terça-feira, 25 de maio de 2021

Sociedade Brasileira de Infectologia rebate crítica de Mayra na CPI



A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) rebateu crítica de Mayra Pinheiro, servidora do Ministério da Saúde, conhecida como "Capitã da Cloroquina" por sua defesa no uso do remédio sem comprovação científica contra a covid-19.

Durante depoimento à CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal em meio à crise sanitária, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) elencou entidades —dentre elas, a SBI— que publicaram notas técnicas contra o uso do medicamento no tratamento contra a covid-19 e questionou à secretária se ela não considerava as instituições idôneas.

"Senadora, eu não vou discutir aqui a idoneidade dessas representações, mas o Ministério da Saúde não precisa se nortear... A senhora citou aí a Sociedade Brasileira de Infectologia. Boa parte dos trabalhos que a Sociedade Brasileira de Infectologia utilizou para fazer uma nota desorientando ou desaconselhando o uso dessas medicações tem trabalhos com graves conflitos metodológicos... que nós não podemos usar como referência", afirmou ela.

Em nota divulgada logo depois da declaração da servidora, a SBI rebateu dizendo que se pauta por publicações com nível de evidência reconhecidos pela comunidade científica.

"[As publicações] balizaram as recomendações das principais associações médicas e Instituições mundiais sobre o uso de medicamentos, como a
cloroquina e ivermectina, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Norte-Americana de Doenças Infecciosas (IDSA), Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) e Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID). Tais medicamentos têm sua ineficácia comprovada para o tratamento da covid-19", diz trecho do comunicado.

"O Ministério da Saúde tem a prerrogativa de seguir ou não as orientações da SBI, que são realizadas baseadas nessas evidências científicas e direcionadas para a comunidade médica e não médica", conclui, em seguida.

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