Sob Jair Bolsonaro, a parte mais difícil do sucesso é encontrar alguém que reconheça o mérito. Empurrado pelo inquilino do Planalto em direção à porta de saída, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, levou à vitrine números que o deixam bem na foto.
A estatal petrolífera fechou o ano pandêmico de 2020 com lucro de R$ 7,1 bilhões. O resultado líquido do quarto trimestre do ano passado foi um recorde: R$ 59,89 bilhões. Podendo soltar fogos junto com Castello Branco, o presidente da República preferiu puxar-lhe o tapete.
Casatello Branco fez soar o bumbo do autoelogio: "A produtividade está subindo, a companhia está focada em investir em ativos de classe mundial e possui uma grande carteira de ativos não prioritários à venda. Nós entregamos nossas promessas."
Indicado por Paulo Guedes em 2019, Castello Branco vai à galeria dos ex-presidentes da Petrobras como um caso raro de executivo. Foi enviado ao olho da rua por excesso de mérito.
Depois que os resultados da companhia ganharam o noticiário restou a impressão de que a intervenção militar que Bolsonaro promove na Petrobras é um caso menos de governança do que psiquiátrico.
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