quarta-feira, 26 de abril de 2023

Bolsonaro treina com advogados para depor na PF e decide ficar em silêncio sobre atos golpistas


O ex-presidente Jair Bolsonaro em restaurante em Orlando, na Flórida (EUA) - Joe Skipper - 31.jan.2023/Reuters

Jair Bolsonaro (PL) passou a tarde de terça (25) reunido com advogados e assessores para treinar as respostas que dará no depoimento que tem marcado na manhã desta quarta-feira (26) na Polícia Federal. Ele é investigado no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro por ser supostamente um de seus autores intelectuais.

BOTÃO

Bolsonaro foi intimado a depor por ter compartilhado nas redes sociais, dois dias depois da invasão do Palácio do Planalto, um vídeo de ataques à segurança das urnas eletrônicas. A postagem foi feita no dia 10/1 e apagada pouco depois de se tornar pública.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) representou contra ele e citou o artigo 286 do Código Penal, que prevê pena de detenção de 3 a 6 meses de prisão para quem incitar, publicamente, a prática de crime.

BOTÃO 2

A previsão de seus assessores, no entanto, é a de que outros temas devem ser abordados pelos policiais _ como o incentivo a acampamentos de aliados nos quartéis e a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. E o ex-presidente precisaria estar preparado para quando as perguntas surgirem.

BOTÃO 3

No treino ficou decidido que Bolsonaro responderá exclusivamente sobre o que a PGR incluiu na representação em que pediu o seu depoimento: a postagem do vídeo contra as urnas. E nada mais. Ou seja, questionado sobre qualquer outro assunto, o ex-presidente ficará em silêncio.

TIME

Do treino do presidente participaram os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser e com Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social de seu governo e que também é formado em direito. Os três devem acompanhá-lo à sede da PF.

NO ATAQUE

No material compartilhado por Bolsonaro dois dias depois do 8/1, um homem identificado como dr. Felipe Gimenez atacava a segurança das urnas eletrônicas.

REDE

Além de ter que dar explicações sobre atos dele ligados aos ataques golpistas, o ex-presidente responde a ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter questionado as urnas eletrônicas. Uma investigação pode alimentar a outra.

NO ATAQUE 2

A publicação trazia ainda as frases "Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE".

APAGA ISSO



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