O esforço em favor da contabilidade criativa não tem limites.
Agora se fala em recorrer às privatizações para bancar a ampliação do Bolsa Família?
É mesmo? O nome disso? Pedalada com bens públicos.
Qualquer destinação que se dê aos recursos da privatização que não seja amortização da dívida pública é picaretagem.
Ou agora se abrirão as comportas para que cada governo de turno passe nos cobres o patrimônio público para executar seu programa de governo?
Então a ideia é brincar de manter o teto de gastos, dando um jeitinho para arrumar receitas extraordinárias que possam sustentar o programa reeleitoral de Jair Bolsonaro?
Com esse propósito, suponho, a questão iria encontrar o seu devido destino tanto no STF como TCU, não é mesmo?
Você pode comparar, nesse caso, com o orçamento da sua casa. Digamos que tenha aí alguns bens que considera dispensáveis, impróprios, supérfluos...
Se decidir vendê-los para pagar dívidas, fará muito bem. Se, no entanto, o fizer para financiar despesas do seu dia a dia, fixas e crescentes, ainda chegará a hora de vender a geladeira, o fogão e o chinelo...
Caso o governo enverede por aí, estará dando a maior de todas as pedaladas.
O truque é tão vulgar e, ao mesmo tempo, escandaloso que custa a crer que alguém o tenha vocalizado.
Isso não é privatização, mas queima de patrimônio público em benefício de um governo, não de uma política pública.
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