O presidente Jair Bolsonaro também se manifestou sobre a denúncia apresentada pelo procurador contra o jornalista Glenn Greewald: "Quem denunciou foi a Justiça. Você não acredita na Justiça?"
Foi lembrado que não é a Justiça que denuncia, mas o MP. Então emendou: "É MP, MP".
Talvez ainda neste ano ele próprio seja convidado a responder a uma indagação do gênero, quando o senador Flávio Bolsonaro, seu filho, for denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Tanto quanto faltam indícios de que Greenwald tenha participado do hackeamento, sobram evidências de que coisa muito feia aconteceu no gabinete de Flávio quando deputado estadual.
A chance de a denúncia contra Glenn prosperar se aproxima de zero. A chance de Flávio se enrolar é igual a cem. A menos que o Ministério Público do Rio escolha a desmoralização.
Em tom irônico, ao entrar no Alvorada, Bolsonaro quis saber se Glenn está no país: "Não devia nem estar. Onde está esse cara? Ele está no Brasil?"
Há dias, chamou a jornalista Thaís Oyama, autora do livro "Tormenta", de "essa japonesa que eu não sei o que faz no Brasil". Ah, sim: Thaís é brasileira.
Não dá para saber se Bolsonaro gostaria de ver o país livre de americanos e brasileiros com ascendência asiática. Uma coisa é certa: por ele, não restaria por aqui um só jornalista.
Por Reinaldo Azevedo
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