso do Judiciário. Cabe à ministra Cármen Lúcia, na condição de presidente do Tribunal, elaborar as pautas de julgamento e alterá-las ao longo da semana, incluindo novos processos.

Na Veja

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Em decisão unânime, tribunal condena Lula em 2ª instância e aumenta pena de 9 para 12 anos


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Por unanimidade, os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) votaram nesta quarta-feira (24) em favor de manter a condenação e ampliar a pena de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).

Votaram no julgamento o relator do processo, João Pedro Gebran Neto, o revisor, Leandro Paulsen e o desembargador Victor dos Santos Laus.

Em julgamento na sede do tribunal, em Porto Alegre, os dois desembargadores se manifestaram em relação ao recurso apresentado pela defesa de Lula contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão determinada pelo juiz federal Sérgio Moro, relator da Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba. Lula se diz inocente.

Os dois desembargadores decidiram ampliar a pena para 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado. O cumprimento da pena se inicia após o esgotamento de recursos que sejam possíveis no âmbito do próprio TRF-4.

RESUMO

Dois dos três ministros da 8ª Turma do TRE-4 votaram por manter a condenação e ampliar a pena de prisão de Lula. em relação à sentença do juiz federal Sérgio Moro. Falta o voto do terceiro desembargador.

Desembargadores consideraram em seus votos que: 1) Lula recebeu propina da empreiteira OAS na forma de um apartamento triplex no Guarujá; 2) a propina foi oriunda de um esquema de corrupção na Petrobras; 3) o dinheiro saiu de uma conta da OAS que abastecia o PT em troca de favorecimento da empresa em contratos na Petrobras; 4) embora não tenha havido transferência formal para Lula, o imóvel foi reservado para ele, o que configura tentativa de ocultar o patrimônio (lavagem de dinheiro); 5) embora possa não ter havido "ato de ofício", na forma de contrapartida à empresa, somente a aceitação da promessa de receber vantagem indevida mediante o poder de conceder o benefício à empreiteira já configura corrupção; 6) os fatos investigados na Operação Lava Jato revelam práticas de compra de apoio político de partidos idênticas às do escândalo do mensalão; 7) o juiz Sérgio Moro – cuja imparcialidade é contestada pela defesa – era apto para julgar o caso.

A defesa do ex-presidente nega as acusações: 1) diz que ele não é dono do apartamento; 2) que não há provas de que dinheiro obtido pela OAS em contratos com a Petrobras foi usado no apartamento; 3) que, de acordo com essa tese, Moro, responsável pela Lava Jato, não poderia ter julgado o caso; 4)que o juiz agiu de forma parcial; 5) que Lula é alvo de perseguição política.

Confirmado o resultado do julgamento após o voto do terceiro desembargador e a proclamação do resultado, 1) Lula não será preso de imediato; eventual prisão só depois de esgotados os recursos ao tribunal; 2) Defesa pode recorrerao STJ e ao STF para tentar reverter condenação, a depender do último voto no TRF-4; 3) PT poderá registrar candidatura de Lula a presidente; 4)candidatura poderá ser mantida enquanto houver recursos pendentes contra a condenação; 5) TSE é que decidirá se ele ficará inelegível.

Lula foi acusado pelo Ministério Público de receber propina da empreiteira OAS. A suposta vantagem, no valor de R$ 2,2 milhões, teria saído de uma conta de propina destinada ao PT em troca do favorecimento da empresa em contratos na Petrobras.

Segundo o MP, a vantagem foi paga na forma de reserva e reforma do apartamento no litoral paulista, cuja propriedade teria sido ocultada das autoridades. Um dos depoimentos que baseou a acusação do Ministério Público e a sentença de Moro é o do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, também condenado no processo.

Além de Lula, também foram julgados Léo Pinheiro (presidente afastado da OAS); Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula); Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Gordilho, Fabio Hori Yonamine, Roberto Moreira Ferreira (diretores da OAS).

AS PENAS APLICADAS PELO TRF-4
RÉUPENA DE PRISÃO
Luiz Inácio Lula da Silva12 anos e 1 mês
Léo Pinheiro3 anos e 6 meses
Agenor Medeiros1 ano e 10 meses
Paulo OkamottoAbsolvido
Paulo Roberto GordilhoAbsolvido
Fabio Hori YonamineAbsolvido
Roberto Moreira FerreiraAbsolvido

A condenação pelo TRF-4, tribunal de segunda instância, confirma sentença proferida em julho do ano passado por Moro na primeira instância. 

Lula não será preso de imediato. Antes mesmo do julgamento, o TRF-4 já havia anunciado que só haverá prisão depois de se esgotarem todas as possibilidades de recurso no tribunal. 

A decisão dificulta, mas não impede, a candidatura de Lula à Presidência na eleição deste ano. Mas o registro da candidatura dependerá de uma manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Íntegra no G1

"Lamentavelmente, Lula se corrompeu", diz procurador em julgamento


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Em sua manifestação à 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o procurador regional Mauricio Gotardo Gerum, represente do MPF (Ministério Público Federal) na segunda instância, rejeitou a tese de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja alvo de um processo político. "Se esta Corte absolver o ex-presidente, a Justiça será feita. Se mantiver a condenação, a Justiça também será feita."

O procurador disse, porém, que os crimes foram "suficientemente provados" e não tiveram como base "a figura política de Lula". "O processo penal é um jogo de prova contra prova. Isso não é feito com base em ilações", declarou.

Gerum disse considerar "muito difícil de acreditar" que o esquema de corrupção na Petrobras "passasse ao largo de um presidente da República".

Segundo ele, "quando pensamos no presidente Lula, com toda sua inteligência, perspicácia e inteligência política, essa dificuldade fica muito maior". O procurador ainda lamentou: "Lula se corrompeu".

O procurador avalia que há uma "tropa de choque" em defesa de Lula que acha mais fácil dizer "que não há provas, que o processo é político".

"O processo judicial não é um processo parlamentar. A truculência dessa tropa de choque está próxima de configurar o crime de coação", declarou.

Parlamentares petistas e aliados de Lula têm reforçado, desde que o ex-presidente foi alvo de condução coercitiva, em 4 de março de 2016, que ele seria alvo de perseguição do Judiciário e da mídia.

Gerum, assim como já havia feito no aparecer em que indicou que a pena de Lula deveria ser ampliada, defendeu a Justiça brasileira.

"Estamos falando aqui em um poder Judiciário construído às luzes da Constituição Federal de 1988. Ninguém aqui tem menos de 20 anos de história de atuação na Justiça".

Ao encerrar a manifestação da acusação, Gerum citou um trecho do livro "Crime e Castigo", do escritor russo Fiódor Dostoiévski, que fala do "verdadeiro Soberano a quem tudo é permitido".

"O verdadeiro Soberano toma Toulon de assalto, faz uma carnificina em Paris, esquece um Exército no Egito, sacrifica meio milhão de homens na campanha de Moscou e se safa de Vilna com uma piada. E depois de morto constroem-se altares para ele, e assim tudo é permitido. Não, pelo visto essas pessoas não são feitas de carne, mas de bronze!".

Após citar o trecho, Gerum disse: "Em uma República, excelência, todos os homens são de carne."

Gerum foi o segundo a falar na sessão de julgamento, que avalia a apelação de Lula contra a sentença em que foi condenado a noves anos e meio de prisão pelo juiz Sergio Moro, em 12 de julho de 2017.

Caso a 8ª Turma confirme a condenação do ex-presidente, Lula poderá ficar impedido de disputar a eleição presidencial, marcada para 7 de outubro, em função da Lei da Ficha Limpa.

O ex-presidente é pré-candidato do PT ao Planalto e lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Uma decisão contrária a Lula também poderá levar o TRF-4 a ordenar a execução da pena de prisão.

Por UOL

Defesa de Lula diz que Moro criou acusação e pede nulidade do processo


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O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quarta-feira (24) durante o julgamento do caso do tríplex que o juiz Sergio Moro criou uma nova acusação contra o petista, diferente da denúncia do MPF (Ministério Público Federal).

A defesa pediu a nulidade do processo. Segundo Zanin, Moro não teria competência para julgar o caso porque não haveria relação entre os três contratos da OAS com a Petrobras que teriam servido como contrapartida à suposta propina paga a Lula.

"Os três contratos foram esquecidos. Criou-se aqui uma nova acusação", disse. "O juiz não pode criar uma nova acusação só para condenar o réu."

O advogado também voltou a criticar a suposta parcialidade de Moro, a quem acusou de agir politicamente no processo ao autorizar a divulgação de conversas telefônicas entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Zanin alegou ainda que a defesa foi cerceada por ter seus pedidos de produção de provas negado.

"Não há uma prova pericial feita com o objetivo de identificar o caminho do dinheiro. Isso acarreta a nulidade do processo", afirmou.

Para Zanin, o MPF "abusou" do direito de acusar e mencionou novamente a apresentação da denúncia contra Lula no caso do tríplex, em que procuradores apresentaram um PowerPoint que considerava o ex-presidente como chefe do esquema de corrupção na Petrobras.

"O poder do Estado tem um limite e não pode ser utilizado desta forma", afirmou.

Do UOL

“Não há dúvidas que a Petrobras foi vítima de uma organização criminosa”, diz advogado da companhia


Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4

Falando como assistente de acusação no processo que levou à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado da Petrobras, René Ariel Dotti, defendeu a manutenção da sentença do juiz federal Sérgio Moro, que condenou Lula a nove anos e meio de prisão. O advogado reforçou a posição da companhia como vítima dos crimes de corrupção e disse que a condenação dos réus é emblemática no cenário de luta contra a corrupção no Brasil.

“O caso tem provas diretas e indiretas, que são os indícios que valem também para a condenação. Esse processo revela duas ilhas de um grande arquipélago de ilicitudes, uma cadeia de provas irresistível à mais simples lógica”, argumentou.

Sem entrar em detalhes do processo, Dotti afirmou que “não há dúvidas que a Petrobras foi vítima de uma organização criminosa, complexa e profissional. Com audácia nas iniciativas e eficiência no sigilo, tornando imprevisível”.

Dotti finalizou citando Aristóteles: “A esperança é o sonho do homem acordado e a esperança de hoje é condenação desses réus para absoluta necessidade do povo brasileiro”.

UOL

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Militar pesa 16 vezes mais no rombo da Previdência que segurado do INSS


Reforma da Previdência

O rombo na Previdência atingiu a marca recorde de R$ 268,8 bilhões em 2017, justamente um ano marcado por sucessivos adiamentos na votação da reforma proposta pelo governo para endurecer regras de aposentadoria e pensão no País. O déficit é 18,5% maior do que em 2016 e inclui os regimes do INSS e dos servidores da União. Os dados foram revelados ontem pelo governo e mostram que a Previdência dos servidores segue tendo um peso proporcional maior nas contas. Um beneficiário militar federal, por exemplo, custa 16 vezes mais do que um segurado do INSS.

O chamado déficit per capita anual dos militares ficou em R$ 99,4 mil no ano passado, contra R$ 6,25 mil no INSS. Entre os servidores civis da União, a necessidade de financiamento do rombo também é mais elevada, de R$ 66,2 mil. Os dados foram calculados com base no déficit de 2017 e no número de beneficiários de 2016, já que não há dados mais recentes sobre a quantidade de benefícios em todos os regimes.

Em termos absolutos, o déficit na Previdência aumentou R$ 41,9 bilhões no ano passado. Para o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, o resultado lança mais um alerta sobre a necessidade de aprovar a reforma. Segundo ele, sem o enfrentamento do problema, o Brasil poderá viver uma situação semelhante ao que aconteceu com a Grécia e Portugal, onde a solução acabou sendo a redução dos benefícios.

Decisão de Cármen Lúcia irrita Planalto; aliados de Temer falam em risco de crise institucional



A decisão da ministra Cármen Lúcia de suspender a posse de Cristiane Brasil (PTB) no Ministério do Trabalho desencadeou reações extremadas no Planalto. Michel Temer se reuniu nesta segunda (22) com ministros e assessores. Pelos relatos, o governo está disposto a subir um tom. Auxiliares do emedebista citam risco de crise institucional. Dizem que a sentença foi política e que há elementos para afirmar que o STF está interferindo no Executivo, cassando competências do presidente.

O governo vai esperar que Cármen Lúcia reexamine o caso antes de partir para o embate. Juristas avaliam que a ministra foi esperta ao barrar a posse de Brasil suscitando uma questão técnica, sem tocar o mérito da ação. Ela terá que lançar mão de um raciocínio complexo para embasar a suspensão constitucionalmente.

Integrantes de cortes superiores afirmam que, se Cármen Lúcia mantiver a decisão que travou a posse de Brasil, estará sinalizando que um juiz de primeiro grau pode cassar um ato do presidente, mas o STJ, não.

Aliados de Temer vitimizaram Cristiane Brasil e chegaram a dizer que, ao vetar o ingresso dela no ministério, o Supremo está, na prática, cassando direitos políticos.

A bancada do PTB na Câmara está menos solidária. Começou a pressionar o presidente do partido, Roberto Jefferson, a indicar um nome técnico para o posto.

Por Folha/Painel

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Cinco brasileiros têm riqueza equivalente à de 50% da população


Bilionários brasileiros
Jorge Paulo Lemman, Joseph Safra, Marcel Herrmann Telles,
 Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin têm o equivalente
 a metade das riquezas da população nacional, segundo a Oxfam

Cinco brasileiros concentravam em 2017 riquezas equivalente à da metade da população mais pobre do Brasil, segundo dados de levantamento da Oxfam divulgados nesta segunda-feira. O documento diz que que houve um aumento histórico no número de bilionários no mundo no ano passado: um a mais a cada dois dias.

No país, as cinco pessoas que mais têm patrimônio são, respectivamente: Jorge Paulo Lemman, 77, sócio da 3G Capital, Joseph Safra, 78, do Banco Safra, Marcel Herrmann Telles, 67, e Carlos Alberto Sicupira, 69 – ambos também da 3G Capital – e Eduardo Saverin, 35, ex-Facebook.

O Brasil ganhou 12 bilionários a mais no período, passando de 31 para 43. “Isso significa que há mais pessoas concentrando riqueza. A gente não encontrou ainda um caminho para enfrentar essa desigualdade”, disse Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

O patrimônio dos bilionários brasileiros alcançou 549 bilhões de reais no ano passado, um crescimento de 13% em relação a 2016. Por outro lado, os 50% mais pobres tiveram a sua fatia na renda nacional reduzida de 2,7% para 2%. Um brasileiro que ganha um salário mínimo precisaria trabalhar 19 anos para ganhar o mesmo que recebe em um mês uma pessoa enquadrada entre o 0,1% mais rico.

“O Brasil chegou a ter 75 bilionários, depois caiu, muito por causa da inflação, e depois, nos últimos três anos, a gente viu uma retomada no aumento do número de bilionários. Esse último aumento – de 12 bilionários – é o segundo maior que já houve na história. E o patrimônio geral também está aumentando”, afirmou Rafael Georges, coordenador de campanhas da entidade.

No mundo, o total de bilionários chegou a 2.043, segundo o levantamento da Oxfam. A instituição calcula que o 1% mais rico no planeta acumulou, pela primeira vez no ano passado, mais da metade de todo o patrimônio mundial.

Veja.com

ISTO É SUSPEITO: 80% DOS SORTEIOS DA MEGA-SENA NÃO TÊM VENCEDOR



Aumentaram as suspeitas envolvendo os sorteios da Mega-Sena pelo insustentável sigilo dos nomes dos ganhadores: levantamento indica que 80% dos sorteios de 2017 não tiveram ganhador. Dos 110 concursos no ano passado, apenas 22 tiveram acertadores (nas seis dezenas). A maioria dos prêmios sai após cinco acúmulos, em média. Em 2018, o primeiro pagamento saiu apenas no quarto sorteio. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Ao todo, foram 43 apostas vencedoras da Mega-Sena durante todo o ano passado, 17 só na Mega da Virada. Nenhum nome foi divulgado.

Na Mega da Virada houve três apostas vencedoras na mesma lotérica. A Caixa jura que o problema foi “validação” de um bilhete três vezes.

Cerca de 10% do prêmio não são pagos nos sorteios de forma alguma e acumula até cinco vezes antes de ser pago em concursos específicos.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Defesa de Cabral se diz ‘estarrecida’ com algemas


Ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que foi transferido do presídio de Benfica, chega ao IML de Curitiba (PR) para exame de corpo de delito

A defesa de Sérgio Cabral protestou contra o uso de algemas no ex-governador na manhã desta sexta (19).

Cabral foi Instituto Médico-Legal de Curitiba, onde passou por avaliação médica. Em seguida, ele foi para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana.

“Sérgio Cabral está proibido de falar, com pés e mãos algemados. Esqueceram apenas de colocar o capuz e a corda. A defesa está indignada e estarrecida com tamanho espetáculo e crueldade”, disse a defesa.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Militante que ameaçou juízes do caso Lula é enquadrado pela PF



A cinco dias do julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula, os ânimos estão acirrados entre os militantes de esquerda – que têm radicalizado em seus discursos, seja nas redes sociais ou em mensagens de celulares. A Polícia Federal identificou um desses manifestantes. Num áudio enviado pelo WhatsApp, Urias Fonseca Rocha, ex-candidato a vereador pelo PCdoB em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, dizia o seguinte: “Se Lula for condenado, temos que brigar até as últimas consequências. Se precisar guerrear, nós temos que guerrear, nós temos que lutar. Nós temos que ir pra rua, ir pro pau. Nós temos que lutar. Talvez, quem sabe, até guerrilha. Montar guerrilha, começar a estourar cabeça de coxinha, de juiz, né, mandar esses golpistas para o inferno (…) Se nós precisar derrubar o prédio, tem que derrubar. Se precisar lutar, tem que lutar. Se precisar pegar cada um daqueles juízes depois da condenação, tem que pegar”.

Diante dessa ameaça, a Polícia Federal instaurou um inquérito, ao qual VEJA teve acesso. Chamado a prestar depoimento, Urias Rocha confirmou a autoria e o teor da gravação, mas disse que é contra “qualquer tipo de violência”. Ele confessou que pretendia comparecer ao julgamento em Porto Alegre mas acabou desistindo da ideia quando o seu áudio começou a circular em grupos de WhatsApp. O militante, suspenso do partido comunista ao qual era filiado, não foi indiciado pela PF, porque os investigadores entenderam que se tratava de “crime de menor potencial ofensivo”. A multiplicação desse tipo de ameaça, seja ela mera bravata ou não, se deu após dirigentes do PT elevarem o tom de voz contra o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que decidirá o futuro de Lula no próximo dia 24 de janeiro.

Na revista Veja desta semana

Prefeitos cobram R$ 2 bilhões prometidos pelo governo em 2017


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Devido à falta de previsão orçamentária, o governo não liberou até agora os R$ 2 bilhões prometidos para dezembro a prefeitos de todo o país. O dinheiro foi usado como barganha pelo Planalto para negociar e pressionar deputados a votar a favor da reforma da Previdência.

De acordo com a CNM (Confederação Nacional de Municípios), houve resistência da equipe econômica em liberar os recursos sem a indicação de contrapartida do lado das receitas.

Para sinalizar a intenção de cumprir a promessa, o Palácio do Planalto editou uma medida provisória no fim do ano passado autorizando a transferência aos municípios. Mas ainda será preciso enviar um projeto de lei ao Congresso para dizer qual será a origem dos R$ 2 bilhões.

Governo federal e prefeitos esperam que a situação esteja resolvida, no máximo, até o início de março. O Congresso retoma os trabalhos no começo de fevereiro. "O governo tem o compromisso de ajudar os municípios. Nesse sentido, fez um esforço para liberar em dezembro, mas esbarramos na ausência de previsão orçamentária. Não podemos correr o risco de pedalar, de cometer agressões à Lei Orçamentária. Teve uma presidente que caiu um tempo atrás por isso", disse o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo).

Ele se refere à ex-presidente Dilma Rousseff, alvo de impeachment em 2016 por causa das chamadas "pedaladas fiscais". Para Marun, a crise com os prefeitos está "pacificada" e existe "compreensão" por parte deles.

Apesar de negar relação entre a liberação dos recursos e o apoio às mudanças na Previdência, o presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, reconhece que pode haver uma mobilização contra a reforma.

(...)

Leia íntegra na Folha

Cartaz pede Lula na cadeia



Cerca de 30 outdoors com dizeres pedindo “Lula na cadeia” foram instalados em avenidas de grande circulação de Porto Alegre e outras cidades da região metropolitana. Os cartazes são assinados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua.

Iria Cabreira, uma das coordenadoras do Vem Pra Rua no Rio Grande do Sul, explica que a campanha é um ato de apoio ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), “que tem cumprido o seu papel”. Lula será julgado pelo TRF4 no caso do triplex do Guarujá na próxima quarta-feira, 24.

“Temos visto ataques ao trabalho da Justiça e apoio incondicional ao Lula, que já foi condenado em primeira instância. Precisamos mostrar que a população não está conivente com os crimes de corrupção, que o cidadão comum, que está trabalhando e lutando pela sua subsistência quer, sim, acabar com a corrupção e apoia, se for o caso, condenação, prisão, o que for, de qualquer um. Ninguém pode estar acima da lei”, diz Cabreira.

Os outdoors apresentam a imagem de Lula como presidiário, no estilo do Pixuleco, o boneco inflável que ficou conhecido em protestos contra Lula e Dilma. Ao lado, há uma silhueta com o convite: “faça sua selfie aqui”. A ideia era que as pessoas manifestassem seu apoio nas redes sociais, mas o movimento tem dificuldades para mensurar o sucesso da campanha, segundo Cabreira: “Muita gente não compartilha ou tira foto de dentro dos carros, já que em muitas avenidas não é fácil de parar”.

A coordenadora afirma que uma vaquinha foi feita para suprir as despesas com a instalação dos outdoors, porém não informa o valor arrecadado. “Cada um de nós acaba doando, além do tempo, valores para as ações”, resume.

O movimento Vem Pra Rua prepara um ato para a próxima terça, 23, véspera do julgamento de Lula no TRF4. O ponto de encontro será o Parque Moinhos de Vento, o Parcão, local já tradicional das manifestações contra Lula e Dilma em Porto Alegre. O evento no Facebook que convoca para o ato, a partir das 18h, tem menos de uma centena de confirmações.

“Vai ser um evento pequeno, já que consideramos e avaliamos que um evento grande poderia implicar questões de segurança. Será um ato de apoio ao TRF4 e à Justiça, para que continuem fazendo o seu trabalho e que não se tolere ameaças ou intimidações”, explica Cabreira.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Um artigo de Gilmar Mendes em tempo particularmente estúpido



Excelente e oportuno o artigo do ministro Gilmar Mendes, do Supremo, publicado na Folha desta quarta, em defesa do habeas corpus.

Claro! Não me escapa a ironia de que há algo de profundamente errado num país em que um membro da Corte Maior tem de vir a público para falar em favor daquele que é um dos pilares dos regimes democráticos e de direito.

Como lembrou o próprio Mendes, num país em que campeiam corrupção e violência, falar em defesa do habeas corpus — e, pois, dos devidos limites para que o Estado prenda alguém antes da condenação em definitivo — soa quase a provocação. Mas alguém tem de fazê-lo, ainda que seja ele, um ministro da corte suprema. Mesmo que seja eu, apenas um jornalista.

Como explicar ao comum dos mortais, sujeito a todo tipo de autoritarismo e violência, que manter alguém preso deve ser a exceção e que a regra é soltar porque, em essência, a luta realmente relevante é aquela do indivíduo contra o Estado? Se a este se concedem poderes absolutos para prender quem lhe der na telha, é o sistema de direitos individuais que vai para o brejo. Como deixar claro que não é esse o instrumento que conduz à impunidade?

Olhem aqui: com as vítimas de um sistema que consegue juntar exclusão e violência, admita-se, a argumentação é especialmente difícil porque sabemos que o cotidiano brutaliza e empurra as pessoas para as soluções simples e erradas para problemas difíceis.

O que lamento, no entanto, profundamente, é constatar que, nestes dias, a agressão ao modelo de garantias individuais parte mais dos setores identificados com os conservadores, com a “direita”, do que propriamente dos esquerdistas. Ou por outra: os direitos individuais, de que o habeas corpus é o símbolo principal, é o emblema, é hoje tomado como instrumento de impunidade por nossos liberais — falsos e mixurucas —, que, embora se vendam por bom dinheiro, valem uma nota de R$ 3.

Pior: na era em que certos setores acreditam que lhes basta ter um nas mãos um celular para que se tornem sábias, vemos se multiplicar nas redes sociais vídeos em que, em nome da cidadania, vomitam-se impropérios contra o sistema de garantias que nos diz, afinal, que não estamos numa ditadura. Não é fácil enfrentar esses tempos em que o moralismo burro, que chamo de “o túmulo da moral”, tomou o lugar do pensamento. O próprio ministro foi vítima, há dias, de uma agressão inominável.

Nem cabe perguntar se os que expressavam a sua “opinião” contra o habeas corpus se ocuparam minimamente da questão. Era visível que não! E que se note: não se tratava de pessoas esmagadas pela crueldade do cotidiano. Ao contrário. Elas apenas achavam que o ministro tinha de manter presos os indivíduos que elas acham que têm de estar presos — e, por contraste, não duvido, ficariam igualmente iradas se ele decidisse pela prisão daqueles que elas querem soltos… Vivemos tempos em que se quer um sistema judicial movido a quereres e a convicções, pouco importando o arcabouço legal. E, com raras exceções, a atuação da imprensa fica pouco a dever a essa gritaria rasa e estúpida.

Enquanto isso, e sou eu a dizer, não o ministro Gilmar Mendes, o grande sistema, que mantém a exclusão, a violência, a corrupção e a desigualdade — que é o estado gigante e patrão — segue intocado. Pior do que isso: atacar o habeas corpus, por exemplo, e outras garantias da democracia só fortalece o monstro que leva à corrupção que se quer combater. Afinal, como diz Mendes, “A persecução dos criminosos sem o Estado de Direito apenas gera novos crimes.”

Por isso nos faz falta um pensamento realmente liberal: para que não se peça que o algoz colabore com a causa das vítimas.

Por Reinaldo Azevedo

Segue a íntegra do artigo do ministro.

*

Em defesa do habeas corpus

Os juízes têm uma relação paradoxal com a liberdade. De um lado, são defensores da ordem: apenas a ordem escrita e fundamentada de um juiz legitima que alguém seja mantido preso (artigo 5º, LXI, da Constituição). De outro, eles são defensores da liberdade: sempre que a lei admitir a liberdade, a obrigação do juiz é assegurá-la (art. 5º, LXVI, da Constituição).

O Brasil é um país violento e corrupto. A sociedade clama por reação, ainda que simbólica, especialmente em face de crimes de sangue e corrupção. Não é surpresa que as decisões que privilegiam a ordem, determinando o encarceramento, sejam bem vistas pelo público.

Por outro lado, decisões que afirmam a liberdade são impopulares. O juiz também é um membro da sociedade e, como tal, compartilha o sentimento coletivo. Ainda assim, ao determinar a prisão, deve seguir a lei à risca, evitando encarceramento além do necessário.

Dentre outras maneiras, o sistema jurídico manifesta a preferência pela liberdade por meio da ação de habeas corpus (HC), uma via processual prevista constitucionalmente, destinada a assegurar a liberdade, podendo ser proposta por qualquer um do povo para fazer cessar uma prisão indevida.

O habeas corpus é igualmente valorado pelos tribunais, seja ele escrito pelo advogado consagrado, em papel especial timbrado, seja pelo próprio preso —ou seus parentes— em folhas de caderno.

O HC acaba sendo o meio para coibir interpretações equivocadas e mesmo abusos na prisão. Essa característica de defesa da liberdade o torna bastante impopular entre aqueles que pregam a punição desmedida, gerando reações destinadas a limitar sua utilização.

Um dos projetos de lei elaborados pelo Ministério Público Federal na campanha intitulada “Dez Medidas contra a Corrupção” buscava justamente reduzir o poder dos tribunais para conceder habeas corpus. Felizmente, restou rejeitado pela Câmara dos Deputados.

Em outra frente, discute-se a limitação do poder do Supremo Tribunal Federal de conhecer de ações de habeas corpus, por meio de uma nova interpretação da Constituição.

A inovação seria limitar os pedidos da defesa a apenas duas instâncias. Assim, contra decisões de primeira instância caberia habeas corpus ao Tribunal de Justiça e recurso ordinário ao Superior Tribunal de Justiça. O Supremo não poderia ser acionado.

Defendo que a ação de habeas corpus não pode ser limitada. O Brasil tem a terceira população carcerária do mundo, com 726.000 pessoas presas —quase o dobro do número de vagas. Cerca de 40% dos encarcerados não foram julgados em definitivo. Não vamos resolver a impunidade ou a morosidade judicial antecipando penas, muitas vezes injustamente, mas apenas criar novos problemas.

Os presídios servem como agências do crime organizado, verdadeiros escritórios de logística e de recursos humanos das organizações.

Nesse contexto, defender o habeas corpus é defender a liberdade individual, é defender a expectativa de civilidade para todos e cada um, mas também é defender a sociedade contra a propagação desenfreada do crime. A violência e a corrupção não podem ser combatidas fora da lei. A persecução dos criminosos sem o Estado de Direito apenas gera novos crimes.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Bancos se comprometem a reduzir juros no cheque especial, diz BC


O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, argumenta que a nova regra do cartão
 de crédito é exemplo para o cheque especial, porque "permitiu tirar várias pessoas da bola de neve"

Pressionados pelo governo, os bancos assumiram o compromisso de adotar novas regras para o cheque especial com objetivo de reduzir os juros aos clientes. A iniciativa foi revelada nesta terça-feira pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. A ideia é que essa modalidade seja usada por um tempo limite, para evitar que a dívida vire uma bola de neve.

“O cheque especial é um instrumento que tem de ser estudado e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) está avaliando mudanças”, disse Ilan. “A gente está de olho e, às vezes, é bom que o BC não precise editar norma nenhuma e deixe o sistema fazer”, disse. No entanto, segundo ele, se a iniciativa não avançar, o BC adotará medidas para reduzir as taxas.

No ano passado, o governo já havia determinado mudanças nas regras do rotativo do cartão de crédito para evitar o aumento da dívida. Com a mudança, o consumidor só pode fazer o pagamento mínimo de 15% do cartão por um mês. Na fatura seguinte, o banco não pode mais rodar a dívida. Ou o cliente paga o valor total ou precisa parcelar a dívida em outra linha de crédito. Ou seja, a dívida só pode “rodar” uma vez. A restrição foi criada para coibir o uso do rotativo e obrigar os bancos a oferecerem uma solução de parcelamento para o cartão com juros mais baixos.

Agora, para o cheque especial, o governo está propondo uma “autorregulação’. A ideia é também oferecer uma “porta de saída” para o cliente, com alongamento de prazos da dívida e juros menores em um nova modalidade, como o parcelamento no cartão ou no crédito pessoal.

Atualmente, o cheque especial tem o segundo maior juro entre as operações para pessoas físicas. Em novembro, bancos cobraram média de 323,7% ao ano. Isso faz com que o uso de 1.000 reais do limite da conta se transforme em 4.237 reais após um ano. A operação mais cara do sistema financeiro é o crédito rotativo pago em atraso, o chamado “não regular”, cujo juro ficou em 410,4% ao ano em novembro. Essa transação não foi afetada pelas novas regras do cartão de crédito.

Quase um quinto dos clientes usa o cheque especial por várias semanas seguidas. Dos 24,6 bilhões de reais emprestados pelos bancos nessa operação no fim de novembro, 14,2% – cerca de 3,5 bilhões de reais – estavam usando o limite da conta há pelo menos 90 dias seguidos.

Ilan argumenta que a nova regra do cartão de crédito é exemplo para o cheque especial, porque “permitiu tirar várias pessoas da bola de neve” criada pelo uso persistente da operação, o que só aumentava a dívida. “Não é recomendável para ninguém ficar no rotativo mais de um mês, porque você não consegue pagar depois de um tempo. Não é bom para a instituição financeira, nem para o cliente”, diz.

A iniciativa de autorregulação surge após instituições financeiras perceberem migração para o cheque especial de clientes que atingiram o uso máximo de um mês do rotativo do cartão. Nos últimos meses, executivos do setor demonstraram temor de que essa troca de dívidas possa, no limite, só transferir o risco de calote de uma operação para outra. Procurada, a Febraban não se pronunciou.

Outra iniciativa do Banco Central tenta reduzir o custo para o lojista aceitar o cartão de débito. Ilan disse que tem conversado com varejistas e instituições financeiras para tentar baratear o recebimento desse meio de pagamento. A intenção é reduzir o porcentual pago pelo lojista. Em 2016, esse custo ficou, na média, em 1,52% do valor da compra. Apesar do aumento da concorrência, esse porcentual praticamente não caiu: era de 1,58% em 2008. Há bancos que cobram mais de 2% de cada compra para receber no débito.

Na Veja.com

O ano das grandes mentiras


O ano das grandes mentiras

Prepare-se, caro leitor: estamos prestes a entrar em um disputado campeonato de mentiras. No plano político, naturalmente. Não bastassem os caudalosos esquemas de enganação com desvios bilionários, na surdina, do dinheiro público que foi parar no bolso de corjas de larápios partidários. Não fossem suficientes as promessas de campanha de 2014, jamais cumpridas e edulcoradas por filmes que mostravam o paraíso para depois entregar o inferno. Não sobrassem demonstrações de que alguns malfeitores do passado tentarão tudo de novo. Teremos agora talvez a maior e mais perigosa temporada eleitoral movida a “fake news” da história do País. A notícia falsa será desta vez uma arma letal, sem dúvida, e talvez determinante. Tal qual ocorreram nos EUA que produziram Trump e no Brexit da Inglaterra. Espalhar falsas informações para colher simpatizantes não é exatamente um expediente inédito. Mas deverá assumir proporções gigantescas e assustadoras nesta que já é chamada de “A era da pós-verdade”. Com o agravante de que, por aqui, ainda não entrou em vigor qualquer marco legal para coibir diretamente o fenômeno – verificado com maior frequência nas redes sociais. As fake news viraram uma praga.

Autoridades tentam controlar a moléstia a qualquer custo. Na Alemanha passou a valer, desde o início do ano, uma lei que obriga mídias digitais a retirarem imediatamente de seu ambiente conteúdos que pregam o ódio e trazem falsas informações, sob pena de multas pesadas. A França quer ir além. O presidente Emmanuel Macron fala inclusive em prisão daqueles que difundirem as chamadas fake news. Projeto de lei nesse sentido entrou no Parlamento e almeja também maior agilidade e eficiência no julgamento dos casos. No Brasil o faroeste da lorota segue em franca expansão. O ministro Luiz Fux, que assume o Tribunal Superior Eleitoral no mês que vem, tenta colocar ordem na casa. É favorável ao bloqueio de bens e a detenção dos infratores que propagam inverdades para angariar vantagens nas urnas. Medida que prevê cadeia por mais de dois anos aos autores de fake news chegou ao Congresso, mas ali se arrasta, sem votação, por motivo óbvio: falta disposição parlamentar para legislar contra o próprio interesse. Seria “prejudicial” a muitas campanhas dos políticos nativos um controle firme das fake news.

A despeito da resistência, a Polícia Federal arma uma força-tarefa com esse intuito. Já mobilizou um grupo comandado por três delegados e um perito que vai atrás de quem sucumbir ao crime. A erradicação total do problema só deverá ocorrer, de verdade, quando cada um dos internautas se precaver. Mudar hábitos. Para começar, é preciso ficar atento à cartilha de procedimentos: não aceitar e não disseminar a primeira notícia que lhe chegar às mãos de origem duvidosa. Mesmo que ela atenda a seus interesses ou desejos. Não se faz valer uma ideia dessa maneira, ludibriando. No plano da desinformação só existem equívocos. Erros que cobrarão seu preço lá na frente. No geral, diferentes pontos de vista não podem significar diferentes fatos. Viram versões. Evoluem para deturpações. É preciso consultar. Fazer checagem. Buscar fontes seguras. Tais cuidados terão de se tornar rotina. Do contrário iremos assistir mais e mais vítimas caindo no grande conto do vigário. Inclusive você. Nunca é demais lembrar que as eleições americanas ficaram seriamente comprometidas quando mais de 100 sites a favor de Trump foram criados na Macedônia, de onde eram disparados diariamente vídeos e notícias inventadas para dar corpo a sua candidatura. Na mais célebre das mentiras plantadas ali, veiculou-se que o Papa Francisco e o Vaticano apoiavam Trump. Foi o bastante para que uma penca de republicanos conservadores ainda hesitantes logo tomasse partido a favor do empresário. Deu no que deu. As fake news estão no ar e todo o cuidado é pouco.

Editorial ISTOÉ

POLÍCIA TEME QUE O PT ‘PRODUZA’ UM CADÁVER DIA 24



Autoridades de segurança estão prevenidas sobre a forte possibilidade de o PT promover manifestações violentas, no próximo dia 24, o “dia de fúria” contra a Justiça, provocando policiais gaúchos a tentar “produzir um cadáver”. Só a comoção provocada por uma morte, na concepção de porraloucas petistas, poderia inibir a condenação de Lula por corrupção no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

As forças de segurança estão cientes de que os manuais de agitação e propaganda preconizam a fabricação de cadáver, em casos extremos.

“Tudo o que o PT mais deseja, na situação atual, é um cadáver”, adverte experiente analista de inteligência de órgão de informações.

A “palavra de ordem” de ódio foi da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, incitando a violência: “Para prender o Lula, vai ter que matar gente”.

Não há manipulação no processo contra Lula. Sérgio Moro o condenou a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção, simples assim.