sábado, 9 de abril de 2022

Eleitor sem candidato mantém em aberto a disputa pelos governos de SP e RJ



Nem Fernando Haddad nem Márcio França. Nem Marcelo Freixo nem Cláudio Castro. No momento, quem ocupa o topo da pesquisa do Datafolha em São Paulo e no Rio de Janeiro é uma estrela invisível: o eleitor que planeja descartar o voto ou que ainda não escolheu um candidato em quem confiar.

Em São Paulo, a soma dos que declaram a intenção de votar em branco ou anular o voto com aqueles que ainda não identificaram um nome de sua preferência varia de 30% a 33%, dependendo do cenário. É uma taxa numericamente superior aos 29% de intenção de votos atribuídos ao líder Fernando Haddad. Bem mais do que os 20% amealhados por Márcio França. Equivale ao dobro da soma das intenções de voto dos retardatários Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia: 16%.

No Rio, o quadro é ainda mais dramático. Ali, segundo o Datafolha, o bloco dos sem-candidato oscila entre 39% e 40%, conforme o cenário. É praticamente o dobro dos 22% atribuídos ao líder Marcelo Freixo. Ou os 18% obtidos por Cláudio Castro, o segundo colocado.

Os números sinalizam duas coisas:

1) A campanha eleitoral ainda não virou assunto nas mesas de boteco de dois dos principais colégios eleitorais do país.

2) Num cenário em que mais de um terço do eleitorado se esconde atrás da omissão ou da indecisão, ninguém pode soltar fogos de véspera. O jogo continua aberto nas disputas pelos palácios dos Bandeirantes e das Laranjeiras.

Por Josias de Souza

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