De salto alto Luiz Inácio da Silva está, até porque não é homem de calçar sandálias da humildade ante o adversário. Mas isso não significa que Lula caia, como boa parte de seus adoradores, na armadilha do já ganhou. Ele disputou cinco eleições presidenciais e sabe muito bem que não se ganha de véspera.
É preciso mão na massa e muita lábia. E é a esta lábia que tem recorrido para manter acesa a chama de seu principal mote de campanha com o qual se apresenta como o salvador do Brasil. Justamente por saber que a vitória não está garantida, Lula tem demonstrado muito mais preocupação em amealhar votos que a construir desde já um ambiente de governo.
Por isso promete no palanque mundos e fundos de impossível execução. Diz que não precisa de teto de gastos nem de âncora fiscal; promete “melhorar a vida do povo”, acena com a “recuperação dos direitos do trabalhador”, garante a revogação de medidas sem informar que tal prerrogativa pertence ao Congresso e brada que vai “gastar” vendendo uma prosperidade e uma exuberância de recursos que já não existem.
Se não for obrigado pelos oponentes a se explicar melhor, vai levar o eleitor na conversa. Por isso para ele é tão importante que a campanha siga na dinâmica do vale-tudo e qualquer coisa contra Jair Bolsonaro.
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