Mais fácil os Bolsonaros serem apeados do poder que o regime autoritário ser reinstalado no país (Reprodução/Youtube) |
Está chegando a hora, ou até mesmo passando dela, de os Poderes Legislativo e/ou Judiciário aplicarem algum tipo de corretivo institucional aos arreganhos autoritários da franquia presidencial Jair Bolsonaro & Filhos. Não que a baixaria represente risco objetivo à vigência da democracia. Afinal, para se instalar uma ditadura é necessário mais que vontade de palavras tresloucadas.
É preciso que haja apoio popular significativo, que as instituições estejam desatentas e que as Forças Armadas se disponham a entrar em estado de prontidão a fim de concretizar o intento. Como nada disso existe hoje no Brasil, é de se concluir que as repetidas manifestações passadistas sejam uma maneira dessa gente testar os limites da democracia.
Pela reação da sociedade e seus representantes, principalmente a essa última do deputado Eduardo defendendo reedição do AI-5, trata-se de uma aposta perdida. Mais fácil os Bolsonaros serem apeados do poder que o regime autoritário ser reinstalado no país.
Por que, então, a necessidade de um corretivo? Porque é preciso demonstrar, para além de palavras indignadas, que o Brasil não aceita conviver com ameaças nem compactuar com estratégias políticas do exclusivo interesse de Bolsonaro e companhia, com vista a manter acesa a chama do inexistente perigo esquerdista em nome do desejo de se repetir a dinâmica eleitoral que levou à Presidência um alegado patriota que só faz desmoralizar e envergonhar o país.
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