sábado, 22 de julho de 2023

Como serão as viagens? Quanto vai custar? Principais dúvidas sobre 'carro voador' da Embraer


''Carro voador' da Embraer — Foto: Divulgação/Embraer

A Embraer anunciou, na última quinta-feira (20) mais uma novidade em relação aos 'carros voadores': a primeira fábrica do país responsável pela produção fica em Taubaté, no interior de São Paulo.

Considerado por muitos um tema ainda 'futurista', os 'eVTOLs’ (sigla em inglês para "veículo elétrico de pouso de decolagem vertical") geram diversas dúvidas. Por conta disso, o g1 preparou um material com as principais respostas da inovação até o momento.

Protótipo de carro-voador deverá ser lançado em 2026

Confira as principais dúvidas do projeto

Como serão as viagens?

De acordo com a Eve, os 'carros voadores' terão alcance máximo de 100 quilômetros e vão reduzir as viagens interurbanas de uma hora para 15 minutos (atendem 99% dos trajetos interurbanos).

Esse é o principal objetivo da inovação, além de tornar os voos urbanos mais acessíveis à população.

Em relação a um helicóptero, o carro voador terá menor custo operacional, de manutenção e menor emissão de ruído. Por se tratar de um veículo elétrico, terá também zero emissão de CO2.

Eve, da Embraer, vai realizar simulado de mobilidade aérea para "carros voadores" — Foto: Eve/Divulgação

Onde serão operados?

Segundo a empresa, os operadores (clientes que adquirirem o produto) vão oferecer voos em trajetos específicos, como transporte para aeroportos e para vertipotos (um tipo de heliponto). Além disso, há previsão de voos turísticos.

Até o momento, a expectativa é que São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Francisco - nos Estados Unidos - sejam os primeiros locais e receber os 'carros voadores'.

Além disso, há também clientes na Noruega, Australia, Kenya, Dubai, Austrália e Reino Unido.

Quanto vai custar?

A estimativa da empresa é que o preço de uma viagem fique mais próximo ao de uma viagem de carro por aplicativo do que um voo feito por helicóptero, que tem custo considerado alto.

De acordo com a Eve, a proposta é justamente democratizar os voos urbanos, proporcionando acesso maior às pessoas.

Um estudo de operação realizado pela empresa praticou um preço a partir de R$ 99 para uma viagem entre a Barra da Tijuca e o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Quem são os clientes?

Ao g1, a Eve explicou que os clientes são diversificados e, no momento, tem cartas de intenções para até 2.850 eVTOLs (mais de US$ 8 bi) para operadores de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados.

Ao todo, são 28 clientes espalhados por todos os continentes. No Brasil, dos 2.850 eVTOLs, são 285 veículos dos quais 100 são para a Avantto, 50 para a Helisul, 40 para a FlyBIS, 25 para a Flapper e 70 para a Voar.

Por enquanto, o objetivo é que o produto seja oferecido apenas para empresas voltados a serviços de transporte e não para uso privado.

Qual a capacidade de ocupação?

Os 'carros voadores' da empresa terão lugar para quatro passageiros e um piloto.

Por que é chamado de carro voador?

Os eVTOLs são popularmente chamado como "carros voadores" por conta da proposta de integrá-los a mobilidade urbana e, como o transporte terrestre, conectar as comunidades do ponto A ao ponto B.

A empresa explica que o serviço poderá ser oferecido por meio de aplicativos de compartilhamento, como os de corrida de carro.

As pessoas poderão, por exemplo, comprar um assento em um determinado trajeto que será oferecido por um operador.

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