segunda-feira, 15 de maio de 2023

Depoimento de Michelle à PF tornou-se inevitável



A pose de cristã limpinha perdeu o prazo de validade para Michelle Bolsonaro. Madame virou um inquérito policial esperando na fila para acontecer. Os dados arrancados pela Polícia Federal do celular do coronel Mauro Cid tornaram o interrogatório de Michelle incontornável. De coadjuvante de uma rachadinha de Flávio Bolsonaro, a agora presidente do PL Mulher tornou-se estrela do seu próprio escândalo financeiro.

O cartão de crédito de Michelle está em nome de uma amiga. As contas foram pagas pelo ajudante de ordens do marido. Em plena era do Pix, os hábitos de consumo da então primeira-dama são cobertos em dinheiro vivo. Bastava Michelle piscar para um par de assessoras para que o faz-tudo Mauro Cid surgisse com as cédulas que garantiam dos confortos aos repasses para familiares de Michelle.

A defesa de Bolsonaro assegura que os recursos que bancavam Michelle vinham da conta bancária do marido. Na falta da exibição de comprovantes, a Polícia Federal coleciona evidências em contrário: a amiga que cedeu o cartão está empregada no gabinete de outra amiga, a senadora Damares Alves. Mauro Cid, o coronel-pagador, realizava saques em dinheiro no cartão corporativo da Presidência.

Afora o provimento do cartão, Cid brindou Michelle com depósitos fracionados. Uma empresa com contratos na Codevasf fez depósitos na conta de um sargento da equipe de Cid, também associado à liquidação de contas de Michelle.

Deus, como se sabe, está em toda parte. Mas está claro que, ao sentir os odores que exalavam das finanças de Michelle, Ele foi cuidar de outras coisas.

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