sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Líder do 1º turno no Rio foi condenado por não quitar dívida com ex-sogra



Ex-juiz federal Wilson Witzel, de 50 anos, candidato do PSC ao governo do Rio de Janeiro, tem uma condenação definitiva por falta de quitação de um empréstimo e foi processado pela Fazenda Nacional por conta de débitos com o fisco. Como mostra reportagem publicada na edição de VEJA que começa a circular nesta sexta-feira 12, em 2012 a 4ª Câmara Cível do Espírito Santo determinou que ele quitasse um empréstimo contraído com a ex-sogra, Mariasita de Souza Marques. Witzel recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas perdeu – a ação, aberta em 2005, está em fase de cobrança.

Vencedor do primeiro turno da eleição fluminense, Witzel afirmou a VEJA que concluiu um acordo para encerrar o processo, mas advogados de Mariasita, que tem 86 anos e sofre de Alzheimer, disseram desconhecer esta iniciativa, que também não está registrada no extrato do processo que pode ser consultado no site do Tribunal de Justiça capixaba. O valor da dívida é de 87.172 reais.

A execução fiscal foi aberta em 2012 para a cobrança de créditos relacionados ao imposto de renda de pessoa física (anos de 2003/2004, 2005/2006 e 2006/2007) e de multa por atraso na entrega da declaração de 2004. Witzel chegou a ter contas bloqueadas para garantir a quitação do débito. Em 2017, a dívida relativa ao imposto de renda foi extinta pela Justiça sem resolução de mérito – a decisão foi tomada por conta de omissão da Receita Federal no processo. Em fevereiro deste ano, a ação judicial foi encerrada devido à quitação da dívida.

Witzel, que atuou que varas criminais e de execução fiscal, venceu algumas ações, como aquela em que ele cobrou da União o pagamento de férias – em 2013 e 2014, ele gozara apenas metade dos 60 dias de descanso anual garantido aos magistrados. Ele também ganhou uma disputa judicial com o Itaú relacionada ao financiamento de um imóvel. Nesta ação, ele pediu, e não obteve, o direito de justiça gratuita – ele alegou “hipossuficiência de recursos”, falta de dinheiro.

O acórdão da 3ª Câmara Cível que negou a solicitação do juiz, registra que Witzel declarara que seu salário líquido era “próximo” de 5 mil reais. Mas, segundo o relatório, ele recebia cerca de 14 mil mensais, como juiz e professor de universidade particular. A VEJA, por sua assessoria, o ex-magistrado afirmou que, por erro do banco, a prestação do empréstimo consignado que contraíra passara de 2 mil reais para 4 mil reais, o que representava quase metade de seus vencimentos. Por isso, solicitou a gratuidade.

Na revista Veja desta semana

Um comentário:

andre silvestre disse...

Poque só agora a veja publica isso? será que ela também não esta ganhando para publicar esta matéria? embora este juiz pareça muito autoritário. Só que se morasse no rio jamais votaria no Eduardo Paes.