Todo gestor incompetente, diante de um problema, toma uma ou outra decisão que, de antemão, sabe que não vai funcionar:
1. Trata o problema com simplismo. Dá a ele soluções inócuas, que disfarçam, mas não resolvem e depois empurra o problema com a barriga, até convencer as pessoas de que não tinha mesmo o que fazer e cada um vai dar o seu jeito pessoal pra conviver com a situação.
2. Convoca um grupo de trabalho, dá um nome bonito do tipo "Comitê ou Comissão de Gestão".
O nosso esperto bolsolóide tentou a primeira, não deu certo e as pessoas o culparam pela inoperância, sua avaliação caiu nas pesquisas e agora tenta a segunda alternativa.
Ele sabe que de novo não vai funcionar, mas ao menos ele dividirá as suas responsabilidades com os bobões dos demais poderes e ainda vai poder dizer: "tá vendo? Me culparam, mas também não resolveram".
Enquanto isso, o povo vai se virando como pode. Quem pode mais, reclama e manifesta com aglomerações contra as medidas de afastamento social e faz como um grupo de empresários mineiros: burlam o sistema, compram vacinas e escondidos se imunizam.
O resto, a grande maioria, que pode menos, continua na fila e, com muita sorte, diariamente entre um "buzão" e um metrô, escapa da doença.
É como se fosse aquele passageiro que perdeu o voo e não embarcou em um dos 20 aviões que estão caindo todo santo dia, sem que o bolsolóide manifeste preocupação, empatia e compaixão.
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