Com as eleições ocorridas esta semana no senado e na Câmara, que elegeram o Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, chegamos quase que ao fundo da fossa fétida de nossa política.
Mas tem muita gente que se nega a sentir o mau cheiro e ver o que rola pelo esgoto político. Pelo visto vão se afundar nela até que não consigam mais respirar.
Nunca se viu uma compra de votos tão descarada e da forma tão escancarada como ocorreu, sem que houvesse maiores indignações por parte da população, que ainda enxerga nisso a salvação do país.
Mas foi o bafo quente da prisão no cangote dos filhinhos e mais os ventos úmidos e fúnebres de Manaus, que abriram as portas da "lojinha" dos deputados e rasgou de vez a frágil fantasia de governo honesto, que iria travar as engrenagens do MECANISMO.
No entanto, a máscara já tinha caído quando ele, o mito, começou a ejetar do seu governo, quem ainda lhe dava um certo ar de coisa séria.
A coisa degringolou tanto, que agora se cogita, sem constrangimento algum, Fernando Collor para o ministério de exterior, Roberto Jefferson conselheiro pessoal, a Flordelis indicada para Comissão Especial da Mulher e, acreditem se quiserem, Bia Kicis para Comissão de Constituição e Justiça.
Assim marchamos firmes com destino ao inferno com muita gente agradecendo a Deus e, sem perceber, acendendo vela pro gabiroto.
Aí, leio a seguinte frase, com pretensão de justificar o bacanal:
"Não adianta ponta de faca... Como dizia Raul Seixas, pra viver o jogo dos ratos, transei com deus e o lobisomem. #fechadocombolsonaro."
Mal sabe o autor, como a sua frase foi definida por uma amiga:
"Na transação dele com deus e lobisomem, ele acabou parindo a bestasonaro".
O problema é que na hora do exorcismo, eles, "os cidadãos de bem #fechadocombolsonaro", terceirizam a tarefa e vão fazer o sacolão da Disney.
E acaba que a coerência é quem paga o pato, por este bacanal envolvendo os espertalhões, os ignorantes e os idiotas por opção.
A deputada Joice, dançando feliz da vida na festa do Arthur Lira, é a musa que bem retrata a política prostituída que acontece abertamente sob o céu de Brasília.
Isso me lembra a indignada cafetina Jeany Mary Corner, perguntando ao policial na hora da sua prisão:
"Nesta zona generalizada que virou este país, tem certeza que sou eu que você deve prender? A única nesta cidade que tenta fazer algum trabalho honesto?"
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