Estou entre aqueles que consideram que é chegada a hora de perder a paciência com golpistas, exercitando, assim, um dever cívico. Oh, não! Nada a ver com agressões, enfrentamentos, pancadaria.
Temos de ser impacientes com os defensores da ditadura não lhe validando o discurso. É preciso desmoralizar aqueles que não aceitam o pacto democrático. Não podem ser considerados vozes com as quais se pode dialogar.
Podemos e devemos divergir sobre o que fazer NA democracia, não sobre o que fazer DA democracia. O único caminho aceitável é preservá-la e torná-la efetiva, para que os mais pobres também possam se beneficiar de seus valores.
É preciso exercer intolerância intelectual com intolerantes.
Assim, mandou bem o ministro Luiz Roberto Barroso nas notas do "Painel", da Folha, que transcritas abaixo:
Faria de novo
Em live da associação Livres na segunda (8), o ministro do STF Luís Roberto Barroso defendeu as decisões tomadas pela Corte que incomodaram bolsonaristas.
De quem é a culpa
O ministro perguntou se o real foi "a moeda que mais se desvalorizou" no planeta ou se "temos sido o pior país no combate à pandemia no mundo" porque Alexandre de Moraes impediu a nomeação de Ramagem na PF ou porque ele impediu a expulsão de venezuelanos do Brasil.
Do céu
Barroso também disse que não é por causa do STF que o país está em seu terceiro ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (interino), "que é paraquedista, e não sanitarista ou epidemiologista ou infectologista", e não tem experiência como gestor.
Santo remédio
O ministro também diz não ver risco real de um golpe e afirma que as Forças Armadas "não apoiam nem desapoiam" qualquer governo. Ele ainda lista as justificativas dadas para o golpe militar em 1964, como combate à corrupção ou controle da agitação das massas, e diz que agora, com os militares no governo, não fariam sentido. "Eles vão dar o golpe [em nome] de quê? Difundir a cloroquina?", disse.
Por Reinaldo Azevedo
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