quinta-feira, 26 de março de 2020

Prefeitos do Vale rebatem pronunciamento de Bolsonaro e defendem ações efetivas


Ação. Felicio Ramuth (PSDB), o prefeito de São José dos Campos, cobrou ações efetivas do presidente
Foto: /Claudio Vieira/PMSJC

O pronunciamento em rede nacional do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na terça-feira, teve repercussões também na política do Vale do Paraíba. Com discursos similares, os prefeitos das três maiores cidades da região defenderam a quarentena adotada em São Paulo.

Em São José dos Campos, o prefeito Felicio Ramuth (PSDB) adotou tom de cautela ao tratar o assunto. Para ele, é necessário que o presidente se posicione por meio de medidas efetivas.

"Quero aqui pedir ao Presidente da República, se através das suas informações, o caminho correto para se vencer o coronavírus seja outro, o senhor aja. O senhor não pertence mais ao Legislativo, o senhor hoje é um Presidente da República, é do Executivo. Executivo tem que agir, ações efetivas", cobrou o prefeito.

Para o tucano, as ações já adotadas pelo município estão no caminho certo.

"Não me cabe questionar ou não a posição do presidente, e sim pedir para que ele tenha uma ação efetiva", continuou. "Posso até discordar dela, mas tenho que cumprir, essa é minha atribuição", concluiu Felicio.

Ortiz Junior (PSDB), em Taubaté, usou das redes sociais para defender o papel empenhado na cidade, assim que o pronunciamento do mandatário se encerrou. "Fui eleito para fazer o melhor por vocês. Acredito que o melhor é o que o mundo inteiro está fazendo", cutucou o prefeito. "Lá na frente não terei problemas se for questionado por ter sido cuidadoso, preocupado demais. Não me perdoaria de não ter feito tudo que poderia ter feito para evitar mortes".

Em Jacareí, Izaias Santana (PSDB), assumiu tom mais duro nas críticas a Bolsonaro.

"É uma fala isolada do mundo, isolada das principais orientações técnicas e sem a assessoria da pessoa mais responsável que está ao lado dele neste assunto, que é o ministro da Saúde. Como a fala não tem base legal nem técnica, o nosso dever -- como agentes políticos -- é desprezá-la. Nós continuaremos salvando vidas, queira o presidente ou não", defendeu.

Em O Vale

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