Carlos Bolsonaro, Jair Bolsonaro e Wal do Açaí, apontada como funcionária fantasma Imagem: Reprodução |
Imagine o horror de um país em que o Ministério Público e o Judiciário fossem os únicos caminhos para se chegar à justiça. É o que o brasileiro experimenta no momento. Em reportagem irrefutável, a Folha demonstrou no ano eleitoral de 2018 que Bolsonaro mantinha na folha do seu gabinete na Câmara uma funcionária fantasma. Moradora de Angra dos Reis, ela não aparecia em Brasília. Então candidato, Bolsonaro desconversou.
Decorridos quatro anos, o Ministério Público protocolou na Justiça Federal de Brasília uma ação acusando Bolsonaro de improbidade administrativa. Nela, há um depoimento que a servidora fantasma prestou ainda em 2018, admitindo que jamais pisou em Brasília durante os 15 anos em que Bolsonaro a manteve na folha da Câmara. Cabe perguntar: Por que os procuradores esperaram que Bolsonaro reivindicasse a reeleição para processá-lo? A demora da Procuradoria é um escândalo dentro do outro.
Há no Supremo e no TSE meia dúzia de inquéritos contra Bolsonaro. Nunca dão em nada. As rachadinhas da família são enterradas vivas pelo Judiciário. Numa época marcada por blindagens, anulações de sentenças e lavagem de fichas sujas, a sorte do eleitor é que a urna está a seis meses de distância. Quem quiser pode gritar na cabine de votação: "Livrai-me da Procuradoria e do Judiciário, que dos malfeitores me livro eu.
Por Josias de Souza
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