quinta-feira, 13 de abril de 2023

O peso de Anderson Torres em uma possível prisão de Bolsonaro


Anderson Torres, então ministro da Justiça, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro

Integrantes do governo Lula e aliados do presidente avaliam que hoje não há elementos que justifiquem uma prisão de Jair Bolsonaro. O caso das joias de diamantes da Arábia Saudita é visto como um foco de desgaste, mas sem potencial de justificar medidas para colocar o ex-presidente atrás das grades.

A avaliação é que o personagem que pode mudar esse cenário é o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso há três meses por suspeita de omissão e conivência com atos golpistas em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Para integrantes do governo, a prisão de Bolsonaro teria fundamentos concretos se Torres trouxesse à tona elementos que vinculassem o ex-presidente diretamente aos atos terroristas contra os prédios dos Três Poderes ou a um plano golpista.

O ex-ministro da Justiça é investigado tanto pela minuta encontrada em sua casa com um decreto redigido para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições, quanto pelo bloqueios de vias feitos pela Polícia Rodoviária Federal no segundo turno.

É consenso entre membros do governo Lula que Bolsonaro deve ter todas as garantias do processo legal asseguradas e ter o direito de se defender em todas investigações. Além disso, parte significativa dos aliados de Lula avaliam que uma prisão de Bolsonaro pode ser um erro e complicar ainda mais o cenário nacional do país, que já está polarizado.

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