Num movimento coordenado, a máquina eletrônica do bolsonarismo passou a quinta-feira trombeteando nas redes sociais que Bolsonaro o explodiria uma bomba contra Lula em sua live da noite de quinta-feira. Era propaganda enganosa.
Com o auxilio luxuoso do presidente do BNDES, Bolsonaro apresentou dados requentados sobre escândalos antigos do BNDES. Um traque.
Até as estantes da biblioteca do Alvorada sabem que, nos governos de Lula e Dilma, o BNDES especializou-se em conceder empréstimos a empresas e ditaduras companheiras. Produziu escândalos como o da JBS e calotes como os de Cuba e Venezuela.
Na campanha de 2018, Bolsonaro disse que abriria uma caixa-preta que, na verdade, já havia sido escancarada. Na Presidência, demitiu numa entrevista do cercadinho o presidente do BNDES, Joaquim Levy. Alegou que ele demorava a abrir a inexistente caixa preta.
Bolsonaro chega ao último ano de sua gestão disparando tiros de festim ao lado de Gustavo Montezano, um amigo de infância dos filhos que ele recrutou para o lugar de Levy.
A certa altura, o capitão reconheceu que não há mesmo caixa-preta a ser aberta. E admitiu que as transações ruinosas do BNDES foram trançadas dentro da lei, com aval legislativo. O único punido foi o Estado, que ficou com o calote.
Bolsonaro disse que a terceira eleição de Lula seria como o retorno de um criminoso à cena do crime. Estrela de processos que correm no STF e no TSE, alvo de uma penca de indiciamentos na CPI da Covid, Bolsonaro é entendido na matéria criminal. Melhor não discutir com um especialista.
Por Josias de Souza
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