O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que a Embraer e a Yaborã, empresa criada para a transição da divisão comercial para a Boeing, apresentaram proposta para adoção de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) e redução de salário em unidades do Vale do Paraíba.
OVALE apurou que a medida está sendo negociada com o governo federal e com vários sindicatos de trabalhadores.
No lay-off, pela regra, parte dos salários passa a ser paga com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). A medida também tem que ser adotada com prazo determinado.
No Vale, nesta semana, a montadora General Motors propôs adotar lay-off de até quatro meses e reduzir os salários em até 25%.
No caso da Embraer, o sindicado disse que foi a segunda rodada de negociação sobre o regime que será aplicado aos trabalhadores após as férias coletivas, que terminam em 9 de abril.
“A Embraer e Yaborã propõem lay-off para uma parte dos trabalhadores. Para quem ficar na fábrica ou trabalhar em regime de home office, a proposta é redução da jornada com redução de salário”, disse o sindicato.
A medida atingiria as fábricas da Embraer, Yaborã e Eleb (produção de trens de pouso) na região. As negociações entre as empresas e o sindicato continuarão nesta sexta-feira (3).
O sindicato disse que é contrário à proposta de redução de salário e reivindica licença remunerada e manutenção de direitos e salários para o período de crise do coronavírus.
A Embraer divulgou nota sobre o assunto: “A empresa informa que está analisando a situação junto com os governos e sindicatos locais, para tomar a decisão mais adequada para proteger os colaboradores do contágio pelo coronavírus e, ao mesmo tempo, manter operações críticas para atender as necessidades essenciais dos clientes e da população, de forma que se tenha o menor impacto possível para todos”.
Em O Vale
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