O excesso de polêmicas sob Jair Bolsonaro deixou de ser um problema político ou administrativo. É matemático. O único governo do planeta com 110% de polêmicas. Um governo da guerra, pela guerra e para a guerra.
Nesse contexto, o desabafo de Augusto Heleno contra o Congresso, gravado sem que ele soubesse, é apenas mais um entre tantos tiros disparados pelo presidente e seus auxiliares contra o próprio pé.
O ano de 2020 mal estreou e as autoridades do governo, Bolsonaro à frente, já percorrem a conjuntura vinculadas a conflitos. Nenhuma política pública foi impulsionada pelo surto de animosidade. Ao contrário, o tiroteio atravanca as reformas econômicas.
Bolsonaro ofendeu uma jornalista com insinuações sexuais, comprou briga com 20 governadores, arrastou para dentro do Planalto o cadáver do miliciano Adriano da Nóbrega. Revelou-se capaz de tudo, menos de enviar a reforma administrativa para o Congresso, a única coisa que se esperava dele. Só nesta sexta-feira (21/02) o presidente assinou uma proposta de reforma que estava pronta desde novembro do ano passado.
O ministro Paulo Guedes forneceu munição aos adversários com observações desnecessárias sobre parasitas e empregadas domésticas. É nesse contexto que estão inseridas as declarações do general Augusto Heleno.
O disparo do general é apenas mais uma lambança a serviço da perda de tempo. Bolsonaro e seus auxiliares põem em dúvida a própria teoria evolucionista. Mais um pouco e o macaco irromperá no palco para indagar: Valeu a pena?
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