terça-feira, 24 de setembro de 2013

BRASÍLIA TREME: MIQUEIAS RELANÇA JEANY MARY CORNER


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Operação da Polícia Federal que estourou suposto esquema de fraude na previdência social de municípios em nove estados e no DF utilizava prostitutas para convencer prefeitos a ingressarem no esquema; garotas seriam ligadas a ex-cafetina, figura conhecida por organizar em passado recente festas animadíssimas na Capital Federal e que foi pivô da queda do então ministro Antonio Palocci; ela nega, porém: “É tudo mentira. Brasília inteira sabe. Eu não faço mais nada disso”

Goiás247 - As investigações da Polícia Federal na Operação Miqueias ressuscitam uma personagem que já abalou as estruturas de Brasília e contribuiu até mesmo para a queda do então ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Palocci. A figura em questão é a Jeany Mary Corner, empresária acusada de agenciar garotas de programa que circulavam pelos corredores do poder nos primeiros anos do governo Lula e participaram de festas com assessores de Palocci.

A Folha de S.Paulo apurou que algumas das “pastinhas”, meninas usadas pela quadrilha desbarata pela PF na Operação Miqueias para cooptar prefeitos, políticos e gestores, eram ligadas a Jeany Mary. Ela nega. “Quem acusa é quem tem que provar. É tudo mentira", disse. "Brasília inteira sabe [...] eu não faço mais nada disso", disse ao jornal paulista.

A quadrilha desviava recursos de fundos de pensão de prefeituras e governo estaduais e os agentes da PF efetuaram mandados e prisões em nove estados e no Distrito Federal. A polícia diz que as “pastinhas”, nem todas prostitutas, diga-se, tinham como função atrair políticos e gestores. Os encontros eram marcados em locais mais íntimos e depois, se a conversa prosperasse, elas os apresentavam aos líderes e membros da quadrilha.

Há outro personagem que aparece nos dois episódios: o doleiro Fayed Antoine Traboulsi. Ele foi preso na Operação Miqueias acusado de ser um dos chefes da quadrilha que desviava recursos dos fundos de pensão. Fayed é figura carimbada em Brasília e no escândalo Jeany Mary também teve seu nome envolvido.

Em 2003, Jeany, além de fornecer garotas para animar as festas de assessores de Palocci, também participou de um esquema que teria repassado propina a deputados federais. O operador dessa rede era Rogério Buratti, petista de Ribeirão Preto, então assessor de Palocci. “Para ajudar Buratti a operar o esquema, ela (Jeany) o apresentou aos doleiros de Brasília Fayed Antoine Traboulsi e Chico Gordo”, diz a revista Veja na ocasião.

Loiraça

Em Goiás, uma pastinha já virou musa da Operação Miqueias. É Luciane Hoepers. Ela foi flagrada num almoço com os deputados Daniel Vilela, Leandro Vilela e Samuel Belchior. O Jornal Nacional mostrou na segunda-feira que numa das gravações da PF, Samuel chama a musa de “chefa” e diz a Luciane “estou trabalhando bonito procê”. Luciane foi presa na Operação, mas continua a alimentar a imaginação dos políticos de Goiás.

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