Depois de demitir Luiz Henrique Mandetta porque o então ministro defendia o isolamento social e não recomendava o uso de cloroquina — remédio que está longe de ser panaceia para a Covid-19, pode causar arritmias graves e é fabricado por um amigo do presidente da República –, Jair Bolsonaro escolheu um desconhecido, inclusive para ele próprio, para a pasta. Queria um fantoche.
Nelson Teich, o Breve, até se prestou ao papel durante algum tempo, mas acabou saído do Ministério da Saúde de forma humilhante: viu-se aviltado publicamente, ao não poder escolher a própria equipe, e tutelado abertamente pelo secretário-executivo da pasta designado por Bolsonaro, o general Eduardo Pazuello. Seu pecado: não recomendar cloroquina, assim como Mandetta.
Agora, o presidente deverá escolher alguém que partilha da mesma crença infantil da cloroquina como panaceia para a Covid-19,
Bolsonaro transformou a pandemia num pandemônio, esta é a verdade, em prejuízo da ciência e, consequentemente, de milhares de vidas que poderiam ser poupadas, tivéssemos um presidente à altura do cargo.
Não importa quem seja o novo ministro da Saúde, o vírus continuará no comando porque ele tem um cúmplice no Palácio do Planalto: o presidente da República.
Pobre Brasil.
Em O Antagonista
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