A nova rodada de pesquisas do Datafolha não traz uma só notícia boa para o presidente Jair Bolsonaro. Nem a manutenção do índice de 30% daqueles que o avaliam positivamente é vista com otimismo no Palácio do Planalto. Análise mais aprofundada dos números mostra que os fiéis a qualquer custo, o chamado núcleo duro de admiradores, ficam em torno de 15%.
Bolsonaro está recebendo a conta dos desmandos em série que cometeu antes e mais acentuadamente durante a pandemia: 56% não o veem como líder, 54% repudiam sua gestão na crise sanitária, 44% desaprovam o seu governo e 43% o consideram culpado pela tragédia que assola o Brasil. Nem o truque de tentar transferir a responsabilidade para os governadores deu certo: só 17% acham que a culpa é deles.
Uma fatura assaz indigesta que hoje o presidente não tem como pagar. No governo avalia-se que não há muito a fazer para reverter a situação desfavorável, a não ser investir na vacinação em massa e apostar que bons resultados tenham o condão de levar parte da população a lhe dar o benefício do esquecimento.
A ironia do destino é que o presidente que tanto se debateu contra a vacina hoje é um vacino-dependente.
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