Livrar-se de dois ministros da Saúde em plena pandemia e transformar a interinidade de um general em suplício permanente são insanidades que a cloroquina não cura. Converte-se o inacreditável em inaceitável quando um coronel no exercício da função de número 2 do Ministério da Saúde destrata um garçom.
"Sai daí. Eu falei não. O que você não entendeu?", rosnou o coronel Élcio Franco, braço direito do general Eduardo 'Interino' Pazuello, para um servidor que tentava executar o seu trabalho. Disponível no vídeo acima, a cena espanta pela grosseria, pela covardia e pela insensatez.
O coronel foi grosso ao servir truculência a quem desejava agraciar-lhe com um cafezinho. Foi covarde ao expôr seus maus bofes para alguém que pagaria com a demissão se reagisse à altura. Insensato é o presidente que concede credenciais de chefe a quem confunde grossura com autoridade e cargo com propriedade.
O comportamento do coronel, que seria inadmissível até na estrebaria de uma instalação militar, foi exibido numa reunião do Conselho Nacional de Saúde, nesta sexta-feira (10). Não há vestígio de um pedido de desculpas.
Por Josias de Souza
Um comentário:
Certos portadores de coturno preto acreditam que "vigor autoritário" resolve tudo.
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