Com o fim do trabalho legislativo, a CPI da Covid agora mira as providências a serem tomadas fora do Congresso. Integrantes da comissão entregarão o relatório final à Procuradoria-Geral da República (PGR) na manhã de hoje e vão criar um observatório para acompanhar o andamento das investigações nos Ministérios Públicos e no exterior.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, já definiu que vai encaminhar o material para “análise prévia” de um órgão da PGR que fiscalizou as políticas públicas da pandemia, o Gabinete Integrado Covid-19 (Giac).
Apenas depois dessa primeira análise é que Aras definirá se vai instaurar investigações ou apresentar denúncias contra o presidente Jair Bolsonaro e autoridades com foro privilegiado que tiveram o indiciamento pedido no relatório, como ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Walter Braga Netto (Defesa), Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).
O senador e vice-presidene da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-Ap), afirmou que, se Aras não agir, a intenção é apresentar uma ação penal por conta própria. Integrantes da comissão também pretendem pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe abrir eventual pedido de impeachment do presidente da República. O relatório ainda pede o indiciamento de deputados federais.
— Estaremos vigilantes para ter algum tipo de manifestação do presidente da Câmara (sobre crime de responsabilidade) — afirmou Randolfe.
Questionado, Lira limitou-se a dizer que aguarda o texto chegar a suas mãos.
— Eu aqui estou esperando tranquilamente para ver o posicionamento, se os deputados da Casa vão ser incluídos no relatório porque expressam o seu pensamento. Se eles cometeram crime ou não, eu estou esperando para me posicionar em relação a esse evento como presidente da Casa — afirmou.
As sugestões de indiciamento de deputados passariam pela PGR, como a do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O relatório sugere que ele teria cometido incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.
Outros deputados federais e um senador foram citados por incitação ao crime por supostamente disseminarem notícias falsas durante a pandemia, o que também passaria pela PGR devido ao foro privilegiado: Bia Kicis (PSL-DF), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP).
Integrantes da CPI também pretendem entregar hoje o relatório final para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Os parlamentares vão ainda marcar uma data para entregar o texto ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Há também a intenção de visitar a Câmara Municipal de São Paulo, onde funciona uma CPI para investigar o caso da operadora de saúde Prevent Senior.
Ação internacional
Os senadores planejam ainda entregar o relatório, entre os dias 11 e 13 de novembro, à força-tarefa do Ministério Público de São Paulo. Na semana seguinte, a ideia é fazer o mesmo com o MP-RJ, com foco nos hospitais federais do estado.
Integrantes da CPI também planejam visitar a autoridades e cortes internacionais para reforçar as denúncias contra Bolsonaro. Eles analisam pedir uma reunião com a alta comissária das Nações Unidos para Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
— O trabalho não pode acabar na apresentação do relatório, há outras etapas que são na PGR, no tribunal penal internacional, na Câmara. Não podemos abandonar o trabalho pela metade — disse Randolfe.
Com o intuito de manter vivo o trabalho da CPI nos próximos meses, a cúpula do colegiado vai criar um observatório, por meio de uma frente parlamentar. O objetivo é acompanhar os desdobramentos jurídicos e legislativos do colegiado, que encerra os trabalhos com dezenas de pedidos de indiciamento e também sugestões de projetos de lei.
Randolfe afirmou que fará uma articulação com a sociedade civil, incluindo juristas, para reforçar o grupo de monitoramento.
Na PGR, inicialmente, o relatório será encaminhado para o procurador-geral. Ele deve analisar o que é de sua atribuição, para aqueles que possuem prerrogativa de foro por função, e encaminhar cópias a todas as outras unidades do Ministério Público nos estados.
A ideia de Augusto Aras é que, como o Giac acompanhou todos assuntos relacionados à Covid-19, o órgão saberá avaliar quais fatos descritos no relatório final da CPI já são alvo de investigação e quais mereceriam novas frentes de apuração na PGR. Não há prazo para que essa análise prévia ocorra.
Em O Globo
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O taxista Márcio Antônio do Nascimento da Silva causou comoção na CPI ao contar da perda do filho Hugo para a Covid. Ele ficou conhecido por ter sido filmado recolocando as cruzes do ato, em Copacabana, que foi atacado por um negacionista. À época, eram homenageados os primeiros 100 mil da pandemia Foto: Edilson Rodrigues / Edilson Rodrigues/Agência Senad
Paciente da Prevent Senior (à esquerda), Tadeu Frederico Andrade se emocionou ao falar sobre a internação e uso do 'kit covid' por médicos durante seu tratamento e internação por Covid-19, sem o aval da família. Já o ex-médico da operadora, Walter de Souza Neto relatou assédio moral e insistência da Prevent para prescrever o tratamento ineficaz Foto: Leopoldo Silva / Agência Senado Fabiano Contarato (Rede-ES) denunciou publicação homofóbica de Fakhoury. O senador repudiou posts do empresário: 'A sua família não é melhor que a minha. (...) Eu aprendi que orientação sexual não define caráter', disse. Foto: Edilson Rodrigues / Edilson Rodrigues/Agência Senado Depoimento de Luciano Hang na CPI da Covid foi interropido várias vezes por bate-boca e discussões Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado Senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) 'escolta' Luciano Hang, que está entre o senador Jorginho e o Marcos Rogério (DEM-RO), ao plenário da CPI da Covid Foto: Pablo Jacob / Pablo Jacob / Agência O Globo O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), de oposição, e o senador governista Jorginho Mello (PL-SC), bateram boca na sessão de quinta-feira (23). Eles trocaram xingamento, e Renan saiu de sua cadeira e, com dedo em riste, tentou chegar até o local onde estava Jorginho. Outros senadores impediram o encontro entre eles Foto: Reprodução / TV Senado / Agência O Globo - 23/09/2021 Senadora Simone Tebet (MDB-MS) discute com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que a chamou de descontrolada. O relador Renan Calheiros mudou a condição de Rosário de testemunha para investigado Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Advogada dos médicos que denunciaram a Prevent Senior, Bruna Morato afirmou que a operadora fez um 'pacto' com gabinete paralelo do governo para divulgar 'kit covid' e tentar evitar lockdown no país. Foi Bruna Morato quem relatou: 'A expressão que eu ouvi ser muitas vezes utilizada é: óbito também é alta'. O relato chocou os senadores Foto: Agência Senado O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, admitiu à CPI que sacava dinheiro em espécie para a VTC Log e chegou a retirar mais de R$ 400 mil de uma só vez. De acordo com Ivanildo, a área financeira da empresa, que possui contratos com o Ministério da Saúde na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito, repassava diversos cheques a serem descontados para pagamentos de boletos. A comissão decidiu quebrar o sigilo de Ivanildo e convocar a funcionária da da VTC Log que lhe mandava fazer saques e pagar boletos. Também decidiu apresentar uma ação na justiça para apreender o telefone dele. Foto: Roque de Sá / Roque de Sá/Agência Senado Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos negou o compromisso de dizer a verdade e se calou sobre pressão no Ministério da Saúde para a compra da Covaxin. Maximiano disse conhecer o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), também investigado pela CPI, mas não entrou em detalhes. Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo Advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira também se negou a prestar o compromisso de dizer verdade. O advogado disse acreditar ter participado de uma ou duas reuniões técnicas e jurídicas entre a Precisa e o laboratório indiano Bharat Biotech, mas se recusou a dar maiores detalhes. Depois, o relator Renan Calheiros fez uma série de perguntas sobre a negociação com o Ministério da Saúde, mas Silveira não respondeu. O presidente da comissão reagiu ao silêncio: "Nem todo o comportamento de um advogado se enquadra no que a Ordem [OAB] diz. Não podemos achar que todo advogado esteja imune a qualquer coisa, possa fazer qualquer coisa". Foto: Pedro França / Pedro França/Agência Senado O auditor do TCU Alexandre Marques confirmou à CPI que o documento sobre número de mortes por coronavírus foi adulterado após ser enviado ao presidente Jair Bolsonaro. Ele é o autor do relatório usado pelo mandatário para questionar as notificações de óbitos em decorrência da pandemia. Bolsonaro chegou a atribuir o material ao TCU, mas depois disse que o texto teria sido produzido a partir de "uma análise pessoal" do auditor. Marques disse ter feito o texto em "Word", mas que não era conclusivo, e confirmou ter enviado o arquivo ao pai, amigo de Bolsonaro. Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo O depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), causou bate-boca entre os senadores, fazendo com que a comissão fosse suspensa em dois momentos. Omar Aziz encerrou a sessão mais cedo na ocasião, após integrantes avaliarem que o deputado mentiu. Barros compareceu na condição de convidado. Após o fim da sessão, Aziz atacou o deputado: "O grand finale dele foi querer fazer uma narrativa de que é a CPI que está atrapalhando a compra de vacina. Aí não dá. A própria empresa chinesa já desmentiu. Em vez de vir se explicar, tentou desconstruir. Não vai conseguir". Foto: Agência Senado Jailton Batista, diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, fabricante da ivermectina, admitiu em depoimento que gastou R$ 717 mil para divulgar o uso do medicamento no combate a Covid-19. Não há estudos que garantam a eficácia do vermífugo no tratamento contra o vírus. Para integrantes da CPI, a empresa estimulou o uso indevido do produto como forma de tratamento precoce ao vírus. Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo O coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde, afirmou que visava negociar vacinas para o mercado privado, e não para a pasta. Blanco abriu uma empresa três dias antes de levar o PM Luiz Paulo Dominghetti a um encontro com o então diretor de Logística do ministério, Roberto Dias. Blanco nega ter havido cobrança de propina na ocasião. Segundo o senador Alessandro Vieira, o coronel trocou 108 ligações em um período de 30 dias com Dominghetti Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado O reverendo Amilton Gomes depõe na retomada das atividades da CPI da Covid, após duas semanas de recesso parlamentar. Líder de associação privada participou da negociação de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, vendidas por um intermediário sem autorização da farmacêutica estrangeira Foto: Pedro França / Agência Senado A diretora técnica da empresa Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, mudou de postura e respondeu todas as demandas dos senadores na Comissão parlamentar. No dia anterior, a diretora optou pelo silêncio, utilizando HC concedido pelo STF. Emanuela Medrades disse que tentou reduzir o valor da dose da vacina após proposta de US$10. O valor final contratado foi de US$ 15. Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado Após prisão de ex-diretor do ministério, servidora Francieli Fantinato se nega a prestar juramento de falar a verdade na CPI. a ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde chegou à comissão com um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 08/07/2021 Ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias saiu preso da CPI da Covid. A ordem partiu do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), após a revelação de áudios que desmentem a versão de Dias sobre o encontro acidental com o cabo da Polícia Militar Luis Paulo Dominghetti, em um restaurante de Brasília, onde o policial diz que o ex-diretor pediu propina de um dólar por dose de vacina. Foto: Agência Senado Depois de negar suspeitas de integrar o 'gabinete paralelo', o empresário Carlos Wizard se negou a responder perguntas dos senadores na CPI e permaneceu em silêncio, amparado por decisão do STF Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 30/06/2021 Contraditório. Deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), tido como chefe do 'gabinete paralelo', defendeu teses de que 'lockdown' e quarentena não têm impacto no controle da pandemia, apesar de citar a China como exemplo de país que reduziu números de casos sem vacina – omitindo justamente o isolamento rigoroso adotado pelos chineses Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo Senadores prestam minuto de silêncio pelas mais de 500 mil vidas perdidas para a pandemia, na primeira sessão da CPI da Covid depois de os números oficiais ultrapassarem a trágica marca de meio milhão de mortos Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senad Relator Renan Calheiros (MDB-AL), que passou a usar o número oficial de mortos no lugar da sua placa nominal, adicionou a palavra "luto" no seu espaço à mesa diretora Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senad Ex-governador deixa sessão antes de concluir depoimento, por volta das 14h, fazendo uso do habeas corpus concedido a ele pelo Supremo Tribunal Federal Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo O filho do presidente e senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ) tumultuou novamente a CPI antes mesmo de ser integrante, em defesa do governo do pai Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado A microbiologista Natalia Pasternak, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), afirmou à CPI da foi categórica: 'Negacionismo do governo mata' Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 11/06/2021 Médico sanitarista Cláudio Maierovitch, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criticou a imunidade rebanho 'a custo de muitas mortes': 'estamos sendo tratados como animais' Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 11/06/2021 Com o habeas corpus concebido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), não compareceu à CPI da Covid, no senado: "Iremos recorrer dessa decisão", prometeu o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM) Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 10/06/2021 O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco, braço-direito do ex-ministro Eduardo Pazuello na pasta, afirmou à CPI que a gestão do general defendia o "atendimento precoce" para pacientes com a Covid-19 Foto: Edilson Rodrigues / Agência O Globo - 09/06/2021 Convocado pela segunda vez, ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse orientar Bolsonaro sobre medidas de prevenção contra Covid-19, apesar de não ser levado em consideração: "Não me compete julgar os atos do presidente da República" Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 08/06/2021 Infectologista Luana Araújo, ex-secretária de enfrentamento ao coronavírus, chamou a discussão sobre o uso de medicamento sem eficácia para tratar o coronavírus de "delirante": "Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente" e reafirmou que "o Brasil está na vanguarda da estupidez" Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado - 02/06/2021 A médica Nise Yamaguchi se negou a opinar sobre a gestão do presidente Bolsonaro na pandemia. A médica disse que aconselhava o Ministério da Saúde, mas negou a existência de 'gabinete paralelo', diante da insistência do relator Renan Calheiros Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 01/06/2021 O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que Brasil poderia ter sido pioneiro na imunização: "Já tínhamos as doses, já estavam disponíveis. E eu, muitas vezes, declarei em público que poderíamos ser o primeiro país a começar a vacinação" Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 27/05/2021 A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, também conhecida como 'capitã cloroquina' confirmou que houve orientação da Saúde para tratamento precoce contra a Covid-19 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 25/05/2021 Pressionado por senadores a responder pela falta de oxigênio em Manaus, em janeiro, o ex-ministro da Saúde Pazuello disse que a responsabilidade era do governo estadual e da empresa fornecedora Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 20/05/2021 Sessão da CPI da Covid foi suspensa depois de Eduardo Pazuello passar mal durante um intervalo. A Comissão retormou depoimento do ex-ministro no dia seguinte Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 19/05/2021 Ex-ministro negou receber ordens diretas do presidente para usar cloroquina no combate à Covid-19 e destacou sua qualificação em logística e gestão: "Eu me considero sim, senhor, plenamente apto a exercer o cargo de ministro da Saúde" Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 19/05/2021 O gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, revelou que o Brasil poderia ter recebido 4,5 milhões de doses a mais de vacinas contra a Covid-19 até março deste ano Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 13/05/2021 Bate-boca entre senadores Flávio Bolsonaro e Renan Calheiros marcou sessão em que Wajngarten foi ouvido. Flávio chamou Renan de vagabundo, que rebateu citando a investigação da rachadinha Foto: Marcos Oliveira e Leopoldo Silva / Agência Senado "Por favor, não menospreze nossa inteligência, ninguém é imbecil aqui", disse o presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) a Fabio Wajngarten, por se esquivar de perguntas Foto: Edilson Rodrigues / Agência O Globo - 12/05/2021 O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, confirmou que esteve em uma reunião no Palácio do Planalto, no ano passado, na qual foi cogitada a possibilidade de mudar a bula da cloroquina para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19: "não tem cabimento", classificou Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 11/05/2021 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou de perguntas e não disse se concorda com Bolsonaro sobre uso de cloroquina: "Eu estou aqui na condição de testemunha, o senhor quer que eu emita juízo de valor", respondeu ao relator da CPI Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo - 06/05/2021 Governistas questionam o direito de a bancada feminina fazer perguntas sem integrar a CPI e geram bate-boca Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 05/05/2021 O segundo ministro da Saúde da pandemia, Nelson Teich, que deixou cargo antes de completar o primeiro mês, admitiu que foi pressionado a incluir a cloroquina no protocolo de tratamento da Covid-19 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta reafirmou que sempre seguiu os protocolos da OMS e isso desgastou a relação com o presidente Bolsonaro Foto: Jefferson Rudy / Senado
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