Há dois anos assistimos as mesmas desculpas pra qualquer coisa. O culpado é sempre um outro qualquer e ele, o presidente, não pode fazer nada.
Ora está impedido por isso ou por aquilo. O cara mais poderoso do país nunca está livre pra fazer o que tem de ser feito.
Enrola e empurra com a barriga tudo quanto é assunto que consome os neurônios e exige discernimento e coragem.
Se irrita com as cobranças e xinga a mãe do próximo, deixa a coisa correr até o limite extremo e quando alguém, enfim, toma uma providência, vai lá e rouba a autoria ou acusa de traidor.
A verdade é que ele gosta de se sentar à cabeceira, fazer bonito determinando o prato mais caro, mas quando a conta chega, empurra para o primeiro que passar na frente, mesmo que o cara não tenha sentado à mesa e só estava passando à caminho do banheiro.
Antes de ontem por milagre, ele descobriu a salvação. Dizem as más línguas que foi um demônio barbudo que lhe soprou nos ouvidos: Máscaras, álcool, distanciamento e vacinas. Muitas vacinas!!
Com todos os puxa sacos mascarados, o seu filho mais velho sugeriu o slogan para esta nova e sensacional descoberta que será a salvação da lavoura:
"A arma é vacinar".
O cara, com cérebro lobotizado, língua desconectada da realidade e caráter covarde, sempre estará pronto pra transferir aos outros os ônus pra colher os bonus.
Ontem, pra culpar governadores que tentam salvar vidas, leu a carta de um suicida. Seu filho, o mesmo que mandou enfiarem máscaras no rabo, postou a foto do cadáver. Ilimitada cafajestagem.
Ele sempre irá culpar a imprensa, o STF, o congresso, os governadores, os prefeitos, o vice, a pandemia, os fabricantes de vacinas, o PT, a oposição, os traidores, os comunistas, os esquerdistas, os outros países, a chuva, a seca, os maricas, o mi-mi-mi, a choradeira, os mortos, o coveiro e o raio que nos parte, mas nunca, nunquinha assumirá ser o único e verdadeiro culpado.
Ninguém de bom senso duvida que a hora que o calo apertar, e a saída do beco se estreitar em direção a porta da prisão, ele é bem capaz de se declarar um inimputável perante a justiça e ainda irá apontar os dedos para aqueles, desta vez com um fundo de razão, que acusará de serem os verdadeiros culpados por tudo: "SEUS ELEITORES".
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