quinta-feira, 7 de maio de 2020

Bolsonaro e Lula, unidos pela ‘República do amigo’



Nos dois mandatos em que passou no Planalto, Lula alimentou o mito do “amigo”. A vida de luxo de seus filhos e parentes, seus voos em jatinhos particulares e passagens de fim de semana em casas de veraneio eram bancadas pela bondade de algum chegado endinheirado.

A Lava-Jato mostrou que Lula usava a “República do amigo” para esconder o enriquecimento do filho pobre do Brasil e que os amigos cobravam caro, dos cofres públicos, pela amizade.

Jair Bolsonaro se elegeu cavalgando o antipetismo nascido de seguidos escândalos de corrupção. Agora, não por ironia, se vê arrastado por Sergio Moro para uma crise iniciada justamente por tentar nomear um amigo no comando da Polícia Federal. Seria a construção da nova “República do amigo”?

Os cupinchas de Bolsonaro são diferentes dos de Lula. Não bancam luxos, mas podem, se instalados com cuidado, nos lugares certos, satisfazer interesses inconfessáveis do capitão.

Um comentário:

AHT disse...

Bolsonarismo e lulopetismo são extremos tão próximos e semelhantes em desejos e vícios, que seus respectivos seguidores igualmente se julgam diferenciados e superiores aos seus vizinhos oponentes.