O Parlamento da Áustria aprovou na quarta-feira (18) uma moção que obriga o governo federal a vetar a aprovação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul perante o Conselho Europeu.
Com a rejeição pelos parlamentares, o novo governo austríaco, que deverá ser eleito no final deste mês, será obrigado a votar contra o pacto comercial entre os blocos europeu e sul-americano no âmbito do Conselho Europeu.
O órgão é responsável pela ratificação do acordo junto com o Parlamento Europeu e os demais Estados-membros. Todos os Parlamentos nacionais dos países do bloco devem aprovar o acordo de forma unânime, para permitir a ratificação por parte do Conselho.
O tratado entre o Mercosul –que inclui Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai– e a UE foi finalizado no dia 28 de junho, durante a cúpula do G20 no Japão, após 20 anos de negociações. A maior área de livre comércio do mundo gerada pelo pacto poderá significar economias tarifárias da ordem de € 4 bilhões para a UE, além de impulsionar exportações internacionais.
A postura do governo brasileiro em relação às queimadas na Amazônia havia gerado críticas ao acordo. Alguns países europeus, como a França, ameaçaram não ratificar o tratado mencionando, entre outros pontos, as políticas ambientais adotadas pelo Brasil e sua atuação em relação aos focos de incêndio.
A proposta recebeu o apoio de quase todos os partidos austríacos, das legendas de esquerda às ultranacionalistas de direita, com a exceção do liberal Neos, que pedia apenas algumas modificações.
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Na Folha.
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