A Embraer negocia a venda de jatos regionais E2 para o Grupo Latam Airlines e a Gol Linhas Aéreas Inteligentes em meio à pretensão de quase dobrar a receita anual até 2030, para US$ 10 bilhões, de acordo com o CEO Francisco Gomes Neto.
Os jatos E2 preenchem a lacuna entre aeronaves menores e maiores para transportadoras que desejam aumentar a capacidade em meio a restrições de fornecimento de aviões maiores e de fuselagem estreita, Neto disse em uma entrevista. Os aviões ajudariam a melhorar a conectividade entre as cidades brasileiras, disse ele.
Segundo ele, os concorrentes estão focados nos pedidos de fuselagem estreita, com pedidos até o final da década, o que representaria uma oportunidade para a Embraer crescer.
As ações da empresa subiram mais de 60% neste ano, liderando os ganhos do Ibovespa.
A indústria de fabricação de aviões – há muito dominada por Boeing Co. e Airbus SE – tem lutado com problemas de abastecimento desde a pandemia. Por sua vez, a Embraer continua enfrentando atrasos nas entregas este ano e não espera uma normalização completa da cadeia de abastecimento até 2026, segundo Neto.
O Wall Street Journal divulgou no mês passado que a Embraer estava explorando opções para uma aeronave maior e de fuselagem estreita para competir com os rivais. Neto disse terça-feira que não há planos concretos em vigor.
“Nossas equipes estão sempre estudando alternativas para o futuro”, afirmou. “Nossos planos estratégicos até 2030 foram feitos com base em nossos produtos atuais e neste momento não há nenhum plano concretos para desenvolver nenhuma aeronave neste segmento.”
Por enquanto, a empresa está focada em impulsionar as vendas e ter caixa positivo no próximo ano, disse Neto. “A empresa tem sido muito mais eficiente nos últimos anos, apresentando resultados melhores a cada ano, e acho que o mercado tem reconhecido isso”, disse ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário