Como sempre faço, ou como nunca faço, não entrarei no mérito sobre as acusações que pesam contra o senador José Serra (PSDB-SP). Se procurarem no blog, nunca encontrarão tal procedimento. Deixo que a apuração avance. Se e quando a coisa chega a termo, como ocorreu com a sentença condenatória de Lula, então verifico se há congruência, revelada por provas, entre a denúncia e a condenação. Em caso de absolvição, verifico se há provas que foram ignoradas. A condenação de Lula, como resta evidente, se deu sem provas. E nunca ninguém aceitou o desafio de dizer em quais páginas da sentença de Sergio Moro elas aparecem. Adiante.
Não será diferente com Serra: interessa-me a questão técnica: saber se o devido processo legal — e, por extensão, o estado de direito — está sendo seguido ou não.
E, mais uma vez — e é quase uma constante na Lava Jato — pode-se afirmar sem sombra de dúvida: não está.
Num momento em que a Lava Jato e suas franquias estão sob questionamento severo e apropriado de Augusto Aras, procurador-geral da República, e de outros entes da sociedade civil, a filial de São Paulo resolveu arreganhar os dentes em busca de um peixão. Ou de um tucano.
Prestem atenção ao noticiário. Nesta sexta, ninguém menos do que Sergio Moro saiu disparando contra Aras (leia post). Vocês devem se lembrar: trata-se daquele ex-juiz, ex-ministro da Justiça e, na prática, chefe da Lava Jato — como revelaram reportagens do site The Intercept Brasil e parceiros. A campanha eleitoral de 2022 já começou. Não por acaso, Sérgio Moro, em pessoa, disparou contra Aras nesta sexta.
Melhor: nem peixe nem tucano. Serra está servindo de boi de piranha da operação.
Não viveremos dias tranquilos, não! Tudo indica que a Procuradoria Geral da República, a OAB e entes outros da sociedade civil, em número considerável, acordaram para os desmandos da Lava Jato e para a parceria nefasta que se estabeleceu com o ex-juiz, o ex-ministro e o hoje político Sergio Moro.
Falta agora que também a imprensa tome mais cuidado ao noticiar arreganhos autoritários.
É claro que é preciso combater a corrupção, venha de onde vier. Assim como é preciso tomar banho, limpar a casa e cuidar do nosso jardim, como diria Cândido, de Voltaire, depois que acordou do abestalhamento.
Inaceitável é que, sob tal pretexto, se destruam o estado de direito e o devido processo legal, conduzindo o país para o abismo.
O abismo em que precisamente nos encontramos.
Não será diferente com Serra: interessa-me a questão técnica: saber se o devido processo legal — e, por extensão, o estado de direito — está sendo seguido ou não.
E, mais uma vez — e é quase uma constante na Lava Jato — pode-se afirmar sem sombra de dúvida: não está.
Num momento em que a Lava Jato e suas franquias estão sob questionamento severo e apropriado de Augusto Aras, procurador-geral da República, e de outros entes da sociedade civil, a filial de São Paulo resolveu arreganhar os dentes em busca de um peixão. Ou de um tucano.
Prestem atenção ao noticiário. Nesta sexta, ninguém menos do que Sergio Moro saiu disparando contra Aras (leia post). Vocês devem se lembrar: trata-se daquele ex-juiz, ex-ministro da Justiça e, na prática, chefe da Lava Jato — como revelaram reportagens do site The Intercept Brasil e parceiros. A campanha eleitoral de 2022 já começou. Não por acaso, Sérgio Moro, em pessoa, disparou contra Aras nesta sexta.
Melhor: nem peixe nem tucano. Serra está servindo de boi de piranha da operação.
Não viveremos dias tranquilos, não! Tudo indica que a Procuradoria Geral da República, a OAB e entes outros da sociedade civil, em número considerável, acordaram para os desmandos da Lava Jato e para a parceria nefasta que se estabeleceu com o ex-juiz, o ex-ministro e o hoje político Sergio Moro.
Falta agora que também a imprensa tome mais cuidado ao noticiar arreganhos autoritários.
É claro que é preciso combater a corrupção, venha de onde vier. Assim como é preciso tomar banho, limpar a casa e cuidar do nosso jardim, como diria Cândido, de Voltaire, depois que acordou do abestalhamento.
Inaceitável é que, sob tal pretexto, se destruam o estado de direito e o devido processo legal, conduzindo o país para o abismo.
O abismo em que precisamente nos encontramos.
Por Reinaldo Azevedo
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