quinta-feira, 20 de julho de 2023

O bolsonarismo está dividido e sem uma agenda para chamar de sua



Bolsonaro e seu círculo privado, por ora, só sabem uma coisa: que o ex-casal presidencial precisa mudar da casa onde hoje mora, num condomínio fechado de Brasília, paga pelo PL do generoso Valdemar Costa Neto, para outra maior e muito mais confortável.

É preciso, veja só você, que a nova casa tenha dois escritórios: um para Bolsonaro e outro para Michelle, a ex-primeira-dama; é o que Bolsonaro exige; que a altura do teto seja maior do que o da casa atual; e que a área construída seja superior a 400 metros.

Costa Neto concorda e se dispõe a pagar aluguel de até 20 mil reais mensais. A casa onde o casal mora custa 12 mil reais, uma titica para o PL, dono da maior fatia do Fundo Partidário. É dinheiro público? É, sim senhor, que os partidos gastam como querem.

E Bolsonaro, mesmo sem uma agenda capaz de animar os bolsonaristas, é considerado por Costa Neto um ativo eleitoral precioso, do qual ele não abre mão. Por sinal, como lhes falta uma agenda e estão divididos, os bolsonaristas andam atirando a esmo.

Um grupo deles, liderado pelos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC), além do deputado Carlos Jordy (PL-RJ), protocolou no Senado um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso.

Que fez Barroso? Discursou, na semana passada, em mais um Congresso da União Nacional dos Estudantes, e afirmou que “nós derrotamos o bolsonarismo”. Referia-se ao golpe do 8 de janeiro, mas e daí? Despertou a ira dos sem agenda e sem futuro.

Há chances de o pedido resultar na cassação do mandato do ministro? Zero chance. Mas vale para enganar os bolsonaristas que esperam que seu guia e mestre, um dia, ressuscite. Só Jesus ressuscitou por ser filho de quem é, e pelo tanto que sofreu.

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