O relatório da CPI da Covid deve pedir o indiciamento de 71 pessoas por crimes cometidos durante a pandemia. O número foi fechado neste domingo, quando a equipe do senador Renan Calheiros fez os últimos ajustes no documento.
A lista será encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro. No texto de Renan, ele é responsabilizado pela prática de 11 tipos penais, de homicídio a prevaricação no escândalo da Covaxin.
O relatório também pedirá o indiciamento de três filhos e quatro ministros de Bolsonaro: Marcelo Queiroga (Saúde), Braga Netto (Defesa), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).
Ainda foram incluídos na versão final os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), demitidos no início do ano. Além de empresários que apoiam o presidente, como Luciano Hang, Carlos Wizard e Otavio Fakhoury.
Há uma disputa por holofotes na reta final da CPI. Nesta segunda, o presidente Omar Aziz expôs divergências com Renan e indicou que defenderá mudanças no texto final. Outros senadores do chamado G7 também dizem discordar de alguns pedidos de indiciamento.
No entanto, o relator tem repetido a aliados que ainda não recebeu nenhum pedido para reduzir a lista de indiciados. Ele diz que só mexerá no documento se isso ocorrer antes da leitura marcada para quarta-feira.
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