O governador João Doria abriu a coletiva de imprensa sobre as novas medidas a serem tomadas para conter casos do novo coronavírus nesta sexta-feira, 27, com duras críticas à postura do presidente Jair Bolsonaro.
Durante o texto de abertura, o político afirmou que quase metade da população mundial está em isolamento, diferente do que defende o presidente, e chegou a questionar: “O mundo inteiro está errado e o único certo é o presidente Jair Bolsonaro?”.
Doria aproveitou a fala para criticar uma divergência de informações entre o Ministério da Saúde e o presidente, questionando se há dois governos federais, um técnico e outro fazendo o oposto. “O Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes no país”, disse.
O governador ainda reiterou o pedido para que as pessoas fiquem em casa. “A política que mata pessoas não salva a economia”, afirmou. Doria ainda comparou o presidente Bolsonaro ao prefeito de Milão, Giuseppe Sala. “O resultado da irresponsabilidade em Milão hoje representa 4 400 italianos mortos, enterrados, sepultados, que perderam a vida porque acreditaram na mensagem que não era preciso parar”, declarou.
Durante a reunião, Doria anunciou que o governo do estado repassará 50 milhões de reais para a prefeitura da cidade para ajudar no financiamento dos dois hospitais de campanha montados na capital paulista. Ao todo, os 645 municípios de São Paulo receberão o repasse de 309 milhões de reais para compra de insumos e montagem de Hospitais de Campanha para atender vítimas de Covid-19.
Doria ainda afirmou que orientou a Secretaria de Transportes para liberar, a partir de hoje, que todos os espaços de pesagem nas estradas, para apoio e descanso de caminhoneiros. A medida vale até 30 de julho.
Os caminhoneiros também poderão acessar a cidade de São Paulo pelas rodovias aos domingos, ação que era proibidas em finais de semana.
Na Veja.com
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