A Justiça do Destino (Felicio Vitali)

 

Não temos um presidente da república que mereça o título e muito menos temos um ministro da saúde. O país está à deriva e sem rumo.

 Ninguém para estabelecer uma rota segura, que nos leve a um porto onde podemos, pelo menos por um tempo, ancorar até que o pior da tempestade passe.

Ao contrário, o que temos é um "capitão maluco", um déspota que ao invés de olhar pra proa, gosta mesmo de navegar olhando pra popa em busca de mares revoltos.

Desde de julho grandes laboratórios nos apontavam o rumo e ofereciam vacinas, mas o presidente negacionista preferiu apostar num remédio comprovadamente inócuo contra o vírus.

Dois ministros da saúde foram defenestrados do ministério, por mostrarem que o rumo estava errado e que a direção escolhida pelo "capitão" só levaria o país para o olho do furacão.

Agora, pra não ficar encalhado no tempo, o governo resolveu fazer alguma coisa e jogar pra sua plateia de cegos por conveniências. Mas, incompetente, não consegue sequer comprar os insumos básicos para uma vacinação, como agulhas e seringas.

Pressionado pelos fatos, o general da saúde convoca a imprensa para ficar mais de uma hora num monólogo cheio de muxoxos, onde só faltou as lágrimas de crocodilo. Não faz o “mea culpa”, acusa a imprensa infundadamente, enquanto outras mais de mil e trezentas famílias choram lágrimas verdadeiramente dolorosas, pela perda de parentes.

Pela manhã, seu chefe já tinha chamado o Willian Bonner de "canalha", só por ele fazer o seu trabalho e mostrar à população aquilo que o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, chamou, numa forma delicada, de "incúria" do governo, que tentava se dar bem em cima do suor alheio, metendo as mãos nas seringas de São Paulo. Lewandowski mandou que devolvesse à Doria o que é de Doria.

Ainda há quem defenda os verdadeiros canalhas, mas, se o destino realmente for justo, Deus poupará do descaso deste governo, os sensatos e os inocentes.

Por Felicio Vitali