Eles e suas mulheres gostam de lidar com dinheiro vivo, mas serve cheque depositado por Queiroz. |
É inacreditável que os homens e as mulheres Bolsonaro usem sem pudor dinheiro em espécie para todo tipo de transação. Compra de apartamentos, casas, terrenos e salas comerciais. Compra de móveis. Cobertura de prejuízos na Bolsa. Pagamento de mensalidades de escolas e planos de saúde. Foram R$ 3 milhões (corrigidos pela inflação) de transações ao largo dos bancos. Deve ter sido mais. Por que será que essa família gosta tanto de dinheiro vivo?
Rogéria Bolsonaro, ex-mulher de Jair. Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair. Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos de Jair. Fernanda Bolsonaro, mulher de Flávio. Está faltando Eduardo nessa lista, procurem que vão achar. Não é ilegal sair por aí gastando milhões em dinheiro vivo. Sabe como é. Gavetas e cofres abarrotados com dinheiro vindo não sei de onde. Então, vamos comprar imóveis em Vila Isabel, em Laranjeiras, na Barra da Tijuca. “Moeda corrente conferida e contada e achada certa”. Tem alguma coisa errada.
Não era esquisito levar dinheiro vivo aos bancos? Não ficaria feio para os Bolsonaro? Ah, mas vamos usar nosso amigo e fiel escudeiro Queiroz para ir pessoalmente pagar nossos boletos com mochila cheia. O clã Bolsonaro empregou 102 assessores com laços familiares entre si. Fantasmas camaradas aparentemente devolviam salários a seus benfeitores. A vereadora Rogéria, ex de Jair, empregou 66 assessores. Com essa equipe, uma vereadora pode trabalhar muito pela cidade em oito anos de mandato. O que fez Rogéria?
Sejamos justos. Os Bolsonaro e as Bolsonaro não são apegados só a dinheiro vivo. Gostam também de cheques. Michelle, a primeira-dama, recebeu do Queiroz e da mulher Márcia R$ 89 mil em cheques. Isso é o “novo normal” em linguagem de Libras? Michelle descontava os cheques porque Jair “não tinha tempo de sair”. Pode um país inteiro ser feito de trouxa? Pode.
O maior poço de contradições da família é o senador Flávio, que pagou R$ 86,7 mil em dinheiro vivo por salas comerciais. Só não terá de prestar contas à Justiça se todos os poderes o blindarem. E está com jeito. Flávio acha normal mandar Queiroz pagar 114 boletos de despesas familiares. Flávio está acometido de perdas de memória significativas. Desconhece pagamento de R$ 25 mil de Queiroz em dinheiro vivo para sua mulher Fernanda. E não se lembra de ter pago em espécie parte de dois apartamentos em Copacabana. “Que eu me recorde, não”.
O título diz clã. Mas poderia ser quadrilha. O Brasil é uma bagunça moral, o reino da impunidade. Não temos um projeto de país, somos governados por incultos gananciosos. Não existe vacina contra o cinismo e o oportunismo.
Já perdi minhas ilusões por aqui. Com o Centrão aliciado, com Temer no Líbano, com um procurador como o Aras, com um presidente do STF como o Toffoli e com um presidente do Senado como o Alcolumbre, todos querendo agradar ao presidente, e o beneplácito dos evangélicos, dos militares e dos milicianos, temos um Brasil que não reconheço. E um presidente que mudou o penteado.
Um Brasil primário, em que a Educação dá “um dinheirinho” para tentar reeleger Bolsonaro com obras e assistencialismo, a pedido de Flávio. A Educação! Um país que taxa livros e isenta igrejas. Que corta os direitos de artistas e amplia os dos pastores. Que mente ao negar as queimadas na Amazônia. Um país irresponsável com mais de 100 mil mortos e sem ministro da Saúde. Políticos continuam a encher as burras de dinheiro. Impostos nunca beneficiam o contribuinte.
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