quinta-feira, 23 de abril de 2020

Novo amigão de Bolsonaro frequentava escritório da propina na Lava-Jato


Arthur Lira, o candidato de Bolsonaro para presidir a Câmara no lugar de Rodrigo Maia: do bunker do doleiro ao gabinete presidencial //Divulgação

A Operação Lava-Jato descobriu uma organização criminosa formada por políticos, servidores públicos e empreiteiras instaladas no comando da Petrobras.

Unidos no famoso clube do bilhão, os empreiteiros formaram um cartel para partilhar contratos bilionários na estatal. Das obras superfaturadas em bilhões jorravam campos de exploração de propina que alimentaram os bolsos e os caixas de campanha do PT, do MDB e do PP.

Uma das “agências” de distribuição da propina paga pelas empreiteiras, revelou veja em maio de 2014, funcionava no escritório do doleiro Alberto Youssef. Quando prendeu o operador e passou a seguir a trilha de suas operações, a Polícia Federal descobriu nos registros da portaria do prédio onde o doleiro operava os pagamentos uma lista de políticos ilustres, a maioria do PP.

Nas fotos da portaria do doleiro, Lira e seus colegas de PP alvos da Lava-Jato por receber propina do esquema da Petrobras Veja/Divulgação

Youssef era o operador financeiro das propinas do PP na Petrobras. Em sua delação, ele apresentou provas que colocaram boa parte dos visitantes do seu escritório na cadeia. Outros foram denunciados e ainda lutam para escapar de processos.

É com essa turma do seu antigo partido que Jair Bolsonaro voltou a se abraçar nos últimos dias. Veja o vídeo com Arthur Lira, o candidato de Bolsonaro para presidir a Câmara no lugar de Rodrigo Maia.

Arthur Lira, chegando ao bunker usado por Alberto Youssef em São Paulo para distribuir propina dos contratos da Petrobras VEJA/VEJA

Réu na Lava-Jato por corrupção passiva, Lira nega conhecer Youssef e afirma ter ido ao prédio onde fica seu escritório em 2010, quando ainda não era parlamentar, para uma outra reunião.


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