Houve um tempo em que se sabia o nome das principais lideranças políticas. Quando os políticos começaram a ir para a cadeia, foi necessário aprender a composição do Supremo Tribunal Federal, tendo o cuidado de distinguir as togas que prendem daquelas que abrem as celas. Agora, exige-se do brasileiro que aprenda os nomes dos filhos do presidente da República. Há o Carlos das brigas nas redes sociais; o Flávio da rachadinha e das conexões milicianas de Fabrício Queiroz; e o Eduardo, que não conseguiu virar embaixador e continua expondo ao país seu nanismo intelectual —agora materializado na defesa da volta do AI-5.
Jair Bolsonaro tomou posse em 1º de janeiro. A partir do dia 2, deveria oferecer paz, probidade e empregos. Com o auxílio dos filhos, entrega atritos, suspeições e um tipo de déficit muito mais grave do que a ruína fiscal —um déficit localizado entre as orelhas dos membros da dinastia Bolsonaro. Só a falta de miolos explica a defesa que Eduardo Bolsonaro fez da adoção do AI-5 como remédio contra uma hipotética radicalização de esquerda, capaz de levar às ruas do Brasil uma revolta semelhante à que eletrifica a democracia chilena.
O presidente desautorizou o filho. Mas todos sabem que ele pensa a mesma coisa. O AI-5 não será reeditado porque a democracia brasileira pode eleger os Bolsonaro, mas não os autoriza a brincar de ditadores.
A plataforma reformista do ministro Paulo Guedes enfrenta muitas dificuldades. Mas nenhuma se equipara ao processo de autocombustão da família Bolsonaro. É como se o presidente e seus filhos se dedicassem à implantação de um projeto secreto de extermínio da oposição por meio da autossabotagem. Aos pouquinhos vai ficando claro para o país que o clã Bolsonaro não é conservador. A primeira-família é apenas arcaica. Bolsonaro e os filhos não desejam levar o país para a direita. Eles ambicionam a marcha à ré.
Por Josias de Souza
Um comentário:
MAIS UMA BOZICE: “UM NOVO AI-5 SE A ESQUERDA RADICALIZAR NO BRASIL”
E já estão querendo a cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro.
Bolsonaro sentiu o fedor da tremenda cagada do pimpolho Eduardo e não o defendeu. Se ele defendesse iria junto para o cadafalso rodeado por ansiosos verdugos de capuz vermelho.
Não tem como evitar os efeitos das bozices quando se trata de elementos soberbos e adestrados para se comportarem assim. É tremendo desgaste mental e moral gastar neurônios para inventar argumentos em defesa desses tipos. A paciência dos eleitores tem limites. Por que os eleitores, cidadãos de boa fé e esperançosos por um Brasil melhor, acreditaram no discurso do Bolsonaro?
Porque foi um discurso potencializado por uma tragédia quase fatal e parecia que seria o caminho para evitar a volta "full" do PT ao governo. Sim, a volta "full" do PT (Haddad), ou através do subordinado PDT (Ciro Gomes), porque o PT e seus antigos e fiéis partidos aliados ainda têm muitos representantes entranhados no Governo, no Congresso, na Justiça, universidades, ONGs, estatais e, às pencas, nos grandes, médios e pequenos veículos da mídia. Trata-se um exército “progressista” pronto para sabotar e dificultar a realização do que for melhor para o Brasil, pois o “quanto pior melhor” atua em favor desses guerrilheiros de colarinho branco, gravata, paletó, alguns de toga e, mais absurdo ainda, alguns de uniforme militar.
Concluindo, uma sugestão: Urgentemente, que os mais próximos, lúcidos e leais às causas defendidas pelo presidente Jair o alertem: “BOLSONARO, BOZICE DEMAIS DERRUBA QUALQUER GOVERNO, PORRA!”
AHT
01/09/2019
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