O senador Randolfe Rodrigues, um dos expoentes do Congresso e com brilhante atuação na CPI da Covid-19, afirma que procurador-geral da República, Augusto Aras, não está só sentado em cima do relatório final da Comissão, mas “faz algumas medidas que assemelham-se a intimidação aos seus antigos membros”.
Segundo o senador, Aras pediu depoimentos do presidente da CPI, Omar Aziz, e do relator, Renan Calheiros, por conta de eventual vazamento na Comissão.
Depois, ainda tentou desarquivar um inquérito contra Renan Calheiros, que o ministro Edson Fachin, afirmou ser tempestivo a tentativa do Procurador-Geral da República.
“É clara e nítida a ação de perseguição e revanchista que ocorre dois dias após a entrega do relatório da CPI. Isso tudo me forçou na semana passada a anunciar que eu estava disposto a pedir a abertura de um processo de impeachment contra Aras no Senado”, diz Randolfe.
A coluna mostrou que Aras mostrou estar mudando levemente o curso de sua atuação, antes sempre subalterno ao governo.
De acordo com o senador, contudo, “são sinais ainda muito tímidos de que ele quer seguir no caminho do Ministério Público e ainda pesam sinais muito fortes de que ele é subalterno, continua servindo Jair Bolsonaro”.
“Os sinais ainda são muito contraditórios dos movimentos dele”, concluiu.
O parlamentar tem razão.
Na Veja
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