quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Existe consenso de que Tebet pode virar ministra se Lula for eleito



A candidata derrotada do MDB ao Planalto, Simone Tebet, que anunciou apoio oficial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição presidencial, deve ser ministra em um eventual governo do petista. De acordo com o colunista do UOL Josias de Souza, já existe um consenso no PT sobre isso, principalmente por causa do bom desempenho da emedebista na campanha de 2022, em que ela ficou no 3º lugar.

"Sem pedir cargo, ela se credenciou para um ministério de um eventual governo Lula. Em conversa com pessoas da campanha do Lula, há certo consenso de que, se Lula vencer, Tebet será ministra dele", iniciou Josias em participação no UOL News hoje.

Na sequência, o colunista contou bastidores de uma conversa entre Lula e Tebet. "Em um almoço antes da manifestação de apoio da Tebet, houve um momento em que ela disse que não tinha definição sobre o que faria no futuro, porque o mandato de senadora acaba em fevereiro. Lula fez um comentário na linha 'não há como você voltar para o Mato Grosso do Sul, você se tornou uma figura nacional'. E ficou entendido que, na hipótese de vitória do Lula, Tebet estará na Esplanada dos Ministérios".

O colunista também destacou que Simone só manifestou apoio após apresentar cinco propostas que devem aparecer no programa do possível governo de Lula. "Ela se credenciou sem fazer concessões. Ela apresentou uma pauta de sugestões extraídas do programa dela. Lula manifestou a intenção de incluir isso no programa dele. Isso é retórico, é preciso ver se vai ser feito, mas ela fez a parte dela."

Questionado sobre qual seria o ministério de Tebet, Josias afirmou que, por enquanto, tudo é só especulação, mas existem duas possibilidades aventadas: ministério da Educação e ministério da Cidadania.

Sudeste é região estratégica para candidaturas de Bolsonaro e Lula


Josias afirma ainda que as campanhas de Lula e Jair Bolsonaro (PL) estão focadas na região Sudeste.

"A guerra está se dando no Sudeste. Hoje, Bolsonaro está em Minas e Lula, em São Paulo. Depois inverte: tem previsão do Lula ir para Minas no domingo. Vão ficar os dois girando em torno desse eixo: Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. Nesse pedaço do mapa, estão quatro de cada dez votos do país. É a região que tem mais eleitores. Então, aí é que vai ser decidida a parada."

Disparidade entre pesquisas alimenta confusão que é estimulada pelo governo


As pesquisas de intenção de voto começaram a ser divulgadas ontem e mostraram resultados diferentes. Na pesquisa Ipec, Lula apareceu com 10% de vantagem nos votos válidos. Na pesquisa PoderData, a diferença é de quatro pontos. Josias apontou que isso estimula as críticas de bolsonaristas contra esses levantamentos.

"A disparidade entre pesquisas alimenta essa confusão, que é estimulada pelo governo. O presidente se referiu como 'escândalo das pesquisas'. Aí vem as duas primeiras pesquisas divulgadas e dão resultados muito diferentes. Está completamente fora de qualquer margem de erro".

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