terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Após atrasar o oxigênio, Saúde descuida da UTI



Na crise sanitária, o Ministério da Saúde nunca deixa de não fazer amanhã o que pode deixar de fazer hoje. Depois de revelar sua incapacidade de se antecipar à falta de oxigênio hospitalar, a pasta supostamente comandada pelo general Eduardo Pazuello organiza a próxima confusão: a escassez dos leitos de UTI para pacientes de Covid-19.

A verba federal diminui na proporção direta do aumento dos diagnósticos e das mortes. Em janeiro, a União financiou cerca de 7,7 mil leitos de UTI. Neste mês de fevereiro, estima-se que bancará algo como 3,2 mil leitos. Alguns estados do Norte e do Nordeste enviam a Brasília previsões apocalípticas.

Como de hábito, Pazuello e sua equipe estão vários passos atrás do problema. Em ofício endereçado ao Ministério da Economia em 29 janeiro, a equipe de Pazuello pediu a liberação de R$ 5,2 bilhões. Dinheiro extra, destinado ao custeio da guerra contra o vírus. Alega-se que parte da verba pagará leitos de UTI para Covid.

A equipe do ministro Paulo Guedes ainda não informou quando liberará a verba. O atraso pode ser maior ou menor. Entretanto, já está entendido que o governo chega novamente atrasado no lance.

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