A questão é de enorme relevância. Deveria preocupar a todos. Bolsonaro tomou gosto pelo comportamento de alto risco. Sua implicância com o apreço do ainda ministro Henrique Mandetta pela ciência potencializa uma estonteante tendência do presidente para a autodesmoralização.
Muita gente está empenhada em chamar a atenção de Bolsonaro, dentro e fora do governo. Os alertas soam sobretudo nos lábios de ministros militares. Mas isso parece agravar a situação. Bolsonaro demonstra uma incapacidade atroz de resistir aos impulsos. Flerta com o suicídio político. Chamar sua atenção só tem contribuído para agravar o quadro. Ele se sente perseguido.
A cada novo pronunciamento, a cada contato com os súditos do cercadinho do Alvorada, Bolsonaro oferece farta matéria prima para críticas ao seu comportamento. Quanto mais se critica o presidente, mais ele se mostra incapaz de resistir às tentações autodestrutivas.
Auxiliares que imaginam desfrutar da amizade de Bolsonaro avaliam que ele impõe à sua Presidência riscos insondáveis. Mas não se deve dizer isso em voz alta, porque aí mesmo é que ele põe fogo às próprias vestes. O capitão vai se tornando um presidente impossível de ser presidido.
Por Josias de Souza
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