sábado, 30 de abril de 2016

Quem está pagando as contas de Lula?


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Nas últimas semanas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se dedicado a uma atividade pouco republicana: evitar a queda da presidente Dilma Rousseff, aprovada pela Câmara dos Deputados e amparada em preceitos constitucionais. Em sua sanha desesperada, Lula reúne-se com velhos camaradas, conspira ao lado de integrantes relutantes do governo, urde tramas mirabolantes para conter o naufrágio do projeto petista. Na esperança de que as tramoias surtam algum efeito, Lula se aboletou no Royal Tulip, hotel localizado a menos de 1 km do Palácio do Alvorada, a residência oficial de Dilma. Por si só, a proximidade com o Alvorada é uma afronta ao processo de impeachment. Afinal, apenas alguns poucos metros separam o comando da nação de um QG que tem o objetivo de buscar apoio, de forma nem sempre republicana. Mas há outro motivo que causa ainda mais indignação. Lula e seus asseclas têm gastado uma pequena fortuna para manter o aparato. Quem paga essa conta?

De acordo com informações obtidas por ISTOÉ junto a funcionários do hotel, desde que Lula se instalou no Tulip, há pouco mais de um mês, as despesas superam R$ 800 mil. Apenas a unidade que Lula ocupa tem 76 m². Ela conta com quarto e sala separados e varandas com vista para o Lago Paranoá e a piscina. Na antessala, uma suntuosa mesa de reuniões para 6 pessoas é o lugar preferido para os conchavos entre petistas. Além da suíte presidencial de Lula, outras três acomodações são ocupadas por sua entourage. A turma toda, composta por mais de uma dezena de pessoas, entre assessores, seguranças e companheiros petistas, faz todas as refeições no local, elevando a conta em alguns milhares de reais.

Eduardo Cunha afaga o Judiciário e frita o Ministério Público


Ailton de Freitas

Eduardo Cunha sabe manejar seu poder na presidência da Câmara.

Ontem, em meio à notícia de que o STF pode manter o mandato dele e apenas o impedir de assumir a presidência da República, Cunha manejou o plenário para que fosse aprovado o regime de urgência na votação do reajuste do Judiciário.

E empurrou com a barriga a mesma decisão sobe o reajuste dos servidores do Ministério Público, que o investiga em quatro inquéritos e o acusa em uma denúncia. (Por Lauro Jardim)

DELEGADOS REAGEM A PEDIDO DE JANOT: "EXTREMO RETROCESSO"



A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) criticou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5508/2016, proposta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na ADI, Janot defendeu que os acordos de delação premiada devem ser firmados exclusivamente pelo Ministério Público. Para o procurador-geral, a legitimidade para propor e negociar as colaborações premiadas é privativa do Ministério Público.

A ação questiona dispositivos (art. 4.º, § 2.º e 6.º) da Lei 12.850/2013, conhecida como Lei das Organizações Criminosas, que atribuem a delegados de polícia competência para propor acordos de colaboração.

“É lamentável a medida e seria um extremo retrocesso proibir o delegado de polícia de iniciar e impulsionar o procedimento de colaboração premiada”, afirma a entidade dos delegados da PF. “A colaboração premiada, trazida para a lei em 2013, se transformou no principal instrumento de combate ao crime organizado, especialmente, nos crimes de corrupção e soa muito estranho que no exato momento que a Polícia Federal realiza as maiores investigações de combate à corrupção, seja proposta uma Ação para dificultar a atuação da Polícia Federal.”

Para a entidade dos delegados, caso a ação proposta por Janot seja aprovada pelo STF, ‘poderia levar à anulação de importantes investigações da Polícia Federal como as operações Acrônimo e Lava Jato, entre outras espalhadas por todo o país, contribuindo com a impunidade e o aumento da corrupção’.

“As organizações criminosas que afrontam a nação brasileira comemoram a ação proposta por Rodrigo Janot”, aponta a Associação. “Os delegados de Polícia Federal têm a certeza e a confiança de que o Supremo não atenderá um pedido que afronta a lei, fere a Constituição e fomenta o crime organizado no nosso País.” (AE)

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Ação de Lula contra procurador da Lava-Jato gera risos no MPF


Qual a graça?

Procuradores que atuam na Lava-Jato deram risada quando leram os argumentos que sustentam o pedido feito pela defesa do ex-presidente Lula para tentar afastar o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima das investigações contra o petista e sua família.

Afinal, Cunha pode ou não ficar na Presidência da Câmara e até substituir Temer temporariamente?



Uma questão espinhosa vai chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). Será que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem de deixar a Presidência da Câmara uma vez que já é réu, isto é, que a denúncia contra ele foi aceita pelo Supremo? Será que essa dúvida se coloca especialmente agora, quando, assim que Michel Temer assumir a Presidência, será ele o primeiro na fila a substituir o presidente?

Que fique claro, hein? Isso vale apenas para a vacância temporária. Se o agora vice perder o mandato quando na Presidência, haverá eleições diretas se isso ocorrer até 31 de dezembro de 2016 e indiretas se a partir de 1º de janeiro do ano que vem. É mentira que Cunha vai passar a ser vice-presidente. Adiante, que a questão é mais complexa do que parece.

A Procuradoria Geral da República entrou, no fim do ano passado, no Supremo, com uma Ação Cautelar pedindo que Cunha seja afastado da Presidência da Câmara porque estaria usando o cargo para obstruir o processo contra si mesmo no Conselho de Ética.

PGR estuda pedir para investigar Dilma por desvio de finalidade



A Procuradoria Geral da República já estuda pedir ao Supremo Tribunal Federal autorização para investigar a presidente Dilma Rousseff por desvio de finalidade, informa o repórter Marcelo Cosme, da GloboNews. O pedido de investigação deve acontecer em breve, dentro do contexto da gravação autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro, em que Dilma combina com o ex-presidente Lula enviar o termo de posse.

Para investigadores, Dilma nomeou Lula ministro-chefe da Casa Civil para que o ex-presidente ganhasse o foro especial do STF. Outras gravações com autorização judicial revelaram o temor de petistas de que Lula poderia ser preso a qualquer momento por decisão da primeira instância. Para integrantes da PGR, independentemente do processo de impeachment, essa investigação terá que ser feita.

Para investigadores da PGR, a investigação precisa ser feita agora porque, se a espera for longa, Dilma pode perder o cargo de presidente, e o caso passa para a primeira instância.

Em relação a Lula, a PGR já avalia que o ex-presidente petista não terá chance de ser ministro. Os procuradores estudam, agora, como deve ser dividida a investigação sobre ele na Lava Jato, separando o trecho que vai para o Supremo e o que ficará com a Justiça Federal do Paraná. Para investigadores, a situação do ex-presidente é delicada.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lava Jato desafia o TSE a abandonar a letargia



Por Josias de Souza

A campanha eleitoral de Dilma Rousseff de 2014 arde nas páginas das novas denúncias enviadas pela Lava jato à Justiça como acompanhante invisível do marqueteiro João Santana. O Ministério Público Federal reafirma que o mago do marketing petista, preso desde 22 de janeiro, foi remunerado com verbas surrupiadas da Petrobras. Recebeu tal remuneração pelos serviços eleitorais prestados ao petismo.

A Lava Jato não se ocupa da investigação de crimes eleitorais. Apura delitos como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva. Mas correm no Tribunal Superior Eleitoral ações que acusam a campanha petista de 2014 de usar verbas sujas. As novas denúncias estão apinhadas de evidências que corroboram as suspeitas. Tais evidências já foram remetidas ao TSE pelo doutor Sérgio Moro, juiz da Lava Jato e destinatário das denúncias que incluem João Santana.

Hoje, o brasileiro convive com a incômoda suspeita de que financiou involutariamente uma campanha que é vista pela maioria do eleitorado como um embuste eleitoral. Confirmando-se o logro, os mandatos de Dilma e do seu vice, Michel Temer, deveriam ser passados na lâmina. Se a cassação da chapa Dilma-Temer ocorresse em 2016, haveria a convocação de nova eleição presidencial.

Torna-se cada vez mais inconcebível a demora dos ministros do TSE em julgar esse caso. Certos silêncios merecem barulhos intermitentes. A Lava Jato, por assim dizer, intima a corte máxima da Justiça Eleitoral brasileira a cumprir com suas obrigações. Alega-se que os julgamentos como esse são mesmo demorados. Tolice. O país vive tempos extraordinários. Não se pode reagir ao que se passa de forma ordinária.

MG: oposição entra com recursos contra nomeação da mulher de Pimentel


O governador mineiro Fernando Pimentel e a primeira dama Carolina de Oliveira: laços financeiros com o empresário Benedito de Oliveira

Veja.com

Parlamentares de oposição ao governo de Fernando Pimentel (PT) entraram com dois recursos para barrar a nomeação da primeira dama Carolina Oliveira ao comando da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado de Minas Gerais. Com a indicação, a mulher de Pimentel, que é investigada na Operação Acrônimo, ganha foro privilegiado, fazendo com que eventuais processos contra ela sejam julgados pela segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) - e não mais pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A oposição argumenta que o governador petista tem muito mais influência no TJ do que no STJ, que já tomou decisões desfavoráveis contra ele na operação.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Minas, Gustavo Valadares (PSDB), protocolou nesta quinta-feira na Casa um projeto de resolução para sustar os efeitos do ato de Pimentel publicado hoje no Diário Oficial. O deputado comparou a nomeação de Carolina à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil, cuja posse ainda está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). "É similar ao que Dilma fez com Lula, quando o chamou para integrar um ministério. Há indícios de que Pimentel quis dar maior segurança à mulher. Temos notícias de que o caldo engrossou para ela na Operação", disse o parlamentar. Para valer, o pedido precisa ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e passar pelo plenário da Casa, onde Pimentel tem maioria.

Prevendo dificuldades no trâmite do requerimento, o deputado avisou que vai entrar, nesta sexta-feira, com uma ação na Justiça, com pedido liminar, para impedir a posse da primeira-dama. Segundo Valadares, o agora ex-secretário André Quintão, que será substituído por Carolina, era um dos melhores quadros da gestão Pimentel, dada a sua experiência na área como sociólogo e deputado de quatro mandatos. "Não faz sentido ele tirar este secretário, que tem toda uma trajetória, para colocar alguém que não tem nenhuma formação na área". A primeira dama é formada em jornalismo e atualmente é presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) do Estado de Minas.

Em nota, o governo mineiro afirmou que a indicação partiu do próprio Quintão. "Ele vê na presidente do Servas a substituição natural para que não haja descontinuidade nas políticas públicas da pasta, que já vinham sendo tocadas em parceria com a instituição". A tal atuação conjunta seria um projeto de combate ao uso de drogas feitas pelas duas pastas. No texto, o governo reitera que a nomeação de Carolina já era planejada e "aguardava apenas o retorno da primeira dama da licença maternidade".

A nomeação de Carolina ocorre enquanto se aguarda a homologação do acordo de delação premiada da empresária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper, que forneceu detalhes do esquema de corrupção apurado na Acrônimo. Carolina é suspeita de ser uma sócia informal da Pepper. Em breve, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode oferecer denúncia contra os envolvidos.

GOVERNO TEMER – Documento “Travessia Social” fala em bônus por mérito para professores e reforço à Lava-Jato



Por Reinaldo Azevedo

Michel Temer tem agido com cautela e tem sido bem-sucedido em desarmar as bombas que o PT vai largando pelo caminho. A Fundação Ulysses Guimarães preparou um documento intitulado “Travessia Social”, composto de seis capítulos, que tratam basicamente, como diz o título, da manutenção e aperfeiçoamento dos programas sociais e da melhoria dos ministérios que têm influência direta no bem-estar da população, como o da Educação, por exemplo.

Nessa área, o documento propõe o pagamento de bônus para professores que melhorarem sua qualificação profissional e o desempenho dos alunos. Um documento voltado para essa área reserva, no entanto, um capítulo só para o combate à corrupção. Chama-se “A Regeneração do Estado”

O texto se compromete de modo explícito com a intocabilidade da Operação Lava-Jato, indo ao encontro das aspirações de muitos procuradores e policiais federais. Lá está escrito: “Apoiar a continuidade das ações da Operação Lava Jato e outras investigações sobre crimes contra o Estado é apenas o começo. É preciso mais”.

E documento lista medidas com as quais Temer se compromete:
– reforçar o papel institucional da Controladoria Geral da União;
– assegurar recursos para a Polícia Federal e para a Receita Federal;
– reformar as regras da contratação de fornecedores estatais, priorizando a razoabilidade de preço e a transparência;
– Nova legislação sobre o combate à corrupção.

É evidente que, em condições normais, um futuro presidente da República nem precisaria se comprometer com a continuidade da Lava Jato. Até porque inexistem caminhos hoje para alguma interferência indevida.

Mas não vivemos dias normais. O PT, um inimigo declarado da operação, saiu espalhando por aí que um dos objetivos de Temer e do PMDB é pôr freios na dita-cuja. Até parece que os petistas são seus fãs entusiasmados.

De volta à educação
O documento “Travessia Social” defende uma presença maior do governo federal no ensino básico. Não creio que seja essa matéria que vá levar as esquerdas para as ruas, não é mesmo?

Já o bônus por mérito costuma enfurecer a esquerdalha que aparelha os sindicatos dos professores. Se você quer deixar um esquerdista nervoso, fale de mérito e qualidade. Que o governo leve adiante o seu intento. A esmagadora maioria dos professores — e dos estudantes — é certamente a favor.

TEMER PROMETE FIM DA REELEIÇÃO PARA CARGOS MAJORITÁRIOS



O vice-presidente Michel Temer afirmou a interlocutores do Congresso que uma de suas primeiras providências, na eventualidade de assumir a presidência da República, será enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) extinguindo a reeleição para cargos majoritários, inclusive o dele, já valendo para as eleições de 2018. Em qualquer quadro, Temer garante que não disputará qualquer cargo. A informação é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

Michel Temer prevê pressões para preservar o “direito à reeleição” dos eleitos em 2014 e 2016. Nesse caso, ele promete não ser candidato.

Para demonstrar seu compromisso, Temer garante que já no discurso de sua eventual posse anunciará o fim da reeleição no Brasil.

A decisão de acabar a reeleição soou como música aos ouvidos da cúpula do PSDB, que não abre mão do projeto presidencial.

O fim da reeleição para cargos majoritários, e até para mesas diretoras no Poder Legislativo, é raro consenso no debate sobre reforma política.

LULA QUER PUNIR PROCURADOR QUE TEM A OUSADIA DE INVESTIGÁ-LO



Por Diário do Poder

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram, nesta quarta-feira, 27, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), um pedido para que um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, seja afastado das investigações que envolvem o petista. É que, segundo o procurador, uma linha de investigação aponta Lula como o chefe da quadrilha que roubou a Petrobras.

A defesa alega que o procurador tem dado "declarações de pré-julgamento" e expressando "juízos de valor" sobre Lula na imprensa sem "nenhum fato concreto, julgamento justo ou mesmo apuração concluída". Os advogados também acusam Carlos Fernando de "ter afrontando o princípio da presunção da inocência e sigilo de Justiça, e por ter revelado um anseio pessoal em envolver indevidamente o ex-presidente na Lava Jato".

Os advogados pedem também que o Conselho atue para que o procurador não dê mais declarações sobre as investigações que envolvem o ex-presidente e seus familiares. A petição lembrou que o próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em mensagem enviada no mês passado aos membros do Ministério Público, pediu para que os procuradores evitassem radicalização e partidarização de investigações criminais.

No fim de semana, em entrevista à revista Época, Carlos Fernando afirmou que há uma linha de investigação que aponta Lula como o chefe do esquema de desvios da Petrobras. Nesta quarta, ele deu declarações semelhantes à Rádio Jovem Pan.

Atualmente, as investigações sobre o ex-presidente estão sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal e não da força-tarefa responsável pela Lava Jato.

O relator do caso no CNMP, responsável por tratar de questões administrativas relacionadas a procuradores do Ministério Público, será o conselheiro Leonardo Henrique de Cavalcante Carvalho.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Dilma é uma subversiva da ordem democrática; tem de responder por seus atos



Governo decide sonegar informações a Temer e enfiar a mão no caixa; é a política da terra arrasada

O PT tem uma essência golpista. Está na sua alma. Está no seu DNA. Está na sua essência. O partido já sabe que não há mais como salvar o mandato da presidente Dilma Rousseff. Então se organiza para as várias formas de retaliação.

Há muito escrevi aqui que a tese do “golpe” tem um propósito: poder organizar ações de sabotagem como se fossem atos de resistência. E, obviamente, não são.

Já sabemos que os ditos movimentos sociais pretendem infernizar a vida do país. Vamos ver até onde pretendem chegar. Dilma e seus assessores agora tramam coisas ainda mais perversas.

Os petistas já disseram que não haverá nenhuma forma de transição para a gestão Michel Temer. A ideia é deixar o vice-presidente no mais absoluto escuro, sem dados sobre a real situação do governo.

Mais: também estudam acelerar a liberação de verbas para os ditos “programas sociais”. Ou por outra: Dilma decidiu enfiar a mão do caixa e sonegar informações.

É claro que isso caracteriza dois crimes: de responsabilidade e de improbidade.

Cabe indagar onde anda o Ministério Público Federal a essa altura. Dilma vai perder o mandato por ter violado o Inciso VI do Artigo 85 da Constituição: atentado contra a Lei Fiscal. Desde, no entanto, que a denúncia contra ela começou a tramitar na Câmara, já cometeu mais uma penca deles.

E é evidente que isso não pode ficar impune.

Lembro que, enquanto o Senado não aprova a julga a não a “impicha” de vez, ela segue sendo presidente da República, só que afastada. E, como tal, tem de responder por seu atos.

Dilma é hoje uma subversiva da ordem democrática.

Paim diz a movimentos sociais que Dilma será afastada


Paim: uma coisa e outra coisa
Paim: uma coisa e outra coisa

Radar on-line

Em reunião com Renan Calheiros (PMDb-AL) e movimentos sociais ligados ao PT, como o MST e o MTST, o senador Paulo Paim (PT-RS) foi sincero com seus interlocutores: “A admissibilidade [do impeachment] está dada, não adianta a gente se enganar”.

O senador aposta suas fichas, agora, numa eventual absolvição de Dilma Rousseff ao final dos até 180 dias que a petista ficará afastada.

Segundo ele, apesar da frágil base não contar com os 28 votos necessários para salvar o mandato, a oposição também não contaria com os 54 para derrubá-la definitivamente.

Apesar da notícia ruim para os movimentos, Paim levou esperança e conseguiu aplausos da turma ao dizer o seguinte: “[Eduardo] Cunha é uma coisa, e Renan [Calheiros] é outra”.

Debate sobre nova eleição é rendição de Dilma



Por Josias de Souza

O Plano A era acionar a lábia de Lula e comprar os votos que derrubariam o pedido de impeachment na Câmara. O Plano B era, era, era… Dilma não tinha um Plano B. Seus estrategistas não imaginavam que Lula, a bala de prata do petismo, viraria festim. Não fizeram um plano de contingência porque foram incapazes de perceber que o aroma de poder que exala do Jaburu tornou-se mais sedutor que o tilintar de verbas e cargos de um Alvorada em pleno ocaso.

Derrotados pela própria falta de rumo, Lula e o PT improvisaram em cima do joelho um Plano B. Consiste na realização de nova eleição presidencial em 2016. Nova eleição, no caso, é uma figura de linguagem que substitui a palavra desagradável que Dilma evita pronunciar: R-E-N-D-I-Ç-Ã-O! Ainda reduzido à condição de ministro-chefe do quarto de hotel, Lula agora articula não a salvação de Dilma, mas a interdição de Temer. Falta-lhe apenas uma criança de cinco anos para avisar que não dará certo.

A ideia empinada por Lula em conversa com Renan Calheiros —e aparentemente já digerida por Dilma— é inútil e suicida. É inútil porque não passa no Congresso. Na batalha do impeachment, o Planalto reuniu no plenário da Câmara uma infantaria de 137 votos. Foi humilhado por 367 votos, a maioria de silvérios. De onde um governo tão fraco retiraria forças para juntar os 308 votos necessários à aprovação de uma emenda constitucional?

A tese é suicida porque estimula os senadores a apressarem a deposição de Dilma. Ora, se até o criador pega em lanças por uma nova eleição, é porque já não considera defensável o mandato da criatura. Por que diabos, então, os senadores esperariam 180 dias (pode me chamar de seis meses) para desligar Dilma da tomada? Mais: depois de entronizado, por que Michel Temer renunciaria a dois anos e meio de mandato? Hoje, uma saída que leve à candiatura presidencial de Lula é o Plano Z do PMDB.

Temer fecha ministérios palacianos com amigos


Karime Xavier/Folha
A duas semanas da votação que deve selar no Senado o afastamento de Dilma Rousseff por até seis meses, Michel Temer avança na composição de sua equipe ministerial. Já concluiu, por exemplo, a montagem do time palaciano. Decidiu cercar-se de amigos.

Eliseu Padilha será o chefe da Casa Civil. Geddel Vieira Lima ocupará a pasta de Relações Institucionais, que cuida da articulação política. Quanto a Moreira Franco, deve ser acomodado num órgão novo, que terá a atribuição de centralizar as concessões de obras públicas do governo federal. A ideia é vincular essa repartição à Presidência da República.

Outro amigo de Temer, o senador Romero Jucá, atual presidente do PMDB, deve ser nomeado para o Ministério do Planejamento. Jucá responde a inquérito no STF no contexto da Operação Lava Jato. Favorito para a pasta da Fazenda, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles não se opôs à escolha.

terça-feira, 26 de abril de 2016

ANTECIPAR ELEIÇÃO É JOGADA DE LULA - Ele não sabe se na disputa de 2018 estará preso ou inelegível



A proposta de antecipar eleições, defendida até por Dilma, representa no governo a admissão de derrota no Senado, no impeachment, e uma jogada para reforçar o discurso favorável a “eleições gerais” de senadores “independentes” que têm em comum o fato de serem ex-petistas, na maioria. O objetivo é manter Dilma no cargo por mais um ano, porque as regras de eleição só podem ser alteradas no ano anterior, e dar a Lula a última chance de ganhar foro privilegiado.

Alguns senadores caíram na jogada. Até o independente Lasier Martins (PDT-RS) passou a defender “eleições gerais”, como queria o Planalto.

Se a eleição ficar para 2018, como está previsto, Lula pode estar preso ou inelegível, em razão de condenações dadas como certas.

Petistas querem incluir Michel Temer no impeachment porque se ambos forem cassados nos primeiros dois anos, haverá nova eleição.

Com decote ousado, mulher de ministro causa polêmica ao publicar fotos em gabinete


Milena Santos publicou fotos no Ministério do Turismo nas redes sociais  (Foto: Reprodução)

“Ao lado de um grande homem, existe sempre uma linda e poderosa mulher”. A frase é da modelo Milena Santos, vencedora do Concurso Miss Bumbum Miami 2013, que comemorou, nesta segunda-feira, em sua página no Facebook, mais uma conquista: tornar-se primeira-dama do Ministério do Turismo. A alegria foi exibida em cinco fotos tiradas no gabinete de seu marido, o economista Alessandro Golombiewski Teixeira, de 44 anos, empossado no cargo na última sexta-feira. Com um decote ousado, Milena troca olhares apaixonados, sorri e beija Alessandro. À noite a mulher do ministro tirou as fotos do Facebook do ar.

O Ministério do Turismo confirmou a veracidade das imagens, que foram tiradas nesta segunda-feira, mas esclareceu que “Milena Santos publicou fotos ao lado do marido na sua rede social sem imaginar que iria despertar o interesse da mídia”. Com a repercussão da publicação, houve muitos compartilhamentos de fotos nuas de Milena, em frente ao Congresso Nacional, tiradas em 2013, o que causou indignação por parte do ministro. Ele informou, também através de nota, que “repudia a exposição pública da intimidade do casal e o resgate de fotos antigas para denegrir a imagem dos envolvidos”. Uma das fotos, porém, estava disponível na própria página de Milena.

Além da carreira de modelo, tendo inclusive posado nua para uma revista masculina, Milena Santos já se arriscou na política. Em 2012, ela foi candidata a vereadora em Salvador pelo PSL, com o nome “Milena Tudo pelo Esporte”, e conseguiu apenas uma vaga de suplente. Suas principais plataformas eram a construção de quadras de esporte e academias gratuitas para a população. Na sua página no Facebook, ela disse, no dia 13 de abril, que não voltará a concorrer nas próximas eleições: “Essa Política de fato não é para gente como eu e nem para pessoas que têm compromisso com o social e com a melhora da vida das pessoas”.


Leia mais em O Globo

Na comissão do Senado, Dilma só tem 6 votos


Pedro França/Ag.Senado

O plenário do Senado ratificou nesta segunda-feira os nomes indicados pelos blocos partidários para compor a comissão que analisará se a Câmara acertou ou errou ao abrir um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. No momento, apenas seis dos 21 membros titulares do colegiado apoiam a presidente. Repetindo: apenas 28,5% dos membros da comissão são contrários ao impeachment.

A lista dos membros da comissão está disponível abaixo. Os senadores pró-Dilma são, por ora, os seguintes: Lindbergh Farias (PT-RJ),
 Gleisi Hoffmann (PT-PR), 
José Pimentel (PT-CE),
 Telmário Mota (PDT-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
 e Wellington Fagundes (PR-MT). A oposição ainda não perdeu as esperanças de seduzir Fagundes para a causa do impedimento. Nessa hipótese, restariam do lado de Dilma cinco senadores —a lotação de um fusca.

*

– PMDB – 5 vagas: Raimundo Lira (PMDB-PB),
 Rose de Freitas (PMDB-ES), 
Simone Tebet (PMDB-MS), 
Dário Berger (PMDB-SC) 
e Waldemir Moka (PMDB-MS).

– Bloco da oposição (PSDB-DEM-PV) – 4 vagas: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), 
Antonio Anastasia (PSDB-MG),
 Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e
 Ronaldo Caiado (DEM-GO).

– Bloco de apoio ao governo (PT-PDT) – 4 vagas: Gleisi Hoffmann (PT-PR), 
Lindbergh Farias (PT-RJ), 
José Pimentel (PT-CE) e 
Telmário Mota (PDT-RR).

– Bloco Socialismo e Democracia (PSB-PPS-PCDOB-REDE) – 3 vagas: Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
, Romário (PSB-RJ)
, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

– Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP-PSD) – 3 vagas: 
Ana Amélia (PP-RS), 
José Medeiros (PSD-MT) 
e Gladson Cameli (PP-AC).

– Bloco Moderador (PTB-PR-PSC-PRB-PTC) – 2 vagas: 
Wellington Fagundes (PR-MT) 
e Zezé Perrella (PTB-MG).

segunda-feira, 25 de abril de 2016

FRACASSA TENTATIVA DE FAZER UNASUL ENGOLIR LOROTA DE 'GOLPE' NO BRASIL



Por Cláudio Humberto

Fracassou a tentativa brasileira de fazer a Unasul (União de Nações Sulamericanas) “comprar” a lorota de golpe, durante a reunião do conselho de ministros das Relações Exteriores, realizada em Quito, neste sábado (23).

O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o aspone Marco Aurélio Top Top Garcia, que acompanharam a presidente Dilma Rousseff à reunião sobre o clima na ONU, viajaram de Nova York direto para Quito, e usaram a força da diplomacia brasileira, mas não conseguiram convencer os demais países. O assunto nem sequer foi mencionado no comunicado conjunto divulgado ao final da reunião.

Diplomatas brasileiros explicaram que ao menos três países - Argentina, Chile e principalmente o Paraguai - estavam reticentes sobre a versão de "golpe" desde antes da reunião da Unasul. O Brasil nem sequer conseguiu arrancar uma comissão de chanceleres para "observar" a crise no Brasil.

No comunicado oficial sobre o encontro, os ministros das Relações Exteriores expressou solidariedade ao povo e ao governo equatoriano, em razão dos recentes terremotos, e reiterou o compromisso de continuar apoiando as vitimas e a reconstrução das zonas afetadas.

Os ministros também se solidarizaram, no comunicado, ao governo e ao povo do Uruguai, atingidos por “fenômenos naturais” que provocaram vitimas e danos materiais, e prometeram um esforço conjunto para estabelecer mecanismos de controle para prevenção de desastres naturais das nações que integram a Unasul.

Sobre a crise política brasileira, nenhuma palavra.

A hora e a vez de Lula


Lula (Foto: Celso Júnior / AE)

Por Ricardo Noblat

Na tarde quente do domingo 5 de junho de 2005, um homem de meia idade e uma vidente famosa em São Paulo foram admitidos no apartamento do então presidente Lula, em São Bernardo do Campo. Lula e a vidente conversaram a sós por vinte minutos. Depois que ela foi embora, Lula contou ao homem sobre o terremoto que ameaçava desestabilizar o seu governo e sobre o que faria para tentar sobreviver.

Há três semanas, o noticiário da imprensa girava em torno de um único assunto: a compra pelo governo de votos de deputados para aprovar projetos do seu interesse. Feita pelo deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB, a denúncia ganhara status de escândalo e estava preste a ser alçada à condição de o maior escândalo de corrupção desde a chegada do PT ao poder.

Para isso, só faltava Jefferson conceder uma entrevista explicando em detalhes tudo o que dissera até ali, e acrescentando novas revelações. Pouco antes da chegada do homem e da vidente ao seu apartamento, Lula ficara sabendo que já não faltava mais nada. Jefferson falara à jornalista Renata Lo Prete, da Folha de S. Paulo. E a entrevista seria publicada no dia seguinte.

Entre outras coisas, Jefferson diria que deputados de partidos aliados do governo recebiam o que chamou de um "mensalão" de R$ 30 mil pago pelo tesoureiro do PT Delúbio Soares. Segundo Jefferson, ele alertara a respeito vários ministros do governo – entre eles, José Dirceu, da Casa Civil, e Antonio Palocci, da Fazenda. E em janeiro último, alertara também o próprio Lula, que chorou.

“A entrevista do Roberto vai virar o país de cabeça para baixo”, comentou Lula com o amigo que o ouvia em silêncio. “Todo mundo vai achar que o governo não se sustentará mais de pé e que talvez nem consiga chegar ao fim. Mas acredite: a montanha vai parir um rato. Pensam que vão me destruir. Pois vou me reeleger e fazer meu sucessor”. 

Lula não contou como imaginava sobreviver. Mas como se falasse sozinho, aduziu em voz baixa: “Vou aproveitar para me livrar de Zé Dirceu e até de Palocci”. De Dirceu, Lula se livraria dali a um mês ao forçá-lo a pedir demissão. Dirceu assumiu seu mandato de deputado federal, mas foi cassado. Acabou condenado a sete anos e 11 meses de prisão. Ficou 11 meses preso.

Foi preso novamente pela Lava-Jato no ano passado e virou réu. Quanto a Palocci, Lula livrou-se dele em março de 2006 quando o caseiro Francenildo Costa teve seu sigilo bancário quebrado ilegalmente pelo governo. Francenildo havia flagrado Palocci uma dezena de vezes em uma mansão de Brasília frequentada por prostitutas e lobistas.

O mensalão não foi um escândalo, e o petrolão outro. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, admitiu na semana passada que os dois não passam de uma coisa só – um bilionário esquema de corrupção para sustentar no poder o PT e seus aliados. Lula reelegeu-se, elegeu Dilma e a reelegeu. Mas Dilma está a poucos dias de cair. E ele, Lula...

A Lava-Jato dispõe de indícios e provas suficientes para prender Lula por obstrução da Justiça, ocultação de bens em nomes de terceiros e recebimento de dinheiro por palestras que não fez. Lula só não foi preso ainda porque o Supremo Tribunal Federal avocou a responsabilidade de decidir o futuro dele, uma vez que Dilma o havia nomeado ministro. Em breve, pode mandar prendê-lo. Ou deixar que o juiz Sérgio Moro o faça.

domingo, 24 de abril de 2016

Zé de Abreu vale menos do que o escarro de Zé de Abreu


Por Reinaldo Azevedo

Vocês já devem ter visto este vídeo. O ator José de Abreu, o canastrão que ganha dinheiro na Globo para sair por aí acusando os meios de comunicação de apoiar o “golpe”, se desentendeu com um casal num restaurante de São Paulo, na noite de sexta-feira. Num ataque à moda Jean Wyllys, não teve dúvida: deu uma cusparada no rosto da dupla. Vejam.


Já escrevi aqui muitas vezes e reitero: não apoio esse tipo de bate-boca em público. Por mais que a figura seja desprezível, e é, que seja deixada na sua irrelevância. Um restaurante não é a melhor arena para o embate político. Os demais frequentadores têm direito ao lazer e ao sossego.

É evidente, no entanto, que esse sujeito é um desclassificado. E não é de hoje. Tornou-se uma caricatura de militante político. É uma figura asquerosa. Ele nem precisa cuspir nos outros para ser repugnante. E isso nada tem a ver com ideologia ou preferência política.

Além de ter protagonizado a baixaria, foi para o Twitter e ainda se orgulhou do seu feito.

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Também mentiu. O rapaz reagiu.

Esse cara não tem limites. Até os petistas o tratam como uma caricatura patética. No dia 4, publicou uma das coisas mais detestáveis que já li. Referindo-se ao jornalista Sandro Vaia, que havia morrido no dia 2, tornou pública esta baixaria.

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Vaia era um dos profissionais mais dignos que já conheci. A estupidez evidencia que José de Abreu não respeita nem vivos nem mortos. O que ele faz com muita galhardia é defender criminosos do PT.

Zé de Abreu vale menos do que um escarro de Zé de Abreu.

Na próxima vez em que ele mostrar a cara na Globo, lembre-se disso e mude de canal.

SÍTIO DE ATIBAIA SERÁ PRIMEIRA ACUSAÇÃO A LULA NA LAVA JATO



A força-tarefa da Operação Lava Jato considera ter elementos para levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao banco dos réus, acusado de envolvimento com a organização criminosa que corrompeu e lavou dinheiro desviado da Petrobras - independente de qual instância ele será processado. O inquérito sobre a compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) será a primeira acusação formal entregue à Justiça.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá ainda se Lula pode assumir o cargo de ministro da Casa Civil e se ele será denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), considerando o direito ao foro especial por prerrogativa de função, ou se as acusações poderão ser apresentadas pela Procuradoria, em Curitiba, diretamente ao juiz federal Sérgio Moro - dos processos em primeiro grau da Lava Jato.

Alvo em Curitiba de três frentes de apuração na Lava Jato - as outras duas envolvem o tríplex 164 A, da OAS, no Guarujá, e os pagamentos e repasses para o ex-presidente via sua empresa de palestras, a LILS, e para o Instituto Lula -, a que envolve o sítio de Atibaia é a mais robusta, na avaliação dos investigadores. Os inquéritos estão suspensos depois que ele foi nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff, no dia 17, e o tema foi levado ao Supremo.

A peça apontará a família do ex-prefeito de Campinas (SP) e amigo de Lula Jacó Bittar (PT) como "laranjas" na ocultação da propriedade, adquirida em 2010 pelo valor declarado de R$ 1,5 milhão. Os registros de escritura em nome dos donos oficiais, um "contrato de gaveta" em nome do ex-presidente e da mulher, Marisa Letícia, encontrado nas buscas e depoimentos dos investigados farão parte da acusação.

O compadre e defensor jurídico do ex-presidente Roberto Teixeira também será citado como parte da operação de formalização do negócio. Oficialmente a propriedade está registrada em nome de um dos filhos de Bittar, Fernando Bittar, e do empresário Jonas Suassuna - ambos sócios do filho de Lula. O registro de compra do imóvel foi realizado pelo escritório de Teixeira.

Com base nas notas fiscais localizadas nas buscas e apreensões, depoimentos colhidos e movimentações bancárias analisadas, a Lava Jato também vinculará os desvios de recursos na Petrobras à reforma executada no sítio e a manutenção de bens referentes a Lula. OAS, Odebrecht e o pecuarista José Carlos Bumlai serão vinculados aos serviços executados, como compensação por obras loteadas pelo cartel.

Em documento enviado ao STF, a defesa de Lula sustenta que o sítio foi comprado pelo amigo Jacó Bittar para convívio das duas famílias, após ele deixar a presidência, em 2011.

Ao Estadão, o defensor de Lula Cristiano Zanin Martins informou que o "MPF tem conhecimento, em virtude de provas documentais, de que (i) o sítio foi comprado com recursos provenientes de Jacó Bittar e de seu sócio Jonas Suassuna; (ii) que Fernando Bittar e Jonas Suassuna custearam, com seu próprio patrimônio, reformas e melhorias no imóvel; (iii) que Fernando Bittar e sua família frequentaram o sítio com a mesma intensidade dos membros da família do ex-Presidente Lula, estes últimos na condição de convidados". (AE)

Chocou-se com a cara da Câmara? Culpa sua!



Por Josias de Souza

Há uma semana, na votação do impeachment, o pedaço do Brasil que ainda tem noção do ridículo se chocou com o que assistiu. Então a Câmara é isso?!? Foi difícil ouvir as manifestações de voto sem sentir uma espécie de vergonha interior. O desconforto aumentava cada vez que um deputado esbravejava em nome deste ou daquele familiar, de uma cidade ou de um Estado, de uma moral rota ou de uma ética insuspeitada, do torturador morto ou do prefeito que seria preso horas depois… No fundo da consciência da plateia uma voz bradava: “Hipócritas!”.

Foi um espetáculo inusual. Só de raro em raro a Casa está tão cheia. Normalmente, as votações são simbólicas, aquelas em que os deputados apenas levantam a mão. Quando é preciso votar nominalmente, usa-se o painel eletrônico. Na sessão do impeachment, todos tiveram seus segundos de microfone. E a coisa degenerou. Tomado pelo número de vezes que foi mencionado, Deus deixou de ser full time. Se o Todo-Poderoso desse mesmo expediente integral certamente teria feito ecoar no plenário, com voz de trovão, o epíteto do Evangelho: “Raça de víboras.”

Na visão da megabancada cristã, a Câmara virou um campo escolhido pelo Senhor para manifestar seus desígnios. Os deputados seriam apenas peças movidas por Ele. Mas seria sobrecarregar Deus além da conta forçá-lo a decidir entre a infantaria de Eduardo Cunha e a tropa de Dilma Rousseff? Mais fácil supor que, depois de criar o universo, Ele terceirizou a política ao Diabo.

Muito já se disse e escreveu sobre assunto nos útimos sete dias. Mas você deveria gastar um pedaço deste domingo para fazer uma introspecção. Pode ser após o despertar, barriga colada à pia do banheiro, enquanto espalha o dentifrício pelas cerdas da escova. Levando a experiência a sério, depois de bochechar e lavar o rosto, você enxergará no espelho, no instante em que erguer os olhos para pentear os cabelos, o reflexo de um culpado.

Indo mais fundo no processo de autoexame, você verá materializar-se diante de seus olhos o óbvio: parlamentares não surgem por geração espontânea. Eles nascem do voto. E talvez você levante da mesa do café da manhã convencido de que a crise no sistema representativo exige uma atitude. Um gesto individual e consciente. A crise não admite mais que o eleitor se mantenha exilado no conforto de sua omissão política. Intima-o a retornar à história, para moralizá-la.

O primeiro passo é o abandono da cômoda retórica de que os políticos “são todos iguais''. Não são. A igualdade absoluta é uma impossibilidade genética. Bem verdade que o excesso de roubalheira faz todos os gatunos parecerem pardos. Mas a magia de momentos como esse é a possibilidade de redescobrir uma verdade que dá sentido à democracia: para os eleitos inconscientes, o eleitor impaciente é um santo remédio. Lembre-se: 2018 em aí. Você tem duas opções: ou vota direito ou continua se comportando como um deputado.

sábado, 23 de abril de 2016

O FIM INGLÓRIO DE UM PREFEITO


Este militar está com a arma na mão. Por que?

A política contemporânea de Caçapava nunca teve um prefeito tão impopular como Henrique Rinco. Desprovido de trato, usa e abusa de falas grosseiras, ameaças veladas e perseguições a seus críticos. Chucro em ciências políticas, não consegue se relacionar bem com o eleitorado da cidade. Carente de cultura, com pouco estudo e nenhuma experiência administrativa, se cercou do que tem de pior e mais repudiado na política local. A falta de traquejo político e a baixa estatura intelectual faz despertar complexos. Eleito prefeito – cargo público efêmero - para servir ao povo caçapavense, anda por aí cercado de seguranças, apadrinhados violentos e bajuladores interesseiros como se fosse um rei eleito para eternidade, criando caso com cidadãos insatisfeitos com sua administração. Ele não percebe que o fim está próximo e que a partir do ano que vem estará sozinho. A horda de puxa-sacos e bajuladores certamente sumirá.

Imaginem em Caçapava, na comemoração do aniversário da cidade simpatia, um militar de arma na mão para defender esse “político pé de poeira”, um cidadão insignificante para história da cidade, de imaginários terroristas. Coisa mais ridícula jamais foi vista em Caçapava.

Os terroristas: 



Algumas correções foram feitas na postagem. A foto no inicio da postagem é de um militar do exército empunhando uma pistola e não de um policial. 

Com proximidade da Olimpíada, PF acelera prisões


PF: arrastão pré-olímpico

Com a proximidade da Olimpíada, quando terá de empregar a maior parte de seu contingente, a Polícia Federal vai antecipar todas as ações possíveis.

Até os jogos, muitos corruptos assistirão às partidas de dentro de uma cela.

DILMA PEDE SANÇÕES CONTRA O PRÓPRIO PAÍS E DEIXA OPOSIÇÃO HORRORIZADA


Presidente Dilma Rousseff, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 19/04/2016

"Está em curso no Brasil um golpe", disse a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira, 22, a jornalistas em Nova York, ressaltando que quer que o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) avaliem o processo, a fim de adotarem "sanções" contra o Brasil. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que antes elogiou o discurso discreto na ONU, disse que a declaração dela é “extremamente delirante”.

As palavras de Dilma deixaram horrorizado o presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira. "Está achando pouco o que já fez de mal ao Brasil? Agora quer que o Brasil seja prejudicado no Mercosul? Que horror!" Siqueira observou que "mesmo com depoimentos dos ministros do Supremo atestando a constitucionalidade, vem fazer uma proposta dessas na entrevista a jornalistas estrangeiros? Está passando informações mentirosas e sem fundamento. Ela deveria ter mais responsabilidade", acusou.

"Dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira. Eu sou uma vítima, sou uma pessoa injustiçada", ressaltou Dilma, destacando que não se pode admitir um processo de impeachment que, na verdade, segundo ela, é uma eleição indireta. "Sou vítima de um processo absolutamente infundado", reforçou.

Dilma afirmou que vai se "esforçar muito" para convencer os senadores sobre a falta de fundamentação do processo de que é vítima no Congresso. "O ministro da Justiça, o ministro da Fazenda, todos nós vamos lá junto aos senadores debater, explicar e dar todas as informações necessárias." A presidente afirmou que não teve o respaldo necessário por segmentos da Câmara, mas disse ter certeza que será ouvida no Senado. "Depois os senadores votam como achar que devem."

Questionada sobre a proposta de novas eleições, Dilma afirmou que não acusa as pessoas que tenha essa ideia de golpistas. "Uma coisa é eleição direta, com votos e o povo brasileiro participando. Mas tem que ser me dado o direito de defender o meu mandato. Não sou uma pessoa apegada a cargos, mas estou defendendo o meu mandato", afirmou Dilma aos jornalistas.

Dilma afirmou que, desde que assumiu a Presidência da República, em 2011, desenvolveu relacionamentos pessoais com líderes mundiais e que eles têm mostrado solidariedade a ela.

Protesto

Um grupo que defende o impeachment de Dilma e outro contrário ao impedimento protestaram nesta sexta-feira na porta da residência oficial do embaixador brasileiro nas Nações Unidas (ONU), onde Dilma está hospedada. A polícia dividiu os dois grupos e os que defendem a saída de Dilma gritavam frases como "estamos na rua para derrubar o PT" e ainda provocavam os contra à saída com frases como "socialistas de iPhone em Nova York". Os manifestantes contra o impeachment distribuíram flores e pediram a defesa da democracia no Brasil.

Preferido de Temer para Justiça assinou manifesto contra Operação Lava Jato



Por Josias de Souza

Amigo de Michel Temer, o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira é, hoje, o nome mais cotado para comandar o Ministério da Justiça num eventual governo do PMDB. Trata-se de uma das principais grifes da advocacia nacional. Há quatro meses, em janeiro, Mariz empurrou o seu prestígio para dentro de um manifesto com críticas radioativas à Lava Jato.

Subscrito por mais de uma centena de advogados, o texto se refere à operação que investiga o maior caso de corrupção já descoberto no país como “uma espécie de inquisição.” Acusa a força-tarefa que cuida do caso de praticar “violações de regras mínimas para um justo processo''.

Mais: o manifesto endossado pelo preferido de Temer alega que, na Lava Jato, desrespeitam-se princípios elementares do Direito —a presunção de inocência, o direito de defesa e a garantia da imparcialidade, por exemplo.

Muito mais: reclama-se no manifesto do excesso de prisões provisórias, da atuação da imprensa, do vazamento seletivo de informações sigilosas, da execração pública dos réus e da violação de prerrogativas dos advogados.

Sem mencionar-lhe o nome, o documento denuncia a suposta parcialidade do juiz Sérgio Moro. Classifica de “desnecessárias” as prisões de corruptos e corruptores. “O Estado de Direito está sob ameaça”, anota o texto subscrito por Mariz.

“No plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados, a Lava Jato já ocupa um lugar de destaque na história do país”, anotou o documento. “Nunca houve um caso penal em que as violações às regras mínimas para um justo processo estejam ocorrendo em relação a um número tão grande de réus e de forma tão sistemática.”

Antonio Mariz reiterou em entrevistas as críticas despejadas sobre o manifesto. Pressionando aqui, você assiste a uma dessas entrevistas, concedida à repórter Maria Lydia. O doutor já atuou na Lava Jato. Defendeu um dos executivos da Camargo Corrêa: Eduardo Leite. Por tudo o que subscreveu, disse e fez, Mariz será uma nomeação dura de roer se for confirmada por Temer.

Mariz esteve com Temer há quatro dias. Estava acompanhado do secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes. Também amigo de Temer, Moraes está cotado para o posto de Advogado-Geral da União. Já atuou como advogado de Eduardo Cunha, o notório deputado que acumula as condições de réu e de presidente da Câmara.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

PARABÉNS BRASIL PELOS 516 ANOS DE EXISTÊNCIA




Lula: O mito estraçalhado


“O cara”, de que falou Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...
“O cara”, de que falou Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...(Ilustração Alphadog/VEJA)

Luiz Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do caminho. Mesmo ele é capaz de perceber que está acabando o terreno à sua frente. Antes do petista, tivemos casos semelhantes desses meteoros da política que vêm não se sabe de onde, passam por grandes êxitos, alcançam rapidamente o topo e depois caem miseravelmente. Já nos esquecemos de Jânio Quadros? Lula é diferente de Jânio em um ponto: veio de mais baixo na escala social e conseguiu uma influência mais organizada e duradoura na política do país. Dilma Rousseff, embora pareça um meteoro, não é propriamente um caso político. O fato de ela ter chegado à Presidência da República foi apenas um enorme erro de Lula cometido em um dos seus acessos de personalismo. Erro, aliás, que o empurra com mais rapidez para o fim. "O cara", de que falou Barack Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...

Há algum tempo, muitos gostavam de ver em Lula um "filho do Brasil". Era o seu primeiro mandato, quando se pensava que surgia no país uma "nova classe média". Com a crise dos dias atuais, essa "nova classe" provavelmente desapareceu. Outra das veleidades grandiosas do petista, já no fim do seu governo, foi um suposto plano para terminar com a fome no mundo. Também naqueles tempos, alguns imaginavam que o Brasil avançava para uma posição internacional de grande prestígio.

Muitos desses sonhos deram em nada, mas, para o bem e para o mal, Lula foi um filho do Brasil. Aliás, também o foram os milhares, milhões de jovens fruto do "milagre econômico" dos anos Médici, assim como, antes deles, os filhos da democracia e do crescimento dos anos JK, ou, se quiserem, algumas décadas mais atrás, da expansão aluvional das cidades que assinala o nosso desenvolvimento social desde os anos 1930. No Brasil, temos a obsessão permanente do progresso, assim como uma certa vacilação, também permanente em nosso imaginário, entre a ditadura e a democracia. Lula foi uma variante desse estilo brasileiro de vida. Queria resolver as coisas, sempre que possível, com "jeitinho", ao mesmo tempo que sonhava com as benesses do "Primeiro Mundo" e da modernidade.

Na política brasileira, porque vinha de baixo, o petista tinha traços peculiares que se revelam em sua busca de reconhecimento como indivíduo. Nesse aspecto está o seu compromisso com a democracia, aliás muito aplaudido no início de sua vida como político. O sindicato foi seu primeiro degrau e, mais adiante, uma das raízes de seus problemas. É que, a partir desse ponto, Lula passou a buscar seu lugar como cidadão numa instituição aninhada nos amplos regaços do Estado. Ele começou em uma estrutura às vezes repressiva e muitas vezes permissiva, que dependia, sobretudo, como continua dependendo, dos recursos criados pelo Estado por meio do "imposto sindical". A permissividade maior vinha do fato de que tais recursos não passavam, e ainda não passam, pelo controle dos tribunais de contas.

O maior talento pessoal de Lula foi sair do anonimato, diferenciando-se dos parceiros de sua geração. No sindicalismo, falou sempre contra o "imposto". E talvez por isso mesmo tenha logrado tanto prestígio como sindicalista combativo e independente que não precisou fazer nada de concreto a respeito. Na época das lutas pelas eleições diretas e pelo fim do autoritarismo reinante sob o Ato Institucional nº 5, dizia que "o AI-5 dos trabalhadores é a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT". Mas em seu governo não só manteve o imposto e as leis sindicais corporativistas como foi além, generalizando para a CUT e demais centrais sindicais os benefícios do imposto.

O que tem sido chamado, em certos meios, de "carisma" de Lula foi sua habilidade de sentir o seu público. Chamar essa "empatia", uma qualidade que qualquer político tem, em grau maior ou menor - e que, aliás, sempre faltou a Dilma -, de "carisma" é uma impropriedade terminológica. Em sociologia, o fenômeno do "carisma" pertence ao universo das grandes religiões, raríssimo no mundo político, e, quando ocorre, é sempre muito desastroso. Os fascistas de Mussolini diziam que "il Duce non può errare" ("o Duce não pode errar"), para exaltar uma suposta sabedoria intrínseca ao ditador. Não era muito diferente das fórmulas típicas do "culto da personalidade" de raiz stalinista. Embora tais fórmulas estejam superadas na esquerda há tempos, os mais ingênuos entre os militantes do PT ainda se deixam levar por coisas parecidas. Consta que, no mundo de desilusões e confusões do "mensalão", um intelectual petista teria dito: "Quando Lula fala, tudo se esclarece". Não ajudou muito...

Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das expressões da complexa integração das massas populares à democracia moderna no Brasil. É da natureza da democracia moderna que incorpore, integre a classe trabalhadora. No Brasil, como em muitos países, isso sempre se fez por meio de caminhos acidentados, entre os quais o corporativismo criado em 1943, no fim da ditadura getuliana, e mantido pela democracia de 1946, como por todos os interregnos democráticos que tivemos desde então. O corporativismo se estende também às camadas empresariais, assim como a diversos órgãos de atividade administrativa do Estado brasileiro. Favoreceu a promiscuidade entre interesses privados e interesses públicos e certa medida de corrupção que, de origem muito antiga, mudou de escala nos tempos mais recentes com o crescimento industrial e a internacionalização da economia brasileira. Nessa mudança dos tempos, Lula passou de "sindicalista combativo" a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem foi no passado uma esperança de grande parte do povo brasileiro.

Por: Francisco Weffort*

* Professor emérito do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Cultura (de 1995 a 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso). Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT)

RESUMÃO: O desabamento de todas as farsas


Brasília- DF 07-10-2015 Foto Lula Marques/Agência PT  Presidenta, Dilma durante Cerimônia - Ano Olímpico para o Turismo Centro de Convenções Ulysses Guimarães,

Por Felipe Moura Brasil

1.

– Dilma, em vez de agradecer ao STF por lhe dar mais chances com redefinição do rito, repete tese de “golpe” e é desmascarada pelos ministros.

– Gilmar Mendes: intervenções “que determinaram o refazimento até de comissões” mostram que “regras do Estado de Direito estão sendo observadas”.

– Dias Toffoli: “Alegar que há um golpe em andamento é uma ofensa às instituições brasileiras”. Dilma ofende o Brasil.

– Celso de Mello: Dilma comete “gravíssimo equívoco” pois Congresso e STF “deixaram muito claro o procedimento de apurar a responsabilidade”.

– Celso de Mello acha “no mínimo estranho” Dilma dizer que Brasil tem “veio golpista adormecido”. Dilma maldiz o país para o mundo.

– Para completar, o presidente do STF e amigo da família Lula, Ricardo Lewandowski, disse que… Nada, claro.

– Oposição foi à Justiça para evitar que Dilma se defenda na ONU chamando impeachment de “golpe”. Mesmo que ela amarele, dará entrevistas.

– Incapaz de se defender das acusações, governo Dilma estimula ataques internacionais contra instituições e maioria do povo brasileiro. Podre.

– Imprensa internacional é tão majoritariamente esquerdista quanto a brasileira. Diferença é que a nossa já entendeu que governo Dilma não a representa.

– The Economist: acusação parece “tão pequena que apenas um punhado de deputados se preocupou em mencionar isso em seus dez segundos” de voto.

– Revista britânica ecoa Cardozo, ignorando comissão onde os crimes fiscais de Dilma foram debatidos em 10 sessões e que julgamento será no Senado.

– Como lembra o Radar de VEJA: Jaques Wagner, hoje no governo, também dedicou seu voto “sim” ao impeachment de Collor em 1992 aos pais e filhos.

– Wagner disse que divisão era entre brasileiros que querem desfraldar a bandeira e aqueles que querem manter o jogo da corrupção. Ele ficou deste lado.

2.

– Guido Mantega intermediou pagamento de caixa 2 para a campanha de Dilma Rousseff em 2014 e virou trend topic no Twitter. Parabéns.

– Mônica Moura, mulher do marqueteiro do PT João Santana, foi quem dedurou Guido. Delcídio, ex-líder do governo, delatou Dilma. É tudo gente deles.

– Mantega indicou a Mônica várias vezes executivos de empresas a serem procurados por ela para receber dinheiro de caixa 2. Só a elite da propina.

– Na campanha de Dilma de 2014, pelo menos R$ 10 milhões foram pagos a Mônica e João fora da contabilidade oficial, sendo R$ 4 milhões da Odebrecht.

– Enquanto isso, Dilma repete pelo mundo o mantra de que foi “legitimamente eleita”, “democraticamente eleita”… Mentira. Foi “propinamente” eleita.

– Mônica: pagamentos via caixa 2 também ocorreram em Dilma-2010, Lula-2006, Fernando Haddad-2012, Marta Suplicy-2008 e Gleisi Hoffmann-2008.

– “Em defesa da democracia”, PT sempre fraudou a democracia. Só variam métodos: mensalão, petrolão, bolsa-deputado, caixa 2 para gastos eleitorais.

– Em país sério, Dilma, Lula, Haddad, Marta e Gleisi seriam no mínimo considerados inelegíveis. Aparentemente, todos foram “propinamente” eleitos.

3.

– Dona da agência Pepper afirma que recebeu recursos “por fora” num total de R$ 58 milhões para abastecer as campanhas de Dilma de 2010 e 2014.

– Giles Azevedo, braço-direito de Dilma, foi quem orientou Danielle Fonteles a montar a engenharia financeira responsável por abastecer as campanhas.

– A maior parte do dinheiro vem de empreiteiras do petrolão e de agências de comunicação e publicidade que prestam serviço para o governo federal.

– No time do petrolão, os contratos fictícios foram feitos com Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht. No das agências, destaca-se a Propeg.

– A baiana Propeg está entre as oito que mais receberam verbas do governo Dilma nos últimos anos. Possui as contas da Caixa e do Ministério da Saúde.

– Traduzindo: empresas que têm contratos com o governo do PT financiaram ilegalmente as campanhas eleitorais de Dilma com o dinheiro que receberam.

– Dinheiro sai dos bolsos dos pagadores de impostos, vai para empresários amigos do governo e volta parcialmente “por fora” para as campanhas petistas.

– Danielle disse ter recebido ilegalmente R$ 6,1 milhões da Andrade Gutierrez, confirmando depoimento de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira.

– Quando coincidem as palavras de dois delatores que acertaram um pagamento ilegal, a beneficiária política do pagamento (Dilma) está mesmo enrolada.

– Pepper virou uma lavanderia de dinheiro do PT que, só entre 2013 e 2015, movimentou em conta própria R$ 58,3 milhões (“em defesa da democracia”).

– Danielle afirma que abriu conta na Suíça em 2012, sob o conhecimento de Giles, para a Pepper receber US$ 237 mil da Queiroz Galvão. Giles é Dilma.

4.

– Eis um resumo dos braços de Dilma, a mulher “honesta”, a presidente “honrada”:

* Guido Mantega montou esquema de caixa 2 do petrolão para pagar o marqueteiro das campanhas;

* Giles Azevedo montou esquema de caixa 2 da Pepper para pagar abastecer as campanhas;

* Erenice Guerra operou esquema na Receita Federal e propinoduto em Belo Monte;

* Delcídio do Amaral garantiu Marcelo Navarro no STJ para libertar Marcelo Odebrecht;

* Aloizio Mercadante tentou comprar o silêncio de Delcídio.

– Dilma é uma ilha de “honestidade” cercada de golpes de todos os lados. Ela não sabe de nada, coitadinha. Que dó!

5.

Ciclovia

– Despenca um trecho da ciclovia Tim Maia, inaugurada há três meses na Av. Niemeyer no Rio de Janeiro. Não resistiu à primeira ondinha mais forte.

– Trecho desabou, ciclovia não foi imediatamente interditada, muita gente circulou, buscas a possíveis vítimas demoraram… Planejamento zero.

– Bombeiros confirmaram que dois corpos de homens foram resgatados do mar após o desabamento e uma terceira vítima ainda é procurada.

– O prefeito do Rio, Eduardo Paes, desembarcava na Grécia para cerimônia de transporte da tocha olímpica, mas decidiu voltar ao Brasil.

– Fernando Haddad fez em São Paulo a ciclovia mais cara do mundo, com R$ 54 milhões. Com R$ 45 milhões, Paes fez no Rio a mais breve.

– Secretário Pedro Paulo: suspeita inicial é de que “força da onda de baixo para cima” levantou o platô da ciclovia desprendendo-o das vigas.

– Venham tranquilos, turistas. Não temos governo federal nem garantimos que obras olímpicas não desabem. Ah: crimes aumentaram. Resto está ok.

Dono da Engevix delata Temer, Renan, Erenice e propina para campanha de Dilma



Época\Por: DANIEL HAIDAR, ANA CLARA COSTA E DIEGO ESCOSTEGUY

O engenheiro José Antunes Sobrinho, de 63 anos, prosperou nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ele é um dos donos da Engevix, empreiteira que ascendeu a partir de 2003, por meio de contratos, financiamentos e empréstimos obtidos com estatais e bancos públicos. A empresa valia R$ 141 milhões em 2004. Dez anos depois, faturava R$ 3,3 bilhões. O modelo de negócios de Antunes era simples e eficiente, adaptado ao capitalismo de Estado promovido pelos governos petistas. Consistia em corromper quem detivesse a caneta capaz de liberar dinheiro público à empresa dele. Ou, se esse estratagema não fosse suficiente, corromper os chefes políticos e amigos influentes daqueles que detivessem as canetas. Antunes e seus sócios pagavam propina, portanto, para conseguir o acesso ao dinheiro público barato que, por sua vez, permitiria à Engevix conseguir, mediante mais propina, os grandes contratos públicos de serviços e obras, em estatais como Petrobras, Eletronuclear, Furnas, Infraero e Belo Monte.

Petistas se surpreendem com desânimo de Lula



Petistas que privam do convívio com Lula se dizem preocupados com o desânimo do cacique petista. Receiam que, na guerra contra o impeachment, ele não se animará a quebrar lanças no Senado como fez na Câmara. Cristalizou-se a impressão de que não é mais possível reverter a tendência a favor do afastamento de Dilma —inicialmente por até seis meses.

Avalia-se que o desprezo com que Dilma tratou os congressistas nos seus quase seis anos de mandato produziu feridas que não podem ser curadas em poucos dias. O abatimento de Lula foi potencializado pela decisão do STF de adiar por tempo indeterminado o julgamento da legalidade de sua nomeação para a chefia da Casa Civil.

Por: Josias de Souza

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Brasileiros de NY protestam contra Dilma nesta sexta em frente à sede da ONU


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Brasileiros que moram em Nova York e se opõem ao sistema cleptocrata em vigência em nosso país têm uma tarefa nesta sexta-feira: protestar em frente à ONU contra Dilma Rousseff. A manifestação é promovida pelo Movimento Brasil Livre. Coordenadores nacionais do movimento estarão presentes. Dilma participa da solenidade do acordo sobre o clima, mas pretende anunciar ao mundo uma mentira escandalosa: a de que estaria em curso um golpe no Brasil. É preciso que deixemos claro que isso não é apenas um equívoco: é um crime.

Há apenas uma força política relevante no Brasil que é golpista: o PT!

A verdade é que Dilma e seu partido não se conformam com o triunfo do Estado Democrático e de Direito. Dilma vai cair. Dilma já caiu. Porque a Constituição vai triunfar.

É nesta sexta, a partir das 7h30 (hora local), em frente à sede da ONU, em Nova York.

Marque um encontro com o Brasil que tem vergonha na cara e não rouba ninguém!

JUSTIÇA DOS EUA QUER DILMA EXPLICANDO SEU PAPEL NO ‘PETROLÃO’



Se não tivesse imunidade diplomática, ao desembarcar em Nova York nesta quinta, 21, a presidente Dilma seria chamada a explicar à Justiça americana seu comportamento omisso na presidência do conselho de administração da Petrobras, enquanto ocorria o “petrolão”, um dos maiores esquemas de corrupção já vistos no mundo. O Itamaraty teve de atuar para evitar uma saia justa: o indiciamento da presidente, com base nas reformas de regras de Wall Street após a crise de 2008.

Justiça dos EUA apura a compra criminosa da refinaria de Pasadena: avaliada em US$ 42,5 milhões, custou US$1,3 bilhão ao Brasil.

Depoimentos na Lava Jato, como o ex-diretor Nestor Cerveró, mostram que Dilma sabia da negociata em curso para a compra de Pasadena.

Tramita na Corte Federal de NY uma class action (ação conjunta) de investidores contra prejuízos causados pela gatunagem na Petrobras.

Nessa class action, investidores internacionais exigem da Petrobras indenização total de US$ 98 bi, equivalentes a R$ 350 bilhões.

DELAÇÃO ENTREGA À PF LISTA DE JORNALISTAS E BLOGUEIROS PAGOS PELA CAMPANHA DE DILMA


JEFERSON ADMITIU COTRATO COM A PEPPER, MAS NEGOU
 RECEBER DINHEIRO PELO DILMA BOLADA.

Em sua delação premiada no âmbito da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, a empresária Danielle Fonteles, proprietária da empresa Pepper Interaviva, admitiu a movimentação de cerca de R$ 58,3 milhões em contas próprias, sendo que parte desse dinheiro foi utilizado para bancar despesas da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, principalmente o pagamento a blogs favoráveis ao PT contratados para atuar na guerrilha virtual nas redes sociais.

O teor da delação foi revelado pela revista IstoÉ deste fim de semana, em reportagem de Sérgio Pardellas, incluindo o detalhe de que o dinheiro que abasteceu o esquema, segundo orientação de Giles Azevedo, assessor pessoal da presidente Dilma Rousseff, foi obtido junto à OAS e à Odebrecht, por meio de contratos fictícios ou superestimados.

Coube a Pepper o pagamento de um pixuleco de R$ 20 mil mensais para o criador do perfil de humor chapa branca “Dilma Bolada”, Jefferson Monteiro. A reportagem lembra que a personagem fazia troça de adversários com a mesma veemência com que exaltava iniciativas e discursos da presidente, até mesmo os mais frugais. Em 29 de outubro do ano passado, o blogueiro jurou à CPI dos Crimes Cibernéticos que não era pago para manter o perfil "Dilma Bolada". 

Uma lista contendo o nome de dezenas de jornalistas destinatários da verba repassada pela Pepper foi entregue por Danielle aos investigadores. Os nomes permanecem guardados a sete chaves, segundo a revista, e podem ensejar outra investigação.

Oficialmente, a Pepper foi responsável pela estratégia de internet da campanha da presidente Dilma em 2010. Na reeleição, em 2014, ficou encarregada de produzir as páginas da candidata do PT no Facebook e Twitter. Pelo trabalho, recebeu R$ 530 mil por mês.