domingo, 13 de janeiro de 2019

Battisti será trazido ao Brasil antes de ser extraditado para a Itália



O ministro de Segurança Institucional , general Augusto Heleno, disse neste domingo, 13, que o italiano Cesare Battisti será trazido para o Brasil antes de ser extraditado para a Itália. Foragido desde dezembro, Battisti foi preso neste sábado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Segundo Heleno, Battisti será transportado em um avião brasileiro. Segundo ele, o avião que buscará o italiano na Bolívia não tem capacidade para voar direto até a Europa, tornando necessária a escala.

A declaração do ministro acontece após o presidente Jair Bolsonaro convocar uma reunião de emergência para discutir os próximos passos da extradição de Battisti. Participaram da reunião os ministros da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, já havia dito mais cedo no Twitter que Battisti viria para o Brasil antes de ser extraditado. “O terrorista italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia esta noite e em breve será trazido para o Brasil, de onde provavelmente será levado até a Itália para que ele possa cumprir pena perpétua, de acordo com a decisão da justiça italiana”, escreveu no Twitter.

Batistti foi condenado à prisão perpétua na Itália acusado de cometer quatro assassinatos nos anos 1970. O italiano nega os crimes e se diz vítima de perseguição política.

Ele chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois. O italiano foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011. Ele voltou a ser preso em outubro de 2017 na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país ilegalmente com cerca de 25.000 reais em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

O governo italiano solicitou a extradição de Cesare Battisti, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, contudo, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o italiano poderia ficar no Brasil e o ato foi confirmado pelo Supremo. Em dezembro, o ex-presidente Michel Temer assinou a extradição de Battisti,

(Com Agência Brasil)

Nenhum comentário: