O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, exonerou neste domingo o subcomandante da PM Sérgio Luiz Ferreira de Souza. O comandante, coronel Julian Pontes, está afastado por Covid-19, razão por que Souza estava à frente da corporação, que nada fez diante do ataque ao Supremo. Pior e absurdamente mais grave: investiga-se a eventual ação, ou inação, concertada entre a PM e o GSI (Gabinete da Segurança Institucional), chefiado pelo general Augusto Heleno, um dos militares que já ameaçaram o país com um golpe de Estado.
No dia 7 de junho, Heleno se misturou a manifestantes na Praça dos Três Poderes que apoiavam Bolsonaro e pregavam golpe de Estado. Justificou, no Twitter, assim a sua presença no local:
"Fui à Esplanada dos Ministérios agradecer aos integrantes das forças de segurança pelo trabalho abnegado e competente que realizam em prol de manifestações pacíficas. É atitude de camaradagem, comum entre nós, militares."
"Abnegados e competentes", os "camaradas" de Heleno viram, neste sábado, o prédio do STF sob fogo e nada fizeram diante de um flagrante de crime contra a segurança nacional.
Não custa lembrar: o salário da PM do DF é pago pela União. Bolsonaro só vetou a exclusão de algumas categorias do congelamento de salários dos servidores, exigida por Paulo Guedes, depois de aprovado o reajuste de salários das forças de segurança do DF.
A escalada da indisciplina está em curso.
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